Lei Henry Borel é sancionada e torna hediondo crimes contra criança e adolescente

Henry Borel foi espancado até a morte pelo padrasto (Foto: Arquivo pessoal)

A Lei Henry Borel foi sancionada nesta terça-feira (24) pelo presidente Jair Bolsonaro (União) e, a partir de agora, crimes contra crianças e adolescentes passam a ser considerados hediondos.

A lei também amplia medidas protetivas para crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica ou familiar. A norma também aplica penas de 12 a 30 anos de prisão contra assassinos de menores de 14 anos de idade. 

Em caso de descumprimento de decisões judiciais, o acusado pode ainda receber penas de três meses a dois anos.

Além disso, aumenta de um terço à metade a pena de homicídio contra menor de 14 anos se o crime for cometido por familiar, empregador da vítima, tutor ou curador, ou se a vítima é pessoa com deficiência ou tenha doença que implique o aumento de sua vulnerabilidade.

Omissão de socorro

O projeto ainda prevê punição para quem deixar de comunicar à autoridade pública a prática de violência, de tratamento cruel ou degradante, ou de formas violentas de educação, correção ou disciplina, contra criança ou adolescente, ou o abandono de incapaz.

A pena será de seis meses a três anos, mas poderá ser aumentada se a omissão partir de parentes ou se levar à morte da vítima.

A matéria promoveu alterações no Código Penal e passou a considerar Lei Maria da Penha como referência para a adoção de medidas protetivas, procedimentos policiais e legais e de assistência médica e social.

Independentemente da pena prevista, não poderão ser aplicadas as normas da lei dos juizados especiais. Com isso, a pena não poderá ser convertida em doação de cestas básicas ou pagamento de multa.

Henry Borel

A proposta foi batizada de Lei Henry Borel, em homenagem ao menino de 4 anos que foi espancado e morto em março de 2021.

Os acusados do crime são a mãe de Henry, Monique Medeiros, e o padrasto do menino, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Jairinho.

A mãe obteve autorização para responder pelo crime em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica. Já o ex-vereador Jairinho continua preso.

O projeto de lei foi de autoria das deputadas Alê Silva (Republicanos-MG) e Carla Zambelli (PL-SP).

Agência Brasil

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