Ex-ministro Eliezer Batista, pai de Eike Batista, morre no Rio

Eliezer e Eike Batista em foto de 2007, em entrega do prêmio 'O Equilibrista', do Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros (IBEF), a Eike, noo Rio de Janeiro (Foto: Tasso Marcelo/AE)

Eliezer e Eike Batista em foto de 2007, em entrega do prêmio ‘O Equilibrista’, do Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros (IBEF), a Eike, noo Rio de Janeiro (Foto: Tasso Marcelo/AE)

O empresário e ex-ministro Eliezer Batista morreu na noite desta segunda-feira (18), aos 94 anos. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Engenheiro, Eliezer foi, entre outros cargos, presidente da Vale do Rio Doce, ministro de Minas e Energia, em 1962, e secretário de Assuntos Estratégicos do governo Fernando Collor de Mello em 1992.

Batista também participou do segundo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como membro do Conselho Coordenador das Ações Federais no Rio de Janeiro.

Empresário no ramo da mineração e natural de Nova Era (MG), Eliezer era pai do também empresário Eike Batista e outros seis filhos.

No ramo empresarial, Eliezer foi diretor-presidente da Minerações Brasileiras Reunidas S.A., vice-presidente da Itabira International Company, diretor da Itabira Eisenerz GMPH, presidente da Rio Doce Internacional (subsidiária da Vale em Bruxelas).

Depois de retornar à presidência da Companhia Vale do Rio Doce, em 1979, Batista desenvolveu o Projeto Ferro Carajás, primeira iniciativa de exploração das riquezas da província mineral dos Carajás, com áreas do Pará até o Xingú, Goiás e Maranhão.

Eliezer também foi um dos fundadores, em 1997, do Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentado (CEBDS).

Vale lamenta morte

Em nota, a Vale lamentou o falecimento de Eliezer Batista, “primeiro empregado de carreira a ocupar o principal posto na empresa”.

“Presidente por duas vezes, Eliezer preparou a então Companhia Vale do Rio Doce para o crescimento que ocorreria a partir da década de 1980, criando uma estratégia de comercialização de minério em grandes volumes e a longo prazo com as siderúrgicas japonesas”, diz o texto.

“Estamos consternados. Nosso maior engenheiro, o homem que teve a visão de preparar a Vale para ser a empresa que conhecemos hoje, se foi. Eliezer Batista, que um dia recebeu a alcunha de ‘Engenheiro do Brasil’, bem que poderia ser conhecido por: ‘o Construtor da Vale’. Sim, temos orgulho de dizer que fomos a sua principal obra”, afirmou o diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman.

No microblog Twitter, o presidente Michel Temer também lamentou a morte de Eliezer Batista.

“O Brasil perdeu um de seus maiores engenheiros. Eliezer Batista foi um dos responsáveis pelo sucesso da Vale no mundo. Muito trabalhou pelo nosso país e sempre acreditou no Brasil”, escreveu o presidente. G1

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