Após 11 anos, enfermeiro e cunhado são condenados por aborto que matou Marielly
Após 11 anos e julgamento de 11 horas, Hugleice da Silva, 39, e o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, 51, foram condenados, somando as penas, a nove anos de prisão em regime inicial semiaberto, pelo aborto que causou a morte de Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, ocorrido em 2011, em Sidrolândia, cidade a 70 quilômetros de Campo Grande.
Os dois foram condenados pelo aborto e ocultação de cadáver. No júri popular realizado em Sidrolândia, o enfermeiro Jodimar foi condenado a cinco anos e três meses e Hugleice, cunhado de Marielly, sentenciado a quatro anos.
Por ocultação de cadáver, cada um foi condenado a um ano, dentro da somatória, porém, o crime prescreveu. Então, ambos cumprirão um ano a menos em relação ao resultado da pena divulgada no julgamento.
A sentença máxima para ocultação de cadáver, crime que prescreve, é de três anos, de acordo com o Código Penal. Desde o recebimento da denúncia até a pronúncia do julgamento, passaram-se sete anos. E, ainda segundo o Código Penal, condenações com prescrição e pena de um a dois anos, prescrevem em quatro anos.
O juiz Cláudio Muller Pareja, pediu perdão à família de Marielly, pela demora para a realização do julgamento. “Nosso sistema judiciário foi criado para ser lento e tínhamos problemas locais, uma das varas que tínhamos aqui ficou quase seis anos sem juiz. Eu peço perdão à família porque não há justificativa de demorar tanto tempo”, disse.
O pai e uma tia de Marielly não quiseram falar com a imprensa. O advogado de Jodimar, David Olindo, comentou que foi uma pena justa e não pretende recorrer da decisão. “Foi um julgamento bem feito e pena bem aplicada”.
Já o advogado de Hugleice, José Roberto da Rosa, falou que a sentença foi dentro do esperado. “No entanto, a pena por ocultação de cadáver foi no entanto exagerada, por isso vou estudar ideia técnicas de recurso”, comentou.
“Estou satisfeita com o resultado, finalmente a vítima vai descansar em paz, não é só um processo, é a história de uma jovem de 19 anos que perdeu a vida, vou analisar para ver se vou recorrer”, disse a promotora Bianca Machado Arruda.
Julgamento
Hugleice da Silva, 39 anos, cunhado que levou Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, para fazer um aborto que resultou em sua morte, em maio de 2011, disse no julgamento desta quinta-feira (15) que não era o pai do bebê que a vítima esperava. Após 11 anos, ele relatou que não participou ativamente do aborto e que não teve qualquer relação com a vítima.
Em detalhes, no júri popular que aconteceu em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande, Hugleice relembra que naquele dia 20 de maio de 2011 levou a jovem até a casa de Jodimar Ximenes Gomes, de 51 anos. Lá, o enfermeiro teria dito que o procedimento seria de no máximo 40 minutos, sem riscos.
“Passou meia hora, ele me chamou. Veio muito rápido na minha direção. Quando entrei na casa ela já estava sem vida”, afirmou no depoimento. Hugleice lembra que viu Marielly ensanguentada, já sem pulsação, sem respirar. “Fiquei desesperado, não sabia o que fazer, quem procurar”, relatou.
Foi então que o enfermeiro teria orientado a levar o corpo da vítima até um local. Na denúncia e no inquérito policial consta informação de que a dupla colocou o corpo de Marielly na carroceria da camionete de Hugleice e levou até a área de mata, onde a jovem foi encontrada três semanas depois.
“Ela não divulgou quem seria o pai. Quando fiquei preso recebi várias ameaças de todo presídio”, afirmou. “Nego que seja o pai. Nunca tive envolvimento dessa forma com minha cunhada”, disse ainda Hugleice. Ele ainda relatou que participou ativamente ajudando a vítima a abortar porque era muito ligado a ela.
Aos jurados, o cunhado de Marielly afirmou que se sentiu perdido após a morte da jovem, que não sabia o que fazer e não confessou imediatamente por medo de perder a família. Ao fim, nesta quinta-feira ele confessou toda a participação, mas negando a paternidade e afirmando que não esteve no procedimento.
Enfermeiro nega participação no aborto
Em depoimento no plenário, Jodimar reafirmou que não conhecia Marielly, que nunca a viu e nem mesmo praticou o aborto. Esta é a afirmação feita pelo enfermeiro desde o dia em que foi descoberta a morte da jovem, três semanas após seu desaparecimento.
Além disso, Jodimar afirma que não conhecia Hugleice, cunhado de Marielly que teria ‘arranjado’ o aborto para a jovem. Sobre o material apreendido na casa do então enfermeiro, como macas, pinças cirúrgicas e outros equipamentos, ele afirmou que trabalhava como manicure e por isso tinha aquele tipo de aparelhagem.
Aos jurados, Jodimar afirmou que foi agredido na delegacia, que teria sofrido torturas. Sobre o sangue que foi identificado na maca na casa do enfermeiro pelo teste com luminol, ele não soube dizer a procedência.
Denúncia diz que caso extraconjugal terminou com gravidez
A denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e o inquérito policial, com os laudos periciais, apontam que Marielly teria morrido no mesmo dia em que a mãe procurou a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro para relatar o desaparecimento da filha. A jovem saiu de casa no dia 21 e não foi mais vista.
A investigação policial aponta que Marielly teve relação com o próprio cunhado, Hugleice. Dessa relação extraconjugal, resultou uma gravidez indesejada da jovem, comprovada por meio de um exame médico feito em fevereiro de 2011. No mês seguinte, em março, Marielly conheceu um rapaz com quem começou a namorar.
A gravidez era mantida em sigilo, mas a jovem chegou a confidenciar para uma amiga, dizendo que “se a criança nascesse seria uma ‘bomba’ para a família”. Foi então que ela e o cunhado teriam optado pelo aborto. Hugleice então conhece Jodimar, que morava na época em Sidrolândia.
No dia 19 de maio, conforme identificado pela perícia no celular de Hugleice, ele teria passado o dia em Sidrolândia. Já no dia 20, Hugleice e Marielly trocaram um total de 18 ligações telefônicas. No dia seguinte, em que a jovem desapareceu, eles foram até Sidrolândia na casa de Jodimar, também conforme apontado pelo MPMS e Polícia Civil.
Na residência, o então enfermeiro teria feito o procedimento de aborto na jovem. Uma prima de Jodimar que teria ficado ali para fazer a limpeza do local relatou que viu a vítima passando mal. O que se apurou é que Marielly, logo após o aborto, passou mal e faleceu. Ali, Hugleice e Jodimar colocaram a jovem já sem vida na camionete do cunhado e levaram até a área de mata nas margens da rodovia MS-162, onde o corpo foi desovado.
Corpo de Marielly é encontrado
Foram três semanas do desaparecimento até o corpo de Marielly ser encontrado. O corpo já estava em estado inicial de mumificação, irreconhecível, sendo identificado pelos exames periciais. No dia do reconhecimento, Hugleice não teria olhado para o corpo, estava nervoso e saiu dizendo que não era Marielly.
No entanto, foi identificado que se tratava da jovem. A Perícia também identificou que Marielly já não tinha mais o feto, ou seja, o que para o MPMS comprova o aborto. A causa da morte não foi identificada, mas o indício é de que ela tenha sofrido uma hemorragia aguda, inclusive sendo identificado sangue perto da área pélvica do corpo da vítima.
A partir daí, sendo ouvidas testemunhas do caso, Hugleice teria confessado o crime, depois ainda tendo dito que teria sofrido violência psicológica da polícia. O MPMS pontuou que ele esteve com a presença do advogado em todas as vezes que foi ouvido, sendo impossível que o profissional permitiria tal fato.
Já Jodimar não chegou a confessar. Ele manteve a afirmação de que não conhecia Marielly, nem teria provocado o aborto. Os dois acusados foram denunciados em agosto de 2011 e pronunciados só em março de 2019, já 7 anos após a morte da jovem. Midiamax
Fazendeiro de Goiás morre queimado após tentar salvar animais durante incêndio
Um fazendeiro de 65 anos morreu queimado após tentar salvar animais durante um incêndio, em Cidade Ocidental-GO, no Entorno do Distrito Federal. O irmão da vítima afirmou que o fogo se iniciou em uma propriedade vizinha, na segunda-feira (12).
A vítima, Valdemar Moacir Azevedo, e o irmão dele, Milton Valdemir de Azevedo, tentaram apagar as chamas com mangueiras.
“Íamos jogar água no fogo para tentar salvar os animais. Ele não teve tempo de correr, caiu e foi pego pelo fogo”, detalhou Milton.
Valdemar chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Ele morreu na terça-feira (13). O g1 não conseguiu localizar o dono da propriedade onde o incêndio começou.
Segundo Milton, ele e a família acionaram o Corpo de Bombeiros, mas a ligação foi redirecionada a um batalhão localizado a uma grande distância da propriedade, de modo que não foram atendidos.
Ao g1, o Corpo de Bombeiros explicou que o Batalhão de Luziânia, que atende na região da Cidade Ocidental, não foi acionado para a ocorrência.
“O que pode ter acontecido, caso tenham ligado no 193, é que devido a proximidade com Brasília, ter caído em algum batalhão de Brasília”, explicou o batalhão.
Incêndio
O irmão da vítima conta que o fogo consumiu cerca de 7 mil dos 10 mil metros que a chácara tem. Na propriedade, diversas árvores, como pés de caju, maracujá e banana foram queimados. O curral, o galinheiro, a cerca, a caixa d’água e a fiação elétrica também foram danificados.
Milton disse ainda que cerca de 20 animais morreram e que apenas três sobreviveram: uma cabra e um filhote, além de um peru fêmea, que segundo ele, ficou cega de um olho.
“Somente a área da residência foi preservada”, lamenta Milton.
Ele ainda conta que Valdemar, que era guarda civil metropolitano na Cidade Ocidental, não morava na fazenda – que era propriedade de ambos os irmãos –, mas que tinha planos de se mudar e que tinha acabado de construir uma casa ao lado da de Milton.
“Éramos muito próximos. Ele trabalhava na parte urbana da Cidade Ocidental, em regime de escala, e toda folga vinha para cá”, contou. Por Gabriela Macêdo, Gabriel Buosi e Paula Jardim, g1 Goiás e TV Anhanguera
STF forma maioria para manter a suspensão do piso da enfermagem
Com voto do ministro Gilmar Mendes nesta quinta-feira (15), a maioria do STF (Supremo Tribunal Federal) votou para manter a suspensão do piso nacional da enfermagem, conforme decidido pelo ministro Luís Roberto Barroso.
O tribunal analisa, em sessão do plenário virtual, se mantém a decisão de Barroso que determinou a suspensão da lei que estabeleceu uma remuneração mínima para enfermeiros e auxiliares e técnicos em enfermagem “até que seja esclarecido” o impacto financeiro da medida para estados e municípios e para os hospitais.
Seguiram o voto de Barroso os ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.
A norma aprovada pelo Congresso fixou o salário de, no mínimo, R$ 4.750 para os enfermeiros. Técnicos em enfermagem devem receber 70% desse valor (R$ 3.325), e auxiliares de enfermagem e parteiros, 50% (R$ 2.375). Folha Press
Irmão foi comer bolacha e tomar refrigerante após tentar matar outro a facadas
Na quarta-feira (14), homem de 39 anos acusado de tentar matar o irmão, de 36 anos, a facada na região do Tarsila do Amaral em Campo Grande, foi preso. Após dar facada na vítima, o suspeito foi comer bolacha e tomar refrigerante, segundo a polícia.
Conforme as informações da Polícia Civil, investigadores da 2ª Delegacia prenderam o suspeito em flagrante. O irmão mais novo teria pegado a bicicleta do autor sem autorização e dado um ‘sumiço’ na bicicleta. Então, os dois tiveram uma discussão.
O suspeito pegou uma faca e deu golpes no irmão, sendo que um atingiu o abdômen e causou evisceração dos órgãos. A vítima ainda correu pelo bairro e foi seguida pelo autor, que desistiu por causa da chuva e foi para casa, comer bolacha e tomar refrigerante.
A vítima foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa, enquanto o autor foi detido em flagrante e encaminhado, com a faca, para a delegacia. De acordo com o hospital, a vítima está em coma, respirando por aparelhos na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Midiamax
Crânio exposto choca mãe em cemitério onde filho está enterrado há 30 anos
Oficialmente é São Sebastião, mas um dos tradicionais cemitérios de Campo Grande é conhecido como Cruzeiro. Apesar de histórico, o lugar é motivo frequente de denúncias da população, devido ao abandono. Crânios expostos em túmulos destruídos chocam quem depende do local para matar um pouco da saudade de quem foi embora.
“Está abandonado e sabe quanto ficou isso aqui? Pago R$ 4 mil. E agora que tem fazer as gavetas porque é obrigado a fazer as gavetas”, reclama Cícera Maria da Conceição, 72 anos.
A indignação é de uma mãe que criou três filhos sozinha e que depois de quase 30 anos, conseguiu fazer um jazigo ao único filho homem que teve, José Valdecir, e que morreu aos 23 anos, em decorrência de aneurisma.
Desde de 1993, dona Cícera aguardava a construção de um espaço digno para manter viva a memória do filho. “Não tinha condições, quem ganha um salário não consegue fazer. Tanto que todo este tempo estava no chão. Minha filha que me fez uma surpresa, porque se fosse por mim demoraria muito mais tempo”, desabafa a mãe, que ainda mantém a placa de identificação do filho fixada à cruz desgasta pelo tempo que antes estava fincada na terra.
O mais velho de Cícera, é um entre os mais de 35 mil corpos sepultados no Cruzeiro desde sua fundação e nem todo espaço recebe o mesmo cuidado. O Campo Grande News esteve no local e durante duas horas nas dependências do cemitério, constatou o estado de abandono, mencionado e até guiado por Cicera.
Já na entrada as cruzes de ferro extraviadas ou recuperadas de túmulos expostas no antigo prédio que abrigava a administração é ‘cartão de visitas’. Logo mais adiante, a primeira surpresa: um túmulo aberto com um crânio à mostra. “Isso porque não tem o ‘poção’, lá é ficava mais visível ainda”, lembrou outra visitante, Jussara Lemes Batista. 63 anos, que buscava o local onde foi enterrado o irmão, Antônio Cezar Lemes Batista.
Diferente de Cícera, Jussara afirma não ter condições de fazer a gaveta no jazigo da família. “Não tenho condições porque ainda estou pagando contas atrasadas que acumularam durante a pandemia, com água e luz”, lamentou.
O ‘poção’ à que ela se referia, é um espaço onde se concentram a maior parte dos sepultamentos sociais, na região que fica na parte de acima no interior do cemitério, onde eram depositados os restos mortais. Ali próximo, a reportagem presenciou tampas abertas e osso expostos. Embaixo de uma imponente árvore as placas que identificam o falecido e as respectivas datas de nascimento e de morte, estão cobertas pela vegetação e ao redor pedaços de caixão, provavelmente deteriorados pela ação do tempo, aguardam por remoção.
Chamamento – O Cruzeiro é um dos três cemitérios públicos de Campo Grande, juntamento com o Santo Amaro e Santo Antônio. Desde julho a Prefeitura tem feito uma convocação aos proprietários de jazigo ou familiares de enterrados para regularizar os túmulos em conformidade com uma normativa do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), de 2003.
A Resolução do Conama n° 335/2003 tem o objetivo de mitigar os impactos ambientais causados pelos recintos, como contaminação do solo. Para isso, os responsáveis pelos túmulos devem construir o modelo de concreto, chamado ‘gaveta’, para evitar que caixão entre em contato com o solo. Mesmo publicado em Diário Oficial para o chamamento, o responsável pela administração dos três cemitérios, Marcelo Fonseca, afirma que não há prazo para a regularização.
“Ainda não tem prazo, estamos fazendo uma convocação e orientando a população que tem condições de fazer. Legislação dos cemitérios é de 2001 e vamos ter que mudar para atender a resolução do Conama. Provavelmente não vai ser mais possível sepultar no chão por questão ambiental. Já deveria ter feito há muito tempo, sou totalmente favorável. Não é só Campo Grande, é uma orientação nacional, mas que atrasou devido à pandemia. Tivemos infelizmente de sepultar no solo em decorrência da quantidade de óbitos”, disse Marcelo, salientando que em dois meses cerca de 50 jazigos do Cruzeiro já foram regularizados.
Os estragos – Em relação aos consertos dos túmulos abertos e conservação do espaço público, o administrador informou que a limpeza compete à Sisep (Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos) e que a equipe no local realiza o trabalho esporádico de reparos quando possível devido ao baixo número de funcionários. Já a falta de segurança ele é taxativo. “Isso aí um trabalho que nunca termina, além do tamanho físico ainda há falta de segurança nesses cemitérios, não adianta a gente tapar o sol com a peneira, porque os muros são baixos. Todos eles são muito grandes e à noite não fica ninguém e existe uma ação imensa de vândalos nesses cemitérios quebrando túmulos, furtando algumas coisas. A gente está continuamente recuperando isso daí. Agora, isso na medida do possível porque nossa equipe é reduzida e é para sepultamento. Conforme vai tendo disponibilidade e horários vagos eles [funcionários] vão tapando os túmulos que vão encontrando. Agora, os túmulos são titularizados, então cabe à família também estar esporadicamente indo aos cemitérios e verificando a situação desses túmulos. Muitos abandonam”, finalizam.
Prédio da antiga administração guarda objetos recuperados dentro do cemitério Cruzeiro (Foto: Marcos Maluf)
Prédio da antiga administração guarda objetos recuperados dentro do cemitério Cruzeiro (Foto: Marcos Maluf)
A justiça – Em julho o Ministério Público de Mato Grosso do Sul pediu a interdição do Cemitério Santo Antônio, na Vila Santa Dorotheia, por poluição ambiental, conforme publicou reportagem do dia 21 no Campo Grande News. A sentença de 2019 obriga a Prefeitura de Campo Grande a reparar danos ambientais e de licença de operação do local.
Pelo cronograma municipal apresentado na ação de cumprimento de sentença, a notificação a familiares dos enterrados – para que adequem os jazigos – terminaria em 21 de fevereiro de 2023. Ja o monitoramento ambiental dos sepulcros, com análise se há materiais sendo lançados ao solo, começariam em outubro deste ano e o último seria apresentado em abril de 2027. Campo Grande News
Eduardo Riedel: Educação é ponto chave para o desenvolvimento do Estado
Eduardo Riedel durante entrevista à Imprensa
Candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul pela Coligação Trabalhando por um Novo Futuro (Número 45), Eduardo Riedel (PSDB) foi o artífice, nos últimos sete anos e meio, das políticas públicas que enxugaram a máquina administrativa do Estado, que implementaram a estratégia de municipalização das ações de governo e da interiorização dos investimentos, que levaram milhões de reais em investimentos aos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Esta política de desenvolvimento com responsabilidade social se refletiu na questão da Educação no Estado. E Riedel avisa que vem muito mais por aí.
“Temos trabalhado e vamos trabalhar ainda mais para fortalecer a educação, pois é dela que sai a transformação da sociedade. Já fui professor, essa é uma área que valorizo muito. A evasão escolar passa por vários pontos, entre eles a qualidade das escolas. Por isso, 250, das 340 escolas estaduais de Mato Grosso do Sul foram reformadas nos últimos anos. Vamos focar nisso. Transformar nossas escolas em ambientes mais confortáveis e modernos”, explica.
Atualmente, 40% dos alunos da Rede Estadual e Ensino estudam em tempo integral. “Quero que as reformas e a educação em tempo integral cheguem a 100% das instituições de ensino do Estado”.
Hoje, o Mato Grosso do Sul possui programas como o MS Alfabetiza, ajudando os municípios com formação continuada de professores e material didático para alfabetizar nossas crianças com qualidade. Há também o MS Matemática, com apoio financeiro e recursos técnico aos municípios. “Isso é fruto de uma gestão municipalista. Outra grande transformação na educação é a rede de infovias digitais, com 7 mil km de fibra ótica, que será instalada no Estado e que terá um impacto enorme no setor”, lembra o candidato.
Mas nada disso adianta sem qualificação profissional. Por isso a importância de valorizar e oferecer recursos de desenvolvimento profissional aos profissionais da educação. “Vamos apostar forte na qualificação destes quadros tão importantes para o futuro do Estado. A equiparação do salário dos professores convocados aos concursados é uma das demandas que pretendo atender”, avisa Riedel.
São ações que ajudarão a melhorar os indicadores de educação, que só aumentam em MS: a evasão escolar diminuiu, o índice de reprovação caiu, a média dos alunos melhorou, enfim, isso só fez melhorar essa área. Quanto mais tempo na escola, mais qualificados saem estes alunos, o que melhora e muito a geração de renda e consequentemente a economia. “A segurança é outra área que ganha muito quando a educação vai bem, já que os índices de criminalidade caem bastante. Toda a sociedade é renovada. Educação é chave para o Estado”, afirma o candidato.
Carreta carregada de milho tomba na estrada
Carreta carregada de milho tombou na MS-480 na região de Anaurilândia, no trevo entre a MS-276 e a Usina Engenheiro Sérgio Motta na tarde desta quarta-feira (14). De acordo com informações, o condutor teria perdido o controle da direção, momento em que o veículo tombou. A carga de milho ficou espalhada. Ninguém se feriu, publicou o site Nova News. O trânsito permaneceu interditado por mais de uma hora no local. Midiamax
Novas parcelas do Auxílio Brasil de R$ 600 serão pagas na próxima semana; confira calendário
Em agosto, o governo antecipou, de 9 a 11 dias, a depender do final do NIS (Número de Identificação Social), o calendário de pagamento do Auxílio Brasil. Vale lembrar que o adicional de R$ 200 no valor tradicional de R$ 400, será pago de agosto a dezembro deste ano, seguindo a Emenda Constitucional nº 123, de 14 de julho de 2022,
As regras do Ministério da Cidadania determina que podem participar do programa as famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza que tenham, em sua composição, gestantes, nutrizes (mães que amamentam), crianças, adolescentes e jovens entre 0 e 21 anos incompletos.
As famílias extremamente pobres são aquelas que têm renda familiar per capita mensal igual ou inferior a R$ 105. As famílias pobres são aquelas que têm renda familiar per capita de R$ 105,01 e R$ 210.
Confira o calendário:
- 19 de setembro (segunda-feira) – NIS final 1;
- 20 de setembro (terça-feira) – NIS Final 2;
- 21 de setembro (quarta-feira) – NIS final 3;
- 22 de setembro (quinta-feira) – NIS final 4;
- 23 de setembro (sexta-feira) – NIS final 5;
- 26 de setembro (segunda-feira) – NIS final 6;
- 27 de setembro (terça-feira) – NIS final 7;
- 28 de setembro (quarta-feira) – NIS final 8;
- 29 de setembro (quinta-feira) – NIS final 9;
- 30 de setembro (sexta-feira) – NIS final 0.
Os pagamentos são depositados nas contas de Poupança Social Digital; conta-corrente de depósito à vista; conta especial de depósito à vista; e conta Contábil (plataforma social do Programa).
O crédito dos benefícios financeiros será realizado na conta contábil apenas quando: o beneficiário não possuir nenhuma das outras modalidades de contas bancárias; no caso de, mesmo possuindo, optar por receber o crédito por meio da conta contábil ou quando o crédito não for realizado por impedimentos técnicos, operacionais ou normativos, como bloqueio, suspensão inativação ou encerramento das contas.
A consulta pode ser realizada pelo aplicativo Auxílio Brasil, aplicativo Caixa Tem ou ligando para o Atendimento Caixa Auxílio Brasil pelo telefone 111. Depois digite o seu CPF ou NIS.
Como se inscrever
Para se candidatar ao Programa é necessário que a família esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e tenha atualizado seus dados cadastrais nos últimos 2 anos.
Caso atenda aos requisitos de renda e não esteja inscrito, procure o responsável pelo Programa Auxílio Brasil na prefeitura de sua cidade para realizar o cadastramento no Cadastro Único.
Mantenha seus dados sempre atualizados, informando à prefeitura qualquer mudança de endereço, telefone de contato e composição da sua família, como: nascimento, morte, casamento, separação e adoção.
O cadastramento é um pré-requisito, mas não implica a entrada imediata da família no Programa. Mensalmente, o Ministério da Cidadania seleciona, de forma automatizada, as famílias que serão incluídas para receber o benefício.
Se a família se encaixa em uma das faixas de renda definidas pelo programa, o morador deve procurar o setor responsável pelo Auxílio Brasil no seu município. É necessária a apresentação do documento de identificação para fazer parte do Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal. Caso faça parte do Cadastro Único, é necessário que seus dados estejam atualizados.
A seleção das famílias é feita pelo Ministério da Cidadania com base nos dados inseridos pelas prefeituras no Cadastro Único. Esse processo é realizado mensalmente considerando a composição familiar e a renda de cada integrante. Midiamax
Mulher pede dipirona ao 190, PM percebe denúncia de violência e prende marido
Uma ligação inusitada resultou na prisão de um agressor em Campo Grande. Na semana passada, uma mulher ligou para o 190 pedindo uma cartela de dipirona. A princípio, o atendente do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) achou que se tratava de um engano, mas desconfiou da insistência da senhora em pedir o medicamento, mesmo depois de ter falado que o número não era de uma farmácia.
Na verdade, ela estava sendo agredida pelo marido e como não podia falar diretamente com a polícia, fingiu que estava pedindo o remédio.
O Policial Militar então, buscou outras formas de conseguir mais informações e usou a quantidade de cartelas de dipirona para saber o nível de agressividade do marido dela.
Uma viatura da PM foi enviada com urgência até a casa onde estava ocorrendo a violência doméstica e o homem foi preso em flagrante.
O comandante do Copom em Campo Grande, Emerson de Almeida Vicente, elogiou a perspicácia do atendente. “É um policial que já vivenciou um pouco de rua, policial com certa experiência profissional, que conseguiu, na hora que ela pediu a dipirona, perceber que poderia ser um crime de violência.”
O comandante avalia que o “final feliz” só ocorreu porque o “policial conseguiu extrair informações importantes, como se o agressor estava perto; qual a intensidade da agressão, se estava muito agressivo ou pouco agressivo; e se estava armado ou não”
Em segurança, ele diz que depois a mulher ligou para a corporação e agradeceu pelo atendimento.
A PM reforçou denúncias podem ser feitas pelo 190 em casos de emergência. Também existe a Central de Atendimento à Mulher, através do 180, que presta escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. Campo Grande News
Após 11 anos, enfermeiro e cunhado são condenados por aborto que matou Marielly
Após 11 anos e julgamento de 11 horas, Hugleice da Silva, 39, e o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, 51, foram condenados, somando as penas, a nove anos de prisão em regime inicial semiaberto, pelo aborto que causou a morte de Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, ocorrido em 2011, em Sidrolândia, cidade a 70 quilômetros de Campo Grande.
Os dois foram condenados pelo aborto e ocultação de cadáver. No júri popular realizado em Sidrolândia, o enfermeiro Jodimar foi condenado a cinco anos e três meses e Hugleice, cunhado de Marielly, sentenciado a quatro anos.
Por ocultação de cadáver, cada um foi condenado a um ano, dentro da somatória, porém, o crime prescreveu. Então, ambos cumprirão um ano a menos em relação ao resultado da pena divulgada no julgamento.
A sentença máxima para ocultação de cadáver, crime que prescreve, é de três anos, de acordo com o Código Penal. Desde o recebimento da denúncia até a pronúncia do julgamento, passaram-se sete anos. E, ainda segundo o Código Penal, condenações com prescrição e pena de um a dois anos, prescrevem em quatro anos.
O juiz Cláudio Muller Pareja, pediu perdão à família de Marielly, pela demora para a realização do julgamento. “Nosso sistema judiciário foi criado para ser lento e tínhamos problemas locais, uma das varas que tínhamos aqui ficou quase seis anos sem juiz. Eu peço perdão à família porque não há justificativa de demorar tanto tempo”, disse.
O pai e uma tia de Marielly não quiseram falar com a imprensa. O advogado de Jodimar, David Olindo, comentou que foi uma pena justa e não pretende recorrer da decisão. “Foi um julgamento bem feito e pena bem aplicada”.
Já o advogado de Hugleice, José Roberto da Rosa, falou que a sentença foi dentro do esperado. “No entanto, a pena por ocultação de cadáver foi no entanto exagerada, por isso vou estudar ideia técnicas de recurso”, comentou.
“Estou satisfeita com o resultado, finalmente a vítima vai descansar em paz, não é só um processo, é a história de uma jovem de 19 anos que perdeu a vida, vou analisar para ver se vou recorrer”, disse a promotora Bianca Machado Arruda.
Julgamento
Hugleice da Silva, 39 anos, cunhado que levou Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos, para fazer um aborto que resultou em sua morte, em maio de 2011, disse no julgamento desta quinta-feira (15) que não era o pai do bebê que a vítima esperava. Após 11 anos, ele relatou que não participou ativamente do aborto e que não teve qualquer relação com a vítima.
Em detalhes, no júri popular que aconteceu em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande, Hugleice relembra que naquele dia 20 de maio de 2011 levou a jovem até a casa de Jodimar Ximenes Gomes, de 51 anos. Lá, o enfermeiro teria dito que o procedimento seria de no máximo 40 minutos, sem riscos.
“Passou meia hora, ele me chamou. Veio muito rápido na minha direção. Quando entrei na casa ela já estava sem vida”, afirmou no depoimento. Hugleice lembra que viu Marielly ensanguentada, já sem pulsação, sem respirar. “Fiquei desesperado, não sabia o que fazer, quem procurar”, relatou.
Foi então que o enfermeiro teria orientado a levar o corpo da vítima até um local. Na denúncia e no inquérito policial consta informação de que a dupla colocou o corpo de Marielly na carroceria da camionete de Hugleice e levou até a área de mata, onde a jovem foi encontrada três semanas depois.
“Ela não divulgou quem seria o pai. Quando fiquei preso recebi várias ameaças de todo presídio”, afirmou. “Nego que seja o pai. Nunca tive envolvimento dessa forma com minha cunhada”, disse ainda Hugleice. Ele ainda relatou que participou ativamente ajudando a vítima a abortar porque era muito ligado a ela.
Aos jurados, o cunhado de Marielly afirmou que se sentiu perdido após a morte da jovem, que não sabia o que fazer e não confessou imediatamente por medo de perder a família. Ao fim, nesta quinta-feira ele confessou toda a participação, mas negando a paternidade e afirmando que não esteve no procedimento.
Enfermeiro nega participação no aborto
Em depoimento no plenário, Jodimar reafirmou que não conhecia Marielly, que nunca a viu e nem mesmo praticou o aborto. Esta é a afirmação feita pelo enfermeiro desde o dia em que foi descoberta a morte da jovem, três semanas após seu desaparecimento.
Além disso, Jodimar afirma que não conhecia Hugleice, cunhado de Marielly que teria ‘arranjado’ o aborto para a jovem. Sobre o material apreendido na casa do então enfermeiro, como macas, pinças cirúrgicas e outros equipamentos, ele afirmou que trabalhava como manicure e por isso tinha aquele tipo de aparelhagem.
Aos jurados, Jodimar afirmou que foi agredido na delegacia, que teria sofrido torturas. Sobre o sangue que foi identificado na maca na casa do enfermeiro pelo teste com luminol, ele não soube dizer a procedência.
Denúncia diz que caso extraconjugal terminou com gravidez
A denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e o inquérito policial, com os laudos periciais, apontam que Marielly teria morrido no mesmo dia em que a mãe procurou a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro para relatar o desaparecimento da filha. A jovem saiu de casa no dia 21 e não foi mais vista.
A investigação policial aponta que Marielly teve relação com o próprio cunhado, Hugleice. Dessa relação extraconjugal, resultou uma gravidez indesejada da jovem, comprovada por meio de um exame médico feito em fevereiro de 2011. No mês seguinte, em março, Marielly conheceu um rapaz com quem começou a namorar.
A gravidez era mantida em sigilo, mas a jovem chegou a confidenciar para uma amiga, dizendo que “se a criança nascesse seria uma ‘bomba’ para a família”. Foi então que ela e o cunhado teriam optado pelo aborto. Hugleice então conhece Jodimar, que morava na época em Sidrolândia.
No dia 19 de maio, conforme identificado pela perícia no celular de Hugleice, ele teria passado o dia em Sidrolândia. Já no dia 20, Hugleice e Marielly trocaram um total de 18 ligações telefônicas. No dia seguinte, em que a jovem desapareceu, eles foram até Sidrolândia na casa de Jodimar, também conforme apontado pelo MPMS e Polícia Civil.
Na residência, o então enfermeiro teria feito o procedimento de aborto na jovem. Uma prima de Jodimar que teria ficado ali para fazer a limpeza do local relatou que viu a vítima passando mal. O que se apurou é que Marielly, logo após o aborto, passou mal e faleceu. Ali, Hugleice e Jodimar colocaram a jovem já sem vida na camionete do cunhado e levaram até a área de mata nas margens da rodovia MS-162, onde o corpo foi desovado.
Corpo de Marielly é encontrado
Foram três semanas do desaparecimento até o corpo de Marielly ser encontrado. O corpo já estava em estado inicial de mumificação, irreconhecível, sendo identificado pelos exames periciais. No dia do reconhecimento, Hugleice não teria olhado para o corpo, estava nervoso e saiu dizendo que não era Marielly.
No entanto, foi identificado que se tratava da jovem. A Perícia também identificou que Marielly já não tinha mais o feto, ou seja, o que para o MPMS comprova o aborto. A causa da morte não foi identificada, mas o indício é de que ela tenha sofrido uma hemorragia aguda, inclusive sendo identificado sangue perto da área pélvica do corpo da vítima.
A partir daí, sendo ouvidas testemunhas do caso, Hugleice teria confessado o crime, depois ainda tendo dito que teria sofrido violência psicológica da polícia. O MPMS pontuou que ele esteve com a presença do advogado em todas as vezes que foi ouvido, sendo impossível que o profissional permitiria tal fato.
Já Jodimar não chegou a confessar. Ele manteve a afirmação de que não conhecia Marielly, nem teria provocado o aborto. Os dois acusados foram denunciados em agosto de 2011 e pronunciados só em março de 2019, já 7 anos após a morte da jovem. Midiamax
Fazendeiro de Goiás morre queimado após tentar salvar animais durante incêndio
Um fazendeiro de 65 anos morreu queimado após tentar salvar animais durante um incêndio, em Cidade Ocidental-GO, no Entorno do Distrito Federal. O irmão da vítima afirmou que o fogo se iniciou em uma propriedade vizinha, na segunda-feira (12).
A vítima, Valdemar Moacir Azevedo, e o irmão dele, Milton Valdemir de Azevedo, tentaram apagar as chamas com mangueiras.
“Íamos jogar água no fogo para tentar salvar os animais. Ele não teve tempo de correr, caiu e foi pego pelo fogo”, detalhou Milton.
Valdemar chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Ele morreu na terça-feira (13). O g1 não conseguiu localizar o dono da propriedade onde o incêndio começou.
Segundo Milton, ele e a família acionaram o Corpo de Bombeiros, mas a ligação foi redirecionada a um batalhão localizado a uma grande distância da propriedade, de modo que não foram atendidos.
Ao g1, o Corpo de Bombeiros explicou que o Batalhão de Luziânia, que atende na região da Cidade Ocidental, não foi acionado para a ocorrência.
“O que pode ter acontecido, caso tenham ligado no 193, é que devido a proximidade com Brasília, ter caído em algum batalhão de Brasília”, explicou o batalhão.
Incêndio
O irmão da vítima conta que o fogo consumiu cerca de 7 mil dos 10 mil metros que a chácara tem. Na propriedade, diversas árvores, como pés de caju, maracujá e banana foram queimados. O curral, o galinheiro, a cerca, a caixa d’água e a fiação elétrica também foram danificados.
Milton disse ainda que cerca de 20 animais morreram e que apenas três sobreviveram: uma cabra e um filhote, além de um peru fêmea, que segundo ele, ficou cega de um olho.
“Somente a área da residência foi preservada”, lamenta Milton.
Ele ainda conta que Valdemar, que era guarda civil metropolitano na Cidade Ocidental, não morava na fazenda – que era propriedade de ambos os irmãos –, mas que tinha planos de se mudar e que tinha acabado de construir uma casa ao lado da de Milton.
“Éramos muito próximos. Ele trabalhava na parte urbana da Cidade Ocidental, em regime de escala, e toda folga vinha para cá”, contou. Por Gabriela Macêdo, Gabriel Buosi e Paula Jardim, g1 Goiás e TV Anhanguera
STF forma maioria para manter a suspensão do piso da enfermagem
Com voto do ministro Gilmar Mendes nesta quinta-feira (15), a maioria do STF (Supremo Tribunal Federal) votou para manter a suspensão do piso nacional da enfermagem, conforme decidido pelo ministro Luís Roberto Barroso.
O tribunal analisa, em sessão do plenário virtual, se mantém a decisão de Barroso que determinou a suspensão da lei que estabeleceu uma remuneração mínima para enfermeiros e auxiliares e técnicos em enfermagem “até que seja esclarecido” o impacto financeiro da medida para estados e municípios e para os hospitais.
Seguiram o voto de Barroso os ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.
A norma aprovada pelo Congresso fixou o salário de, no mínimo, R$ 4.750 para os enfermeiros. Técnicos em enfermagem devem receber 70% desse valor (R$ 3.325), e auxiliares de enfermagem e parteiros, 50% (R$ 2.375). Folha Press
Irmão foi comer bolacha e tomar refrigerante após tentar matar outro a facadas
Na quarta-feira (14), homem de 39 anos acusado de tentar matar o irmão, de 36 anos, a facada na região do Tarsila do Amaral em Campo Grande, foi preso. Após dar facada na vítima, o suspeito foi comer bolacha e tomar refrigerante, segundo a polícia.
Conforme as informações da Polícia Civil, investigadores da 2ª Delegacia prenderam o suspeito em flagrante. O irmão mais novo teria pegado a bicicleta do autor sem autorização e dado um ‘sumiço’ na bicicleta. Então, os dois tiveram uma discussão.
O suspeito pegou uma faca e deu golpes no irmão, sendo que um atingiu o abdômen e causou evisceração dos órgãos. A vítima ainda correu pelo bairro e foi seguida pelo autor, que desistiu por causa da chuva e foi para casa, comer bolacha e tomar refrigerante.
A vítima foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa, enquanto o autor foi detido em flagrante e encaminhado, com a faca, para a delegacia. De acordo com o hospital, a vítima está em coma, respirando por aparelhos na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Midiamax
Crânio exposto choca mãe em cemitério onde filho está enterrado há 30 anos
Oficialmente é São Sebastião, mas um dos tradicionais cemitérios de Campo Grande é conhecido como Cruzeiro. Apesar de histórico, o lugar é motivo frequente de denúncias da população, devido ao abandono. Crânios expostos em túmulos destruídos chocam quem depende do local para matar um pouco da saudade de quem foi embora.
“Está abandonado e sabe quanto ficou isso aqui? Pago R$ 4 mil. E agora que tem fazer as gavetas porque é obrigado a fazer as gavetas”, reclama Cícera Maria da Conceição, 72 anos.
A indignação é de uma mãe que criou três filhos sozinha e que depois de quase 30 anos, conseguiu fazer um jazigo ao único filho homem que teve, José Valdecir, e que morreu aos 23 anos, em decorrência de aneurisma.
Desde de 1993, dona Cícera aguardava a construção de um espaço digno para manter viva a memória do filho. “Não tinha condições, quem ganha um salário não consegue fazer. Tanto que todo este tempo estava no chão. Minha filha que me fez uma surpresa, porque se fosse por mim demoraria muito mais tempo”, desabafa a mãe, que ainda mantém a placa de identificação do filho fixada à cruz desgasta pelo tempo que antes estava fincada na terra.
O mais velho de Cícera, é um entre os mais de 35 mil corpos sepultados no Cruzeiro desde sua fundação e nem todo espaço recebe o mesmo cuidado. O Campo Grande News esteve no local e durante duas horas nas dependências do cemitério, constatou o estado de abandono, mencionado e até guiado por Cicera.
Já na entrada as cruzes de ferro extraviadas ou recuperadas de túmulos expostas no antigo prédio que abrigava a administração é ‘cartão de visitas’. Logo mais adiante, a primeira surpresa: um túmulo aberto com um crânio à mostra. “Isso porque não tem o ‘poção’, lá é ficava mais visível ainda”, lembrou outra visitante, Jussara Lemes Batista. 63 anos, que buscava o local onde foi enterrado o irmão, Antônio Cezar Lemes Batista.
Diferente de Cícera, Jussara afirma não ter condições de fazer a gaveta no jazigo da família. “Não tenho condições porque ainda estou pagando contas atrasadas que acumularam durante a pandemia, com água e luz”, lamentou.
O ‘poção’ à que ela se referia, é um espaço onde se concentram a maior parte dos sepultamentos sociais, na região que fica na parte de acima no interior do cemitério, onde eram depositados os restos mortais. Ali próximo, a reportagem presenciou tampas abertas e osso expostos. Embaixo de uma imponente árvore as placas que identificam o falecido e as respectivas datas de nascimento e de morte, estão cobertas pela vegetação e ao redor pedaços de caixão, provavelmente deteriorados pela ação do tempo, aguardam por remoção.
Chamamento – O Cruzeiro é um dos três cemitérios públicos de Campo Grande, juntamento com o Santo Amaro e Santo Antônio. Desde julho a Prefeitura tem feito uma convocação aos proprietários de jazigo ou familiares de enterrados para regularizar os túmulos em conformidade com uma normativa do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), de 2003.
A Resolução do Conama n° 335/2003 tem o objetivo de mitigar os impactos ambientais causados pelos recintos, como contaminação do solo. Para isso, os responsáveis pelos túmulos devem construir o modelo de concreto, chamado ‘gaveta’, para evitar que caixão entre em contato com o solo. Mesmo publicado em Diário Oficial para o chamamento, o responsável pela administração dos três cemitérios, Marcelo Fonseca, afirma que não há prazo para a regularização.
“Ainda não tem prazo, estamos fazendo uma convocação e orientando a população que tem condições de fazer. Legislação dos cemitérios é de 2001 e vamos ter que mudar para atender a resolução do Conama. Provavelmente não vai ser mais possível sepultar no chão por questão ambiental. Já deveria ter feito há muito tempo, sou totalmente favorável. Não é só Campo Grande, é uma orientação nacional, mas que atrasou devido à pandemia. Tivemos infelizmente de sepultar no solo em decorrência da quantidade de óbitos”, disse Marcelo, salientando que em dois meses cerca de 50 jazigos do Cruzeiro já foram regularizados.
Os estragos – Em relação aos consertos dos túmulos abertos e conservação do espaço público, o administrador informou que a limpeza compete à Sisep (Secretaria Municipal De Infraestrutura E Serviços Públicos) e que a equipe no local realiza o trabalho esporádico de reparos quando possível devido ao baixo número de funcionários. Já a falta de segurança ele é taxativo. “Isso aí um trabalho que nunca termina, além do tamanho físico ainda há falta de segurança nesses cemitérios, não adianta a gente tapar o sol com a peneira, porque os muros são baixos. Todos eles são muito grandes e à noite não fica ninguém e existe uma ação imensa de vândalos nesses cemitérios quebrando túmulos, furtando algumas coisas. A gente está continuamente recuperando isso daí. Agora, isso na medida do possível porque nossa equipe é reduzida e é para sepultamento. Conforme vai tendo disponibilidade e horários vagos eles [funcionários] vão tapando os túmulos que vão encontrando. Agora, os túmulos são titularizados, então cabe à família também estar esporadicamente indo aos cemitérios e verificando a situação desses túmulos. Muitos abandonam”, finalizam.
Prédio da antiga administração guarda objetos recuperados dentro do cemitério Cruzeiro (Foto: Marcos Maluf)
Prédio da antiga administração guarda objetos recuperados dentro do cemitério Cruzeiro (Foto: Marcos Maluf)
A justiça – Em julho o Ministério Público de Mato Grosso do Sul pediu a interdição do Cemitério Santo Antônio, na Vila Santa Dorotheia, por poluição ambiental, conforme publicou reportagem do dia 21 no Campo Grande News. A sentença de 2019 obriga a Prefeitura de Campo Grande a reparar danos ambientais e de licença de operação do local.
Pelo cronograma municipal apresentado na ação de cumprimento de sentença, a notificação a familiares dos enterrados – para que adequem os jazigos – terminaria em 21 de fevereiro de 2023. Ja o monitoramento ambiental dos sepulcros, com análise se há materiais sendo lançados ao solo, começariam em outubro deste ano e o último seria apresentado em abril de 2027. Campo Grande News
Eduardo Riedel: Educação é ponto chave para o desenvolvimento do Estado
Eduardo Riedel durante entrevista à Imprensa
Candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul pela Coligação Trabalhando por um Novo Futuro (Número 45), Eduardo Riedel (PSDB) foi o artífice, nos últimos sete anos e meio, das políticas públicas que enxugaram a máquina administrativa do Estado, que implementaram a estratégia de municipalização das ações de governo e da interiorização dos investimentos, que levaram milhões de reais em investimentos aos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. Esta política de desenvolvimento com responsabilidade social se refletiu na questão da Educação no Estado. E Riedel avisa que vem muito mais por aí.
“Temos trabalhado e vamos trabalhar ainda mais para fortalecer a educação, pois é dela que sai a transformação da sociedade. Já fui professor, essa é uma área que valorizo muito. A evasão escolar passa por vários pontos, entre eles a qualidade das escolas. Por isso, 250, das 340 escolas estaduais de Mato Grosso do Sul foram reformadas nos últimos anos. Vamos focar nisso. Transformar nossas escolas em ambientes mais confortáveis e modernos”, explica.
Atualmente, 40% dos alunos da Rede Estadual e Ensino estudam em tempo integral. “Quero que as reformas e a educação em tempo integral cheguem a 100% das instituições de ensino do Estado”.
Hoje, o Mato Grosso do Sul possui programas como o MS Alfabetiza, ajudando os municípios com formação continuada de professores e material didático para alfabetizar nossas crianças com qualidade. Há também o MS Matemática, com apoio financeiro e recursos técnico aos municípios. “Isso é fruto de uma gestão municipalista. Outra grande transformação na educação é a rede de infovias digitais, com 7 mil km de fibra ótica, que será instalada no Estado e que terá um impacto enorme no setor”, lembra o candidato.
Mas nada disso adianta sem qualificação profissional. Por isso a importância de valorizar e oferecer recursos de desenvolvimento profissional aos profissionais da educação. “Vamos apostar forte na qualificação destes quadros tão importantes para o futuro do Estado. A equiparação do salário dos professores convocados aos concursados é uma das demandas que pretendo atender”, avisa Riedel.
São ações que ajudarão a melhorar os indicadores de educação, que só aumentam em MS: a evasão escolar diminuiu, o índice de reprovação caiu, a média dos alunos melhorou, enfim, isso só fez melhorar essa área. Quanto mais tempo na escola, mais qualificados saem estes alunos, o que melhora e muito a geração de renda e consequentemente a economia. “A segurança é outra área que ganha muito quando a educação vai bem, já que os índices de criminalidade caem bastante. Toda a sociedade é renovada. Educação é chave para o Estado”, afirma o candidato.
Carreta carregada de milho tomba na estrada
Carreta carregada de milho tombou na MS-480 na região de Anaurilândia, no trevo entre a MS-276 e a Usina Engenheiro Sérgio Motta na tarde desta quarta-feira (14). De acordo com informações, o condutor teria perdido o controle da direção, momento em que o veículo tombou. A carga de milho ficou espalhada. Ninguém se feriu, publicou o site Nova News. O trânsito permaneceu interditado por mais de uma hora no local. Midiamax
Novas parcelas do Auxílio Brasil de R$ 600 serão pagas na próxima semana; confira calendário
Em agosto, o governo antecipou, de 9 a 11 dias, a depender do final do NIS (Número de Identificação Social), o calendário de pagamento do Auxílio Brasil. Vale lembrar que o adicional de R$ 200 no valor tradicional de R$ 400, será pago de agosto a dezembro deste ano, seguindo a Emenda Constitucional nº 123, de 14 de julho de 2022,
As regras do Ministério da Cidadania determina que podem participar do programa as famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza que tenham, em sua composição, gestantes, nutrizes (mães que amamentam), crianças, adolescentes e jovens entre 0 e 21 anos incompletos.
As famílias extremamente pobres são aquelas que têm renda familiar per capita mensal igual ou inferior a R$ 105. As famílias pobres são aquelas que têm renda familiar per capita de R$ 105,01 e R$ 210.
Confira o calendário:
- 19 de setembro (segunda-feira) – NIS final 1;
- 20 de setembro (terça-feira) – NIS Final 2;
- 21 de setembro (quarta-feira) – NIS final 3;
- 22 de setembro (quinta-feira) – NIS final 4;
- 23 de setembro (sexta-feira) – NIS final 5;
- 26 de setembro (segunda-feira) – NIS final 6;
- 27 de setembro (terça-feira) – NIS final 7;
- 28 de setembro (quarta-feira) – NIS final 8;
- 29 de setembro (quinta-feira) – NIS final 9;
- 30 de setembro (sexta-feira) – NIS final 0.
Os pagamentos são depositados nas contas de Poupança Social Digital; conta-corrente de depósito à vista; conta especial de depósito à vista; e conta Contábil (plataforma social do Programa).
O crédito dos benefícios financeiros será realizado na conta contábil apenas quando: o beneficiário não possuir nenhuma das outras modalidades de contas bancárias; no caso de, mesmo possuindo, optar por receber o crédito por meio da conta contábil ou quando o crédito não for realizado por impedimentos técnicos, operacionais ou normativos, como bloqueio, suspensão inativação ou encerramento das contas.
A consulta pode ser realizada pelo aplicativo Auxílio Brasil, aplicativo Caixa Tem ou ligando para o Atendimento Caixa Auxílio Brasil pelo telefone 111. Depois digite o seu CPF ou NIS.
Como se inscrever
Para se candidatar ao Programa é necessário que a família esteja inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e tenha atualizado seus dados cadastrais nos últimos 2 anos.
Caso atenda aos requisitos de renda e não esteja inscrito, procure o responsável pelo Programa Auxílio Brasil na prefeitura de sua cidade para realizar o cadastramento no Cadastro Único.
Mantenha seus dados sempre atualizados, informando à prefeitura qualquer mudança de endereço, telefone de contato e composição da sua família, como: nascimento, morte, casamento, separação e adoção.
O cadastramento é um pré-requisito, mas não implica a entrada imediata da família no Programa. Mensalmente, o Ministério da Cidadania seleciona, de forma automatizada, as famílias que serão incluídas para receber o benefício.
Se a família se encaixa em uma das faixas de renda definidas pelo programa, o morador deve procurar o setor responsável pelo Auxílio Brasil no seu município. É necessária a apresentação do documento de identificação para fazer parte do Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal. Caso faça parte do Cadastro Único, é necessário que seus dados estejam atualizados.
A seleção das famílias é feita pelo Ministério da Cidadania com base nos dados inseridos pelas prefeituras no Cadastro Único. Esse processo é realizado mensalmente considerando a composição familiar e a renda de cada integrante. Midiamax
Mulher pede dipirona ao 190, PM percebe denúncia de violência e prende marido
Uma ligação inusitada resultou na prisão de um agressor em Campo Grande. Na semana passada, uma mulher ligou para o 190 pedindo uma cartela de dipirona. A princípio, o atendente do Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) achou que se tratava de um engano, mas desconfiou da insistência da senhora em pedir o medicamento, mesmo depois de ter falado que o número não era de uma farmácia.
Na verdade, ela estava sendo agredida pelo marido e como não podia falar diretamente com a polícia, fingiu que estava pedindo o remédio.
O Policial Militar então, buscou outras formas de conseguir mais informações e usou a quantidade de cartelas de dipirona para saber o nível de agressividade do marido dela.
Uma viatura da PM foi enviada com urgência até a casa onde estava ocorrendo a violência doméstica e o homem foi preso em flagrante.
O comandante do Copom em Campo Grande, Emerson de Almeida Vicente, elogiou a perspicácia do atendente. “É um policial que já vivenciou um pouco de rua, policial com certa experiência profissional, que conseguiu, na hora que ela pediu a dipirona, perceber que poderia ser um crime de violência.”
O comandante avalia que o “final feliz” só ocorreu porque o “policial conseguiu extrair informações importantes, como se o agressor estava perto; qual a intensidade da agressão, se estava muito agressivo ou pouco agressivo; e se estava armado ou não”
Em segurança, ele diz que depois a mulher ligou para a corporação e agradeceu pelo atendimento.
A PM reforçou denúncias podem ser feitas pelo 190 em casos de emergência. Também existe a Central de Atendimento à Mulher, através do 180, que presta escuta e acolhida qualificada às mulheres em situação de violência. Campo Grande News