Morrem cinco pessoas em acidente com veículo e caminhão do Corpo de Bombeiros

Os veículos ficaram bastante danificados com o choque
Um trágico acidente envolvendo um caminhão do Corpo de Bombeiros e um carro de passeio deixou cinco pessoas mortas e uma ferida na manhã deste domingo (26), na Rota do Sol (RSC-453), próximo à Terra de Areia, no Rio Grande do Sul. Entre as fatalidades estão dois bombeiros militares que estavam a caminho de uma ocorrência.
O acidente ocorreu por volta das 9h, quando o caminhão dos Bombeiros, cedido pela unidade de Gramado, capotou e colidiu frontalmente com o carro. As causas do acidente continuam sendo investigadas.
As fatalidades foram identificadas como os bombeiros Audrei Alves Camargo, de 32 anos, e Juliano Baigorra Ribeiro, de 37 anos, além de três ocupantes do carro: um homem, uma mulher e uma criança. Uma quarta ocupante do carro foi socorrida em estado grave para o Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa.
Os bombeiros Camargo e Baigorra eram reconhecidos por seus colegas e comunidade por sua dedicação e profissionalismo. O soldado Camargo atuava no Batalhão de Busca e Salvamento de Porto Alegre e deixa esposa e três filhos. Já o soldado Baigorra trabalhava no 5º Batalhão de Bombeiros Militar de Bento Gonçalves e também deixa esposa e três filhos.
O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul lamentou profundamente a morte dos dois soldados, destacando a dedicação e o profissionalismo de ambos. A Secretaria da Segurança Pública do Estado também manifestou pesar pelas mortes e solidariedade às famílias das vítimas.
O governador Eduardo Leite também se manifestou sobre o acidente, lamentando a perda de vidas e destacando a importância do trabalho dos bombeiros. A Polícia Civil investiga as causas do acidente. Perícias serão realizadas nos veículos para determinar as possíveis causas da colisão.
BN
Detran-MS: Mais da metade dos candidatos à CNH reprovaram na baliza em 2024
Ao todo, o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) recebeu mais de 114 mil candidatos para a prova prática, incluindo os 37.860 que tentaram a habilitação na categoria A (motocicletas), onde a taxa de aprovação foi maior, chegando a 61,7%.
Entre os principais erros que levaram à reprovação na categoria B destaca-se as dificuldades na baliza, como avançar sobre o balizamento e não conseguir estacionar o veículo corretamente dentro das três tentativas exigidas no tempo máximo de cinco minutos.

Erros mais comuns acontecem durante a baliza – Detran MS
Além disso, ações consideradas perigosas, como ameaçar pedestres ou outros veículos, também resultaram em eliminações diretas.
Na categoria A – que permite conduzir veículos de duas ou três rodas, como motocicletas, motonetas e triciclos, os candidatos mais reprovados cometeram falhas como apoiar os pés no chão com a motocicleta em movimento, desrespeitar o percurso da prova ou não utilizar corretamente o capacete com viseira ou óculos de proteção.
“A prova prática de habilitação gera um impacto emocional significativo, já que é um marco importante de autonomia e independência na vida das pessoas. Aspectos emocionais, como ansiedade, estão presentes, principalmente para quem já reprovou anteriormente. Para aumentar as chances de aprovação, é essencial que o candidato tenha uma boa preparação nas aulas e busque manter a calma no dia do exame”, afirma a gerente de Exames de Habilitação do Detran-MS, Lina Zeinab.
Para serem aprovados, os candidatos podem acumular no máximo três pontos durante o exame. Erros considerados graves geram três pontos, erros médios valem dois e erros leves, um. A partir do quarto ponto ou em caso de falta eliminatória, a reprovação é automática.
Prazo prorrogado
A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) prorrogou o prazo para candidatos com processo da primeira habilitação na fase do exame prático, com aulas obrigatórias já realizadas, e beneficiou quase 20 mil sul-mato-grossenses.
No final do ano passado, o Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) realizou mutirões para atender a demanda de quem não conseguiu finalizar os processos abertos em 2019, 2020, 2021, 2022 e 2023, do qual acabaria o prazo no dia 31 de dezembro.
Porém, antes mesmo do prazo se encerrar, o Senatran comunicou uma nova prorrogação, desta vez para 31 de março de 2025. Com isso, cerca de 19.960 candidatos sul-mato-grossenses foram contemplados com essa decisão e devem concluir o exame até a referida data. Lembrando que, para aqueles que abriram processo em 2024, esta prorrogação não é válida.
Desta parcela, 48,60% são de Campo Grande, ou seja, 9,7 mil candidatos. Na sequência dentre as cidades com mais processos que se enquadram na determinação, estão: Dourados (1,5 mil), Três Lagoas (1,1 mil), Ponta Porã (781), e Corumbá (767).
Pessoas sem CNH
De janeiro até o dia 18 de novembro, quase 14 mil motoristas já foram flagrados conduzindo veículos sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em Mato Grosso do Sul. Desse número, mais de 4 mil foram em Campo Grande.
Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) e mostram que, até o dia 18, 13.939 condutores estavam dirigindo sem habilitação em todo o Estado. Até o dia 6/11, 4.067 campo-grandenses foram flagrados sem habilitação.
Àqueles que forem flagrados dirigindo sem habilitação estão sujeitos a detenção de seis meses a um ano, e/ou multa de R$ 880, além de terem o veículo apreendido.
Alto custo
Levantamento realizado pelo Correio do Estado constatou que o preço da carteira de habilitação nas categorias A e B, que permitem a condução de carros e motocicletas, custa cerca de R$ 2,3 mil na Autoescola Futura, no Jardim Centro-Oeste.
Conforme apurado, o valor é referente ao pagamento à vista e contempla a quantia mínima de aulas exigida pelo Centro de Formação de Condutores (CFC) – 20 aulas de carro e outras quatro de motocicleta.
Para os mais habilidosos, o processo para conquistar a habilitação pode durar dois meses e ser postergado em até cinco meses. Na Prime Auto Escola, região central, o valor para a mesma quantia de aulas de carro e cinco aulas de moto é de R$ 2.290 à vista, valores que podem ser parcelados no cartão de crédito ou quitados em promissórias mensais em até cinco meses.
Os valores para os interessados em renovar a CNH é de R$ 700, ação que também pode ser feita junto ao Detran-MS.
Correio do Estado *Colaborou Alison Silva e Felipe Machado
Prefeitura de Aparecida do Taboado compra R$ 1,5 milhão em remédios para câncer por ordem judicial

Imagem ilustrativa. (Foto: Freepik)
A Prefeitura de Aparecida do Taboado divulgou, nesta sexta-feira (24), o resultado de uma licitação para a compra de medicamentos de alto custo para o tratamento de pacientes com câncer no município. O valor total da ata é de R$ 1.559.832,96, conforme publicação no Diário da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).
Uma das vencedoras do processo é a empresa CM Hospitalar S/A, que ficará responsável pelo fornecimento de 12 unidades do medicamento Atezolizumabe 1.200mg, pelo valor de R$ 21.476,05 cada; 12 caixas de Dupilumabe 300mg seringa 2ml, pelo valor unitário de R$ 3.811,74; 360 unidades de Eltrombopague olamina 50mg comprimido, por R$ 233,92 cada; e 60 unidades de Pembrolizumabe 100mg/4ml solução injetável, com custo unitário de R$ 15.799,14.
Outra empresa contemplada no processo de licitação foi a Cristal Distribuidora de Medicamentos Ltda, que fornecerá 36 unidades de Bevacizumabe 400mg (16ml), ao custo de R$ 2.717,41 cada.
Apesar dos altos valores registrados, um dos itens da licitação, o Trastuzumabe deruxtecan 100mg, não teve ofertas, sendo considerado fracassado. As empresas deverão fornecer os medicamentos no período de 12 meses.
Midiamax
Homem morre após ser atropelado em rodovia e motorista é procurado

Rodolfo atravessa pista a pé e acabou sendo atropelado (Foto: Direto das Ruas)
Rodolfo Teles de Menezes, 37 anos, morreu na madrugada deste domingo (26), após ser atropelado na MS-450, no distrito de Palmeiras, em Dois Irmãos do Buriti, cidade a 116 quilômetros de Campo Grande. O motorista responsável pelo acidente não ficou local e é procurado.
De acordo com o boletim de ocorrência, o acidente aconteceu por volta da meia-noite. No entanto, só foi informado à delegacia da cidade às 3h48. Quando a equipe policial chegou ao local, a equipe da PRE (Polícia Rodoviária Estadual) realizava a preservação da cena.
Rodolfo estava caído na rodovia que liga o distrito ao centro de Dois Irmãos do Buriti, já sem vida. No entanto, o motorista responsável pelo acidente não foi identificado até o momento. Equipe da Polícia Civil faz buscas para encontrá-lo.
Ao Campo Grande News, um cunhado da vítima disse que ele atravessava a rodovia a pé quando foi atingido. “Ele estava passeando em Palmeiras. Ficou agonizando até acharem ele lá porque o motorista não prestou socorro”, relatou o parente que prefere não se identificar.
O caso foi registrado na delegacia da cidade como praticar homicídio culposo na direção de veículo e omissão de socorro e está sendo investigado.
Campo Grande News
Homem de 28 anos morre logo após jogo de futebol

Um rapaz de 28 anos, identificado como Lucas Santana Ifran, morreu após passar mal em uma partida de futebol com amigos em um campo na Vila Nasser, neste sábado (25). A vítima chegou a ser levada para o UPA do Coronel Antonino, mas não resistiu.
O mal súbito teria ocorrido após Lucas ter uma dividida de bola com outro jogador, durante a partida. Ele teria batido a mão no peito da vítima, que de imediato parou e pediu que marcasse a falta. Nesse momento, Lucas teria abaixado e começado a vomitar sangue.
Imediatamente, os amigos que estavam no local acionaram o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que compareceu ao local. Após o procedimento de primeiros socorros, a vítima foi encaminhada para a UPA Coronel Antonino.
Conforme registrado no Boletim de Ocorrência, a vítima foi medicada na unidade médica, mas não apresentou melhoras. O óbito foi constatado às 21h20. O caso está sendo apurado.
Uma familiar que estava no momento do ocorrido, contudo, relatou ao Jornal Midiamax que a vítima não chegou a seu atendido pelo SAMU no local do ocorrido. Ele teria sido levado por familiares direto à unidade de saúde e chegou sem vida ao local.
Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte de Lucas, que era barbeiro em Campo Grande. “É com imensa tristeza que nos despedimos do nosso querido barbeiro, Lucas Santana. Sua dedicação, talento e simpatia marcaram a vida de todos que tiveram o privilégio de ser atendido por ele. Lucas deixa uma saudade enorme em nossos corações”, diz a publicação.
Midiamax
Celular emite radiação? É seguro deixá-lo ao lado da cama? Entenda se há riscos

celular cama — Foto: Pexels
Dormir com o celular na cama, ao lado dela, ou até mesmo com ele nas mãos, é um hábito comum de muita gente. Pode ser até o seu. Mas será que isso faz bem para a saúde?
Além de interferir na qualidade do sono (o ideal é tentar desconectar por uma hora ou mais antes de ir para a cama), será que o celular irradia algo que possa fazer mal? É bom a gente mantê-lo afastado da cabeça ao dormir?
A resposta é simples: não, pelo contrário, estudos recentes e robustos mostram que os celulares NÃO têm energia suficiente para causar danos graves à sua saúde.
Em outras palavras, isso quer dizer que a radiação emitida pelos smartphones que usamos não tem força para causar danos no nível do DNA, o que seria necessário para provocar problemas de saúde, como o desenvolvimento de um câncer, por exemplo.
“Podemos afirmar com segurança que não há evidências de que a radiação dos celulares esteja associada ao desenvolvimento de tumores”, afirma Thiago Celestino Chulam, líder do Departamento de Prevenção e Diagnóstico Precoce do A.C.Camargo Cancer Center.
Abaixo, entenda melhor por que isso acontece.
Radiofrequência baixa
De fato, o celular que você está segurando enquanto lê essa matéria emite uma certa radiação.
Mas tudo bem. Esse tipo de radiação é chamada de radiação de radiofrequência e faz parte de uma faixa de baixa energia no espectro eletromagnético.
Para entender melhor
BATANEWS/REDAçãO
Pagamento por foto dos olhos atraiu meio milhão de brasileiros

Pagamento por foto dos olhos atraiu meio milhão de brasileiros
A World, iniciativa que registra a íris de humanos para que ela sirva como uma “impressão digital’ mais avançada, diz que seu objetivo é diferenciar pessoas de robôs cada vez mais convincentes.
No entanto, para muitos moradores de São Paulo, uma das cidades dos 18 países onde o projeto atua, ter o olho fotografado era um jeito de ganhar um dinheiro extra: cerca de R$ 600 em criptomoedas (na cotação da última sexta-feira, 24).
Mas, a partir deste sábado (25), o projeto não poderá mais remunerar quem participar dele, segundo determinação da Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) divulgada um dia antes. O órgão é responsável por fiscalizar o cumprimento da Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD).
A ANPD entende que o pagamento “pode interferir na livre manifestação de vontade dos indivíduos’.
E que essa interferência pode acontecer “especialmente em casos nos quais potencial vulnerabilidade e hipossuficiência (expressão jurídica que se refere à falta de condições financeiras) tornem ainda maior o peso do pagamento oferecido’.
Os registros da íris dispararam em São Paulo desde o fim do ano.
Antes focado no Itaim Bibi e nos Jardins, áreas nobres da capital, o escaneamento está agora em bairros como Brasilândia, Cidade Dutra e Cidade Líder, de renda mais baixa.
Muitas pessoas que o g1 entrevistou em pontos da periferia e também no Centro da cidade não sabiam explicar do que se tratava o protocolo World e nem se havia riscos.
Fiquei sabendo pelos meus amigos, que divulgaram um aplicativo que estava dando dinheiro. Eu questionei ‘De graça, assim?’ e confirmaram, ‘De graça’. Eu vim pelo dinheiro mesmo. Estou duro. Mas nada é de graça, né?
— Alex Rodrigo, de 38 anos, que se inscreveu em dezembro
Por ora, São Paulo é a única cidade no Brasil que participa. Mas a World tem planos de estender o projeto para outras regiões do país muito em breve disse Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, em entrevista ao g1 no último dia 17.
A Tools é a empresa responsável pela operação da World, uma iniciativa que tem, entre seus fundadores, Sam Altman, da Open AI — a criadora do ChatGPT (saiba mais ao fim da reportagem).
Após a decisão da ANPD, a World disse que “está em conformidade com todas as leis e regulamentos do Brasil’ e que “relatos imprecisos recentes e atividades nas mídias sociais resultaram em informações falsas para a ANPD’.
O boca a boca e as redes sociais fizeram a ideia da oportunidade se espalhar. São muitas as postagens que tratam da “venda de uma foto da íris’, especialmente no TikTok.
A contagem de participantes parou, 10 dias atrás, em “mais de 400 mil pessoas’, e não é mais atualizada pela World. Eram 115 mil no começo de novembro passado, quando o projeto foi retomado em São Paulo depois de uma fase de testes, em 2023.
Movimento em ponto de cadastramento da íris em Cidade Líder, no extremo da Zona Leste de São Paulo, na penúltima semana de dezembro de 2024 — Foto: Victor Hugo Silva/g1
O crescimento meteórico acompanhou a velocidade da abertura de novos pontos de escaneamento: a rede saiu de 10 unidades, em novembro, para 51 na última sexta — um número que não parava de subir.
A adesão era facilitada pela localização estratégica dos pontos — perto de estações de metrô e trem, além de terminais de ônibus — e à expansão para os extremos da cidade. A maioria das unidades fica fora do Centro expandido da capital.
“Se a gente pensa numa cidade como São Paulo e o que a gente está propondo é criar uma ferramenta para toda a humanidade, a última coisa que a gente pode fazer é se limitar à Faria Lima’, disse Tozzi, se referindo à avenida que abriga bancos, startups e empresas de tecnologia.
O crescimento do projeto chamou a atenção da ANPD, que já tinha pedido explicações sobre o procedimento.
Na União Europeia, a autoridade de proteção de dados da Baviera, na Alemanha, determinou a exclusão de dados em todo o bloco, ainda que a World afirme que não fica com os registros das íris.
Segundo ela, o dado é codificado, fracionado e guardado por parceiros, incluindo universidades estrangeiras.
Especialistas em direito digital e tecnologia ouvidos pelo g1 levantaram preocupações com a clareza das informações que são dadas para os participantes — e se eles realmente estão cientes de como o projeto funciona. E sobre o que será feito com os dados no futuro.
World atraiu atenção de milhares de pessoas ao dar criptomoedas em troca de registro da íris; muitos dos entrevistados pelo g1 não sabe explicar como funciona o projeto e nem se há riscos — Foto: Darlan Helder/g1
Fazer o registro é relativamente simples:
Até esta sexta-feira (24), o participante também deveria informar se desejava receber criptomoedas Worldcoin (o projeto tem sua própria moeda virtual).
O montante pode variar, mas, na última semana, eram 48 moedas (R$ 615, na cotação de 24 de janeiro); 20 moedas eram liberadas 24 horas após o escaneamento da íris. As outras 28 moedas são distribuídas mensalmente, ao longo de um ano.
Se o processo para fotografar a íris é rápido, entender o destino dos dados e as implicações disso é desafiador até para quem tem familiaridade com o tema.
A partir do registro da íris com a Orb, o que acontece, segundo Tozzi, da Tools for Humanity. é:
A ideia da World de enviar os códigos fracionados para parceiros é descentralizar essa rede.
Os “terceiros confiáveis’, que recebem esses dados em pedaços, são as universidades de Berkeley (Estados Unidos) e Erlangen-Nürnberg (Alemanha) e a empresa inglesa de blockchain Nethermind.
“Cada fragmento é enviado para um servidor diferente de colaboradores. É impossível reconstruir esse código’, disse Tozzi. “Tudo isso é feito para garantir a privacidade, a segurança e que esse processo seja anônimo para todos os usuários’.
Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, em entrevista ao g1 — Foto: Fábio Tito/g1
No entanto, se a World não retém os registros de íris, por que está investindo tanto e pagando para quem aceita participar?
O plano é ampliar cada vez mais essa rede de “impressões digitais’, ainda que fiquem guardadas (aos pedaços) com os parceiros da World.
No momento, a iniciativa não tem integração com aplicativos muito conhecidos.
Futuramente, se empresas, como bancos, e governos entenderem que é uma boa usar a íris como forma de diferenciar humanos e robôs, o projeto estará pronto para prestar o serviço, contando com um banco de dados bastante vasto (as pessoas que já têm suas íris registradas).
Por exemplo, se uma rede social decide incluir esse modelo como opção de entrada no perfil, em vez de login e senha, ela sabe que já existem milhares de usuários aptos, pelo protocolo World.
“A infraestrutura está sendo criada para que a solução exista antes da necessidade. Porque, quando a necessidade chegar, talvez seja muito tarde a gente querer construir algo do zero’, afirmou Tozzi.
Segundo a World, é possível contar com esse tipo de “impressão digital’ para para evitar robôs em redes sociais, jogos e aplicativos de bancos e relacionamento, além de deepfakes em chamadas de vídeo e fraudes em programas sociais de governos.
Morrem cinco pessoas em acidente com veículo e caminhão do Corpo de Bombeiros

Os veículos ficaram bastante danificados com o choque
Um trágico acidente envolvendo um caminhão do Corpo de Bombeiros e um carro de passeio deixou cinco pessoas mortas e uma ferida na manhã deste domingo (26), na Rota do Sol (RSC-453), próximo à Terra de Areia, no Rio Grande do Sul. Entre as fatalidades estão dois bombeiros militares que estavam a caminho de uma ocorrência.
O acidente ocorreu por volta das 9h, quando o caminhão dos Bombeiros, cedido pela unidade de Gramado, capotou e colidiu frontalmente com o carro. As causas do acidente continuam sendo investigadas.
As fatalidades foram identificadas como os bombeiros Audrei Alves Camargo, de 32 anos, e Juliano Baigorra Ribeiro, de 37 anos, além de três ocupantes do carro: um homem, uma mulher e uma criança. Uma quarta ocupante do carro foi socorrida em estado grave para o Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa.
Os bombeiros Camargo e Baigorra eram reconhecidos por seus colegas e comunidade por sua dedicação e profissionalismo. O soldado Camargo atuava no Batalhão de Busca e Salvamento de Porto Alegre e deixa esposa e três filhos. Já o soldado Baigorra trabalhava no 5º Batalhão de Bombeiros Militar de Bento Gonçalves e também deixa esposa e três filhos.
O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul lamentou profundamente a morte dos dois soldados, destacando a dedicação e o profissionalismo de ambos. A Secretaria da Segurança Pública do Estado também manifestou pesar pelas mortes e solidariedade às famílias das vítimas.
O governador Eduardo Leite também se manifestou sobre o acidente, lamentando a perda de vidas e destacando a importância do trabalho dos bombeiros. A Polícia Civil investiga as causas do acidente. Perícias serão realizadas nos veículos para determinar as possíveis causas da colisão.
BN
Detran-MS: Mais da metade dos candidatos à CNH reprovaram na baliza em 2024
Ao todo, o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) recebeu mais de 114 mil candidatos para a prova prática, incluindo os 37.860 que tentaram a habilitação na categoria A (motocicletas), onde a taxa de aprovação foi maior, chegando a 61,7%.
Entre os principais erros que levaram à reprovação na categoria B destaca-se as dificuldades na baliza, como avançar sobre o balizamento e não conseguir estacionar o veículo corretamente dentro das três tentativas exigidas no tempo máximo de cinco minutos.

Erros mais comuns acontecem durante a baliza – Detran MS
Além disso, ações consideradas perigosas, como ameaçar pedestres ou outros veículos, também resultaram em eliminações diretas.
Na categoria A – que permite conduzir veículos de duas ou três rodas, como motocicletas, motonetas e triciclos, os candidatos mais reprovados cometeram falhas como apoiar os pés no chão com a motocicleta em movimento, desrespeitar o percurso da prova ou não utilizar corretamente o capacete com viseira ou óculos de proteção.
“A prova prática de habilitação gera um impacto emocional significativo, já que é um marco importante de autonomia e independência na vida das pessoas. Aspectos emocionais, como ansiedade, estão presentes, principalmente para quem já reprovou anteriormente. Para aumentar as chances de aprovação, é essencial que o candidato tenha uma boa preparação nas aulas e busque manter a calma no dia do exame”, afirma a gerente de Exames de Habilitação do Detran-MS, Lina Zeinab.
Para serem aprovados, os candidatos podem acumular no máximo três pontos durante o exame. Erros considerados graves geram três pontos, erros médios valem dois e erros leves, um. A partir do quarto ponto ou em caso de falta eliminatória, a reprovação é automática.
Prazo prorrogado
A Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) prorrogou o prazo para candidatos com processo da primeira habilitação na fase do exame prático, com aulas obrigatórias já realizadas, e beneficiou quase 20 mil sul-mato-grossenses.
No final do ano passado, o Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) realizou mutirões para atender a demanda de quem não conseguiu finalizar os processos abertos em 2019, 2020, 2021, 2022 e 2023, do qual acabaria o prazo no dia 31 de dezembro.
Porém, antes mesmo do prazo se encerrar, o Senatran comunicou uma nova prorrogação, desta vez para 31 de março de 2025. Com isso, cerca de 19.960 candidatos sul-mato-grossenses foram contemplados com essa decisão e devem concluir o exame até a referida data. Lembrando que, para aqueles que abriram processo em 2024, esta prorrogação não é válida.
Desta parcela, 48,60% são de Campo Grande, ou seja, 9,7 mil candidatos. Na sequência dentre as cidades com mais processos que se enquadram na determinação, estão: Dourados (1,5 mil), Três Lagoas (1,1 mil), Ponta Porã (781), e Corumbá (767).
Pessoas sem CNH
De janeiro até o dia 18 de novembro, quase 14 mil motoristas já foram flagrados conduzindo veículos sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em Mato Grosso do Sul. Desse número, mais de 4 mil foram em Campo Grande.
Os dados são do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) e mostram que, até o dia 18, 13.939 condutores estavam dirigindo sem habilitação em todo o Estado. Até o dia 6/11, 4.067 campo-grandenses foram flagrados sem habilitação.
Àqueles que forem flagrados dirigindo sem habilitação estão sujeitos a detenção de seis meses a um ano, e/ou multa de R$ 880, além de terem o veículo apreendido.
Alto custo
Levantamento realizado pelo Correio do Estado constatou que o preço da carteira de habilitação nas categorias A e B, que permitem a condução de carros e motocicletas, custa cerca de R$ 2,3 mil na Autoescola Futura, no Jardim Centro-Oeste.
Conforme apurado, o valor é referente ao pagamento à vista e contempla a quantia mínima de aulas exigida pelo Centro de Formação de Condutores (CFC) – 20 aulas de carro e outras quatro de motocicleta.
Para os mais habilidosos, o processo para conquistar a habilitação pode durar dois meses e ser postergado em até cinco meses. Na Prime Auto Escola, região central, o valor para a mesma quantia de aulas de carro e cinco aulas de moto é de R$ 2.290 à vista, valores que podem ser parcelados no cartão de crédito ou quitados em promissórias mensais em até cinco meses.
Os valores para os interessados em renovar a CNH é de R$ 700, ação que também pode ser feita junto ao Detran-MS.
Correio do Estado *Colaborou Alison Silva e Felipe Machado
Prefeitura de Aparecida do Taboado compra R$ 1,5 milhão em remédios para câncer por ordem judicial

Imagem ilustrativa. (Foto: Freepik)
A Prefeitura de Aparecida do Taboado divulgou, nesta sexta-feira (24), o resultado de uma licitação para a compra de medicamentos de alto custo para o tratamento de pacientes com câncer no município. O valor total da ata é de R$ 1.559.832,96, conforme publicação no Diário da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul).
Uma das vencedoras do processo é a empresa CM Hospitalar S/A, que ficará responsável pelo fornecimento de 12 unidades do medicamento Atezolizumabe 1.200mg, pelo valor de R$ 21.476,05 cada; 12 caixas de Dupilumabe 300mg seringa 2ml, pelo valor unitário de R$ 3.811,74; 360 unidades de Eltrombopague olamina 50mg comprimido, por R$ 233,92 cada; e 60 unidades de Pembrolizumabe 100mg/4ml solução injetável, com custo unitário de R$ 15.799,14.
Outra empresa contemplada no processo de licitação foi a Cristal Distribuidora de Medicamentos Ltda, que fornecerá 36 unidades de Bevacizumabe 400mg (16ml), ao custo de R$ 2.717,41 cada.
Apesar dos altos valores registrados, um dos itens da licitação, o Trastuzumabe deruxtecan 100mg, não teve ofertas, sendo considerado fracassado. As empresas deverão fornecer os medicamentos no período de 12 meses.
Midiamax
Homem morre após ser atropelado em rodovia e motorista é procurado

Rodolfo atravessa pista a pé e acabou sendo atropelado (Foto: Direto das Ruas)
Rodolfo Teles de Menezes, 37 anos, morreu na madrugada deste domingo (26), após ser atropelado na MS-450, no distrito de Palmeiras, em Dois Irmãos do Buriti, cidade a 116 quilômetros de Campo Grande. O motorista responsável pelo acidente não ficou local e é procurado.
De acordo com o boletim de ocorrência, o acidente aconteceu por volta da meia-noite. No entanto, só foi informado à delegacia da cidade às 3h48. Quando a equipe policial chegou ao local, a equipe da PRE (Polícia Rodoviária Estadual) realizava a preservação da cena.
Rodolfo estava caído na rodovia que liga o distrito ao centro de Dois Irmãos do Buriti, já sem vida. No entanto, o motorista responsável pelo acidente não foi identificado até o momento. Equipe da Polícia Civil faz buscas para encontrá-lo.
Ao Campo Grande News, um cunhado da vítima disse que ele atravessava a rodovia a pé quando foi atingido. “Ele estava passeando em Palmeiras. Ficou agonizando até acharem ele lá porque o motorista não prestou socorro”, relatou o parente que prefere não se identificar.
O caso foi registrado na delegacia da cidade como praticar homicídio culposo na direção de veículo e omissão de socorro e está sendo investigado.
Campo Grande News
Homem de 28 anos morre logo após jogo de futebol

Um rapaz de 28 anos, identificado como Lucas Santana Ifran, morreu após passar mal em uma partida de futebol com amigos em um campo na Vila Nasser, neste sábado (25). A vítima chegou a ser levada para o UPA do Coronel Antonino, mas não resistiu.
O mal súbito teria ocorrido após Lucas ter uma dividida de bola com outro jogador, durante a partida. Ele teria batido a mão no peito da vítima, que de imediato parou e pediu que marcasse a falta. Nesse momento, Lucas teria abaixado e começado a vomitar sangue.
Imediatamente, os amigos que estavam no local acionaram o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que compareceu ao local. Após o procedimento de primeiros socorros, a vítima foi encaminhada para a UPA Coronel Antonino.
Conforme registrado no Boletim de Ocorrência, a vítima foi medicada na unidade médica, mas não apresentou melhoras. O óbito foi constatado às 21h20. O caso está sendo apurado.
Uma familiar que estava no momento do ocorrido, contudo, relatou ao Jornal Midiamax que a vítima não chegou a seu atendido pelo SAMU no local do ocorrido. Ele teria sido levado por familiares direto à unidade de saúde e chegou sem vida ao local.
Nas redes sociais, amigos e familiares lamentaram a morte de Lucas, que era barbeiro em Campo Grande. “É com imensa tristeza que nos despedimos do nosso querido barbeiro, Lucas Santana. Sua dedicação, talento e simpatia marcaram a vida de todos que tiveram o privilégio de ser atendido por ele. Lucas deixa uma saudade enorme em nossos corações”, diz a publicação.
Midiamax
Celular emite radiação? É seguro deixá-lo ao lado da cama? Entenda se há riscos

celular cama — Foto: Pexels
Dormir com o celular na cama, ao lado dela, ou até mesmo com ele nas mãos, é um hábito comum de muita gente. Pode ser até o seu. Mas será que isso faz bem para a saúde?
Além de interferir na qualidade do sono (o ideal é tentar desconectar por uma hora ou mais antes de ir para a cama), será que o celular irradia algo que possa fazer mal? É bom a gente mantê-lo afastado da cabeça ao dormir?
A resposta é simples: não, pelo contrário, estudos recentes e robustos mostram que os celulares NÃO têm energia suficiente para causar danos graves à sua saúde.
Em outras palavras, isso quer dizer que a radiação emitida pelos smartphones que usamos não tem força para causar danos no nível do DNA, o que seria necessário para provocar problemas de saúde, como o desenvolvimento de um câncer, por exemplo.
“Podemos afirmar com segurança que não há evidências de que a radiação dos celulares esteja associada ao desenvolvimento de tumores”, afirma Thiago Celestino Chulam, líder do Departamento de Prevenção e Diagnóstico Precoce do A.C.Camargo Cancer Center.
Abaixo, entenda melhor por que isso acontece.
Radiofrequência baixa
De fato, o celular que você está segurando enquanto lê essa matéria emite uma certa radiação.
Mas tudo bem. Esse tipo de radiação é chamada de radiação de radiofrequência e faz parte de uma faixa de baixa energia no espectro eletromagnético.
Para entender melhor
BATANEWS/REDAçãO
Pagamento por foto dos olhos atraiu meio milhão de brasileiros

Pagamento por foto dos olhos atraiu meio milhão de brasileiros
A World, iniciativa que registra a íris de humanos para que ela sirva como uma “impressão digital’ mais avançada, diz que seu objetivo é diferenciar pessoas de robôs cada vez mais convincentes.
No entanto, para muitos moradores de São Paulo, uma das cidades dos 18 países onde o projeto atua, ter o olho fotografado era um jeito de ganhar um dinheiro extra: cerca de R$ 600 em criptomoedas (na cotação da última sexta-feira, 24).
Mas, a partir deste sábado (25), o projeto não poderá mais remunerar quem participar dele, segundo determinação da Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) divulgada um dia antes. O órgão é responsável por fiscalizar o cumprimento da Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD).
A ANPD entende que o pagamento “pode interferir na livre manifestação de vontade dos indivíduos’.
E que essa interferência pode acontecer “especialmente em casos nos quais potencial vulnerabilidade e hipossuficiência (expressão jurídica que se refere à falta de condições financeiras) tornem ainda maior o peso do pagamento oferecido’.
Os registros da íris dispararam em São Paulo desde o fim do ano.
Antes focado no Itaim Bibi e nos Jardins, áreas nobres da capital, o escaneamento está agora em bairros como Brasilândia, Cidade Dutra e Cidade Líder, de renda mais baixa.
Muitas pessoas que o g1 entrevistou em pontos da periferia e também no Centro da cidade não sabiam explicar do que se tratava o protocolo World e nem se havia riscos.
Fiquei sabendo pelos meus amigos, que divulgaram um aplicativo que estava dando dinheiro. Eu questionei ‘De graça, assim?’ e confirmaram, ‘De graça’. Eu vim pelo dinheiro mesmo. Estou duro. Mas nada é de graça, né?
— Alex Rodrigo, de 38 anos, que se inscreveu em dezembro
Por ora, São Paulo é a única cidade no Brasil que participa. Mas a World tem planos de estender o projeto para outras regiões do país muito em breve disse Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, em entrevista ao g1 no último dia 17.
A Tools é a empresa responsável pela operação da World, uma iniciativa que tem, entre seus fundadores, Sam Altman, da Open AI — a criadora do ChatGPT (saiba mais ao fim da reportagem).
Após a decisão da ANPD, a World disse que “está em conformidade com todas as leis e regulamentos do Brasil’ e que “relatos imprecisos recentes e atividades nas mídias sociais resultaram em informações falsas para a ANPD’.
O boca a boca e as redes sociais fizeram a ideia da oportunidade se espalhar. São muitas as postagens que tratam da “venda de uma foto da íris’, especialmente no TikTok.
A contagem de participantes parou, 10 dias atrás, em “mais de 400 mil pessoas’, e não é mais atualizada pela World. Eram 115 mil no começo de novembro passado, quando o projeto foi retomado em São Paulo depois de uma fase de testes, em 2023.
Movimento em ponto de cadastramento da íris em Cidade Líder, no extremo da Zona Leste de São Paulo, na penúltima semana de dezembro de 2024 — Foto: Victor Hugo Silva/g1
O crescimento meteórico acompanhou a velocidade da abertura de novos pontos de escaneamento: a rede saiu de 10 unidades, em novembro, para 51 na última sexta — um número que não parava de subir.
A adesão era facilitada pela localização estratégica dos pontos — perto de estações de metrô e trem, além de terminais de ônibus — e à expansão para os extremos da cidade. A maioria das unidades fica fora do Centro expandido da capital.
“Se a gente pensa numa cidade como São Paulo e o que a gente está propondo é criar uma ferramenta para toda a humanidade, a última coisa que a gente pode fazer é se limitar à Faria Lima’, disse Tozzi, se referindo à avenida que abriga bancos, startups e empresas de tecnologia.
O crescimento do projeto chamou a atenção da ANPD, que já tinha pedido explicações sobre o procedimento.
Na União Europeia, a autoridade de proteção de dados da Baviera, na Alemanha, determinou a exclusão de dados em todo o bloco, ainda que a World afirme que não fica com os registros das íris.
Segundo ela, o dado é codificado, fracionado e guardado por parceiros, incluindo universidades estrangeiras.
Especialistas em direito digital e tecnologia ouvidos pelo g1 levantaram preocupações com a clareza das informações que são dadas para os participantes — e se eles realmente estão cientes de como o projeto funciona. E sobre o que será feito com os dados no futuro.
World atraiu atenção de milhares de pessoas ao dar criptomoedas em troca de registro da íris; muitos dos entrevistados pelo g1 não sabe explicar como funciona o projeto e nem se há riscos — Foto: Darlan Helder/g1
Fazer o registro é relativamente simples:
Até esta sexta-feira (24), o participante também deveria informar se desejava receber criptomoedas Worldcoin (o projeto tem sua própria moeda virtual).
O montante pode variar, mas, na última semana, eram 48 moedas (R$ 615, na cotação de 24 de janeiro); 20 moedas eram liberadas 24 horas após o escaneamento da íris. As outras 28 moedas são distribuídas mensalmente, ao longo de um ano.
Se o processo para fotografar a íris é rápido, entender o destino dos dados e as implicações disso é desafiador até para quem tem familiaridade com o tema.
A partir do registro da íris com a Orb, o que acontece, segundo Tozzi, da Tools for Humanity. é:
A ideia da World de enviar os códigos fracionados para parceiros é descentralizar essa rede.
Os “terceiros confiáveis’, que recebem esses dados em pedaços, são as universidades de Berkeley (Estados Unidos) e Erlangen-Nürnberg (Alemanha) e a empresa inglesa de blockchain Nethermind.
“Cada fragmento é enviado para um servidor diferente de colaboradores. É impossível reconstruir esse código’, disse Tozzi. “Tudo isso é feito para garantir a privacidade, a segurança e que esse processo seja anônimo para todos os usuários’.
Rodrigo Tozzi, gerente de operações da Tools for Humanity, em entrevista ao g1 — Foto: Fábio Tito/g1
No entanto, se a World não retém os registros de íris, por que está investindo tanto e pagando para quem aceita participar?
O plano é ampliar cada vez mais essa rede de “impressões digitais’, ainda que fiquem guardadas (aos pedaços) com os parceiros da World.
No momento, a iniciativa não tem integração com aplicativos muito conhecidos.
Futuramente, se empresas, como bancos, e governos entenderem que é uma boa usar a íris como forma de diferenciar humanos e robôs, o projeto estará pronto para prestar o serviço, contando com um banco de dados bastante vasto (as pessoas que já têm suas íris registradas).
Por exemplo, se uma rede social decide incluir esse modelo como opção de entrada no perfil, em vez de login e senha, ela sabe que já existem milhares de usuários aptos, pelo protocolo World.
“A infraestrutura está sendo criada para que a solução exista antes da necessidade. Porque, quando a necessidade chegar, talvez seja muito tarde a gente querer construir algo do zero’, afirmou Tozzi.
Segundo a World, é possível contar com esse tipo de “impressão digital’ para para evitar robôs em redes sociais, jogos e aplicativos de bancos e relacionamento, além de deepfakes em chamadas de vídeo e fraudes em programas sociais de governos.