Os três filhos do casal relataram tortura e maus tratos; caso aconteceu na Capital
As pequenas mãos queimadas denunciaram maus tratos, tortura, abandono e dor. Três crianças com idades de 9, 8 e 5 anos foram vítimas dos próprios pais. Elas tiveram as mãos queimadas nas chamas de um fogão. O motivo para tanta crueldade? Terem supostamente quebrado uma máquina.
O caso foi denunciado por educadores da escola onde elas estudam. As imagens chocam pelas bolhas nas mãos da menina de nove anos, causadas pelo tempo de exposição ao fogo.
A barbárie aconteceu no Jardim União, na Capital, e foi denunciada após a escola entrar em contato com o Conselho Tutelar. Segundo a conselheira tutelar Ana Clara, que atendeu a ocorrência, os pais acharam “normal” queimar as mãos das crianças.
“Fomos notificados pela escola que duas crianças tinham sido vítimas de maus tratos pelos pais. Chegando na escola eram duas crianças e a menina de nove anos estava com uma lesão maior, porque o pai deixou a mão mais tempo no fogo e o menino mais novo ficou pouco tempo. Elas contaram que o pai fez isso porque tinham estragado uma máquina”, narra.
As lesões chocaram quem viu o estado das crianças. Além disso, também causou revolta a atitude da mãe, que nada fez para impedir a violência contra os filhos “Nós perguntamos sobre a reação da mãe. As crianças contaram que a mãe falou que o pai estava certo, porque não era para mexer nas coisas dos outros”.
A menina de nove anos também contou que ela quem ficava responsável por cuidar dos dois irmãos. “Ela relatou que era responsável por cuidar dos irmãos mais novos, e se eles fizessem algo, ela quem sempre recebia a punição”.
Segundo as informações, nem mesmo na delegacia a mãe se mostrou arrependida e afirmou que as próprias crianças eram culpadas de acontecer aquilo já que elas seriam “terríveis”. Os dois não foram presos, pois não houve flagrante no caso, mas foram denunciados por tortura, maus tratos, abandono intelectual e abandono material.
Os três foram encaminhados para exames de corpo de delito no IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) na Capital. As crianças não voltaram para casa com os pais. Topmídia News