Nos casos mais recentes, ela apresentava comprovante de agendamento de Pix, mas depois os cancelava

Muitos dos casos foram registrados na 1ª DP de Corumbá. (Foto: Reprodução Google Maps)

Muitos dos casos foram registrados na 1ª DP de Corumbá. (Foto: Reprodução Google Maps) –

Enfermeira em Corumbá, de 37 anos, aplicou golpe de pelo menos R$ 11,4 mil no comércio da cidade e o faz desde 2016. Há cinco procedimentos contra ela na Justiça entre 2019 e este ano e mais cinco boletins de ocorrência de janeiro até agora, todos por estelionato.

O caso mais antigo é de compra de lingerie em 2016, caso que foi judicializado três anos depois porque as “tentativas amigáveis” de tentar receber R$ 799,46 da trabalhadora da saúde não surtiram efeito.

Assim, acordo foi feito no mesmo valor para que a loja recebesse. Mesmo assim, o pagamento não foi feito e agora, mais recentemente, foi feito pedido de penhora dos bens da mulher, que tem como maior dívida a de R$ 2.182,80 em uma empresa de cosméticos.

Deste último caso, boletim de ocorrência indica que compra foi feita em janeiro pela enfermeira através de rede social de mensagens e comprovante de agendamento de pagamento via Pix foi encaminhado, o que garantiu a entrega dos produtos. O registro de não pagamento foi feito em 25 de março último.

Também na 1ª Delegacia de Polícia de Corumbá, outro boletim que está aberto para consulta indica compra pela profissional no valor de R$ 725,60 em restaurante de massas e no mesmo modelo de operação: comprovante Pix de agendamento mostrado ao credor, mas sem que o débito tenha sido de fato efetivado.

Neste caso, foram comprovados 11 pagamentos falsos, sendo que o primeiro é de dezembro do ano passado, mas o registro de estelionato ocorreu apenas no último dia 31 de março. Ou seja, o lojista não havia conferido o caixa para verificar se os agendamentos de fato haviam sido creditados.

Na mesma data, confeiteira denunciou a enfermeira pela compra de R$ 1.056,00 em bolos e doces desde janeiro deste ano, sendo que apenas na semana passada ela se deu conta que os agendamentos via Pix nunca tinham sido creditados à confeitaria.

Por este caso, a mulher de 37 anos foi presa em flagrante na Santa Casa de Corumbá, mas liberada no mesmo dia sem pagamento de fiança. Ela responde em liberdade e à polícia, confessou que após fazer o agendamento, os cancelava porque estaria com “problemas financeiros”.

Na Justiça – quanto aos casos em andamento na Justiça estadual, foi firmado acordo para pagamento de R$ 2.000,00 referente a venda de roupas femininas. A compra feita pela mulher foi de R$ 1.432,00, em maio de 2016, mas a dívida, corrigida, chegava em R$ 2.394,83 no ano em que a ação foi impetrada, em 2019. Acordo judicial é de fevereiro deste ano.

Em outro acordo judicial, a dívida é com mercado por compra de R$ 2.154,38 feitas pelo WhatsApp entre os dias 21 e 24 de janeiro deste ano. Acordo homologado prevê o pagamento de R$ 2.732,27, valor corrigido, em 12 parcelas.

No valor de R$ 1.856,00, a enfermeira fez compra em vidraçaria em fevereiro deste ano, mas também não pagou e aplicou novamente o golpe do falso Pix, comprovando agendamento, mas nunca fazendo o pagamento. Deste caso, audiência está prevista para 12 de abril próximo. CAMPO GRANDE NEWS

 

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