O vereador Sidcley Brasil da Silva (MDB), de Nova Alvorada do Sul, distante aproximadamente 160 quilômetros de Campo Grande, nega ter cometido assédio sexual contra uma mulher de 59 anos. O parlamentar alega estar sofrendo perseguição política pela disputa à presidência da Câmara Municipal da cidade.
A mulher registrou boletim de ocorrência contra o vereador em março deste ano. O suposto assédio teria acontecido em dezembro ano passado. No documento, consta que o vereador teria passado as mãos pelo corpo da suposta vítima.
Segundo o registro policial, além de assédio sexual, a mulher relata que o vereador seria um agiota. Ela conta que pegou uma quantia emprestada com ele e que, em troca, o parlamentar queria a casa dela.
Outro lado
Entretanto, Sidcley nega a versão dada pela mulher e alega estar sofrendo perseguição política por estar disputando a presidência da Câmara Municipal. O vereador alega que a suposta vítima é tia da vereadora Andréia Fim (União Brasil), que foi afastada da Casa de Leis da cidade. Ele também ressalta que comprou o imóvel da mulher e tem como provar.
“Estou disputando a presidência da Câmara e eles estão querendo acabar comigo. Não assediei e eu comprei a casa dela. Quando a gente foi formalizar, o imóvel estava com impostos atrasados e disse que ela teria que pagar. Tenho como provar tudo e acho até bom investigarem, pois quero provar a minha inocência”, disse.
Sidcley diz que a suposta vítima do assédio seria tia da vereadora Andréia Fim (União Brasil) que foi afastada por 90 dias, na quinta-feira (30). A parlamentar foi denunciada após supostamente constranger e humilhar uma servidora pública durante o expediente no centro de fisioterapia municipal.
“Ela é tia da vereadora afastada que é da base do atual presidente. Parece pronunciamento de político eu dizer que estou sendo perseguido, mas é o que de fato está acontecendo. Há bastante tempo eu venho dizendo que vou disputar a presidência da Câmara e eles estão jogando sujo, é uma armação política mal feita”, ressaltou Sidcley.
Investigação policial
Ao Midiamax, o delegado de Polícia Civil de Nova Alvorada do Sul, Rômulo Marcelo Teixeira, disse que o vereador já prestou depoimento e a polícia entendeu que não existe materialidade que pode comprovar os crimes os quais Sidcley foi denunciado.
O emedebista disse que processou a suposta vítima por danos morais e pediu uma indenização de R$ 48 mil. A Câmara de Nova Alvorada do Sul tem comissão para investigar o caso envolvendo o vereador, que deve ocorrer na próxima semana.
Midiamax