Após dias de tensão, mãe consegue visitar bebê que caiu de janela do 3º andar

Mãe da bebê de quatro meses, que caiu de janela do terceiro andar do condomínio CH8, no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande, conseguiu visitar a filha no hospital neste sábado (16). Esta é a primeira vez que a mulher viu a criança desde que a menininha foi internada, após o acidente na última terça-feira (12).

A bebê apresentou evolução no quadro de saúde. Apesar de permanecer internada na ala vermelha da Santa Casa de Campo Grande, a criança não apresenta sinais de sequelas. Após receber alta médica, retornará para casa. As informações foram confirmadas à equipe do Jornal Midiamax pelo advogado Alfio Leão, que representa a mãe da criança.

Segundo a defesa, a mulher está acompanhando a filha no hospital. As outras duas crianças, de 7 e 3 anos permanecem no abrigo, onde ficarão até que se resolvam os trâmites legais para que elas possam retornar ao lar.

“Tem todo um processo a ser cumprido e será feito. Elas serão retiradas de lá. A mãe já visitou os filhos e estão todos bem”, assegura o advogado.

Advogado da mãe de bebê (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Questionado sobre o interesse dos pais pela guarda dos filhos, o advogado reafirmou que as crianças devem ficar com a mãe e que, até o momento, não foi informado se os homens tentaram algum tipo de acordo ou ofereceram ajuda. “Acredito que não porque ela não me informou nada a respeito e qualquer negociação será feita dentro de trâmites legais”, ressalta.

A mãe, que estava presa por abandono de incapaz e lesão corporal grave, passou por audiência de custódia na última quinta-feira (14). Ela foi liberada e em seguida prestou depoimento na Depca (Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente) para expor melhor os fatos.

A delegada responsável pelas investigações, Nelly Macedo, responsável pelas investigações na Depca (Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente), os dois homens devem responder por abandono material porque não contribuem financeiramente e as despesas são arcadas pela mãe que recebe renda de R$ 1.300 no emprego de auxiliar de serviços gerais. A mulher está de licença maternidade que termina no fim de dezembro.

O caso da bebê ganhou repercussão e os vizinhos promoveram uma arrecadação para ajudar a família. Os moradores do condomínio arrecadaram enxoval para as crianças, roupas e lençóis. Além disso, fizeram doações de móveis e de dinheiro, já que a mãe e as crianças passam por dificuldades financeiras.

Relembre o caso

De acordo com a Polícia Civil, a bebê estava no apartamento com a irmã e o irmão, de 7 e 3 anos. A mãe das crianças não estava na casa e a menina mais velha cuidava dos dois irmãos mais novos quando ocorreu o acidente.

Conforme relatos, a bebê estava chorando e a irmã tentava acalmá-la. A menininha se aproximou da janela – no apartamento que fica no 3º andar – para mostrar para a bebê as crianças que estavam brincando no pátio do condomínio, quando aconteceu a queda de, aproximadamente, 15 metros de altura.

As crianças que brincavam pelo condomínio e outros moradores viram o momento em que a bebê caiu. A mãe não estava em casa e foi informada por telefone sobre o acidente.

A mulher pediu que ninguém mexesse na bebê até a chegada do Corpo de Bombeiros, no entanto, uma vizinha que tem curso de primeiros socorros, se apresentou e pediu para auxiliar no socorro. Com autorização da mãe, a mulher fez massagem cardiorrespiratória e pediu ajuda para que ela fosse levada com urgência para o Hospital.

Um vizinho que estava de carro levou a mãe, a bebê e a vizinha até o Hospital Regional. Durante o trajeto, a moradora continuou com o procedimento de reanimação e foi ela quem deixou a bebê na emergência aos cuidados de enfermeiros. Devido à gravidade do caso, a menina foi transferida para Santa Casa.

Equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Polícia Civil foram acionadas. À reportagem do Jornal Midiamax, vizinhos disseram que a mãe das crianças procurava por uma babá para cuidar dos filhos porque terá que retornar para o trabalho ainda neste mês, quando termina a licença maternidade.

Denúncia no Conselho Tutelar

A criança de sete anos não estava estudando. A escola, onde a menina estava matriculada, procurou o Conselho Tutelar por duas vezes para denunciar a ausência da criança.

A primeira denúncia feita pela escola foi no dia 11 de novembro de 2022, relatava a evasão escolar já que a criança não estava realizando as atividades pedagógicas. A outra denúncia feita pela escola foi registrada no dia 17 de maio deste ano pelo mesmo fato. Os dois casos são anteriores ao nascimento da bebê que tem 4 meses.

O Conselho Tutelar Sul, confirmou as denúncias sobre a ausência da menina na escola e disse que a mãe foi chamada ao Conselho e não compareceu. O advogado da mãe garantiu que ela tentou mudar o horário da filha na escola, mas não conseguiu vaga, e por isso, vai ser feiro o pedido de vagas de creche e escola para as crianças.

Midiamax

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