Covid-19: boletim da Fiocruz aponta desafios para o próximo ano

Coronavírus (COVID-19), Novo Coronavirus SARS-CoV-2

Desinformação e novas variantes podem dificultar controle da doença

O surgimento de novas variantes do vírus SARS-CoV-2, o apagão de dados e a politização das medidas de enfrentamento da pandemia serão os desafios que o Brasil enfrentará em 2022 para controlar o avanço da covid-19 no país, que é um dos epicentros da doença no mundo. A análise está no Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado hoje (23) pela Fundação Oswaldo Cruz, que traz também um balanço da pandemia no ano de 2021. O Brasil termina o ano com mais de 22 milhões de casos e 616 mil mortos pela doença.

O documento aponta a preocupação dos cientistas com o retorno quase completo de atividades laborais, educativas e recreativas de forma presencial, “que expõe direta ou indiretamente parte da população”.

“Com pequenas e importantes exceções, não estão sendo feitas campanhas pelo uso de máscaras e manutenção do distanciamento físico, o que pode levar à falsa ideia de que a pandemia esteja sob controle. Nas próximas semanas, serão realizadas festas familiares, comunitárias e mesmo alguns eventos de massa estão sendo programados”, diz o boletim.

Variantes

Uma das preocupações dos cientistas é o surgimento de variantes do novo coronavírus, como a Ômicron, identificada inicialmente na África do Sul e já presente no Brasil e em mais 90 países.

“É uma preocupação neste momento, por exemplo, que a propagação da variante Ômicron, combinada com a maior circulação de pessoas nas férias e festas de fim de ano, venha a potencializar o crescimento de casos, internações e óbitos, que podem terminar culminando em crises e colapso do sistema de saúde”, alerta o boletim.

Os cientistas destacam que o surgimento da variante Gama no fim do ano passado foi responsável pela segunda onda da covid-19, pela qual o Brasil passou em março e abril últimos, quando o país chegou a registrar mais de 3 mil mortes por dia.

A variante Ômicron é responsável pelo recente aumento de casos de covid-19 em países como Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos e Rússia, que estão no inverno e já preveem que a variante será a dominante em breve.

Agência Brasil

 

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