“Estava realizando um sonho”, diz família de estudante de MT morta em atentado

Rhannye Jamily foi morta com dez tiros de fuzil. (Foto: Reprodução/Rede Social)

Rhannye Jamily foi morta com dez tiros de fuzil. (Foto: Reprodução/Rede Social)

Velado na Igreja Batista de Curvelândia, no Mato Grosso, o corpo da estudante de Medicina Rhannye Jamilly Borges de Oliveira, de 18 anos, será sepultado neste domingo, no estado vizinho. Ela é uma das 4 vítimas da chacina ocorrida na manhã de ontem (9), em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, cidade vizinha a Ponta Porã.

A madrasta da jovem, Silvana Moura, contou aos jornais mato-grossenses que Rhannye Jamilly estava realizando o sonho de estudar Medicina, mesmo longe de casa. Em Curvelândia, a jovem morava com o pai e a madrasta, donos de um mercado no município.

Ela iniciou o curso no Paraguai, mas interrompeu os estudos para voltar ao Brasil por causa da pandemia de covid-19. Em fevereiro deste ano, Rhannye Jamilly retornou a Pedro Juan Caballero para dar continuidade à graduação na UCP (Universidade Central do Paraguai).

“A gente não esperava uma tragédia dessas. Estamos em choque, nunca esperávamos passar por isso. Ainda estamos sem acreditar até agora. Meu marido [pai de Rhannye] está sem condições de falar, é um momento muito complicado, difícil”, relatou Silvana.

Segundo a madrasta, a família contratou um advogado no Paraguai para ajudar nos trâmites de liberação do corpo para velório e sepultamento, que devem ocorrer durante a tarde e a noite deste domingo.

Chacina – Rhannye foi atingida por dez dos 110 tiros de fuzil disparados por três criminosos contra uma SUV da Toyota estacionada em frente ao local de uma festa, em Pedro Juan Caballero. Além dela, morreram Haylee Carolina Acevedo Yunis, 21 anos, filha do governador de Amambay, Ronald Acevedo, a douradense Kaline Reinoso de Oliveira, 22 anos, e Osmar Vicente Álvarez Grance, o “Bebeto”, 32 anos, atingido por 31 tiros de fuzil.

Um rapaz e outra mulher ficaram feridos. Osmar seria o alvo dos pistoleiros. Segundo a polícia paraguaia, apesar de não possuir antecedentes criminais, ele era suspeito de ligação com o narcotráfico. Osmar e Haylee eram namorados.

Campo Grande News

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