Com 99% de lotação, restam apenas duas UTIs de Covid-19 para todo o MS

leitos ms internações por Covid-19 no HRMS

Algumas cidades de MS já não possuem vagas para novas internações. (Foto: Divulgação / HRMS)

Sem dúvidas  enfrenta o cenário mais crítico desde o início da pandemia. Nesta quinta-feira (11), o Estado bateu mais uma vez o recorde de internados por Covid-19. Assim, nesta tarde, o sistema de Saúde de MS possui apenas duas vagas de s (Unidades de Terapia Intensiva) para atender os 79 municípios. Isto porque o índice de lotação destes leitos é de 99,51%.

Os dados são disponibilizados pela  (Secretaria de Estado de Saúde), por meio do Painel Mais Saúde. O Jornal Midiamax monitorou a ocupação das 14h30 até às 18h30. Entre este período, um novo paciente foi internado em  de MS, diminuindo ainda mais a quantidade de vagas disponíveis, que no início da tarde eram três.

Então, das 412 s para Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e Covid-19, 410 estão sendo utilizadas. Além disto, os leitos clínicos marcam lotação de 55,44%, sendo 610 ocupados dos 1.102 disponíveis.

No total são 1.020 pacientes de Srag e Covid-19 internados em leitos de MS. Se sobrepormos os dados da , de 780 pessoas hospitalizadas em leitos, significa que 76% destas internações são causadas por coronavírus.

Portanto, com a superlotação geral em MS, cidades do interior sofrem com a superlotação dos hospitais. Em Sidrolândia o sistema aponta 200% de ocupação nas s para Covid-19 e Srag. Ou seja, a cidade trata 10 pacientes, o dobro da capacidade que as instalações comportam.

Com 99% de lotação, restam apenas duas UTIs de Covid-19 para todo o MS
Medidor da ocupação dos leitos de  para Srag e Covid-19 em MS.
Foto: Reprodução/ Mais Saúde.

Em Campo Grande a ocupação destes leitos subiu para 105,36% no final da tarde desta quinta-feira (11). O hospital de referência do tratamento da Covid-19 em MS marcou superlotação de 113,25% dos leitos de . Segundo o painel, são 83 vagas para estas doenças, sendo que o hospital atende 94 pacientes infectados.

 

 

 

 

Assim, como já noticiado, existem 780 pacientes internados em todo o MS por causa do coronavírus. Para conseguir estimar a quantidade de pacientes internados com Covid-19, imagine que todos estão em um ônibus do transporte coletivo. Um ônibus padrão no Brasil tem capacidade para 80 passageiros, sentados e em pé, incluindo área reservada para acomodação de cadeira de rodas ou cão-guia.

Então, se as 780 pessoas fossem acomodadas no transporte coletivo, conseguiríamos lotar 10 ônibus por completo. O número assusta e representa a crise na saúde pública causada pelo coronavírus.

Com a rápida disseminação do vírus, cada vez mais casos de Covid-19 são confirmados no Estado. Por consequência, mais pessoas precisam de assistência do sistema de Saúde devido ao agravamento do quadro. Assim, em um mês, as internações por coronavírus subiram 66% em MS.

Então, em 10 de fevereiro deste ano haviam 452 pacientes internados nas instalações do Estado. Com rápido avanço da doença, o Estado atingiu neste 10 de março, 754 pessoas sendo tradadas nos leitos. Por fim, nesta quinta-feira (11), MS registrou 780 pacientes internados, mais número já registrado no histórico da pandemia.

Fique em casa

Diante de todos os dados abordados na reportagem é fácil perceber que o Estado vive um momento crítico. Assim, é preciso ‘apertar os cintos’ para evitar que a doença se espalhe cada vez mais. Mais do que nunca é preciso ficar em casa sempre que possível, destacam os especialistas.

O infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da UFMS (Universidade Federal de ) Julio Croda explica que as pessoas devem sair de casa apenas quando necessário. Ou seja, evite tudo que não for de extrema necessidade.

Ele ressalta que na Inglaterra a recomendação é de não se reunir com pessoas que vivem em casas diferentes, o que serve como uma sugestão também para MS. Então, o momento que passamos é de ficar em casa para evitar o colapso da Saúde. Mesmo as visitas de familiares e almoços em família podem ser evitados, um esforço para frear a pandemia de coronavírus em MS.

Preciso sair! E agora?

Já para quem precisa sair para trabalhar fora de casa, os infectologistas pedem para que o uso da máscara seja rotina. “Quanto maior a qualidade da máscara, melhor. A PFF2 seria ideal, é de melhor qualidade. Se não for possível, existe uma tendência de usar duas máscaras, uma cirúrgica na primeira camada e na segunda uma máscara de pano. Assim, permite fechar melhor, fazer a vedação boca e nariz”, orienta Julio.

O infectologista da Fiocruz diz que o uso da máscara de pano ou cirúrgica é importante, mesmo que sozinhas, já que o fator crucial é utilizá-las corretamente. “Mais importante do que o material é a utilização correta das máscaras”. Por fim, é válido lembrar que as principais medidas para evitar a Covid-19 fora de casa são: usar a máscara corretamente, fazer a higiene das mãos e manter a distância sempre que possível.

*Matéria alterada às 18h48 para atualização das informações.

Midiamax

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