Pandemia do coronavírus contaminou 4,2 mil presos de MS

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Profissionais da saúde durante testagem em detenta de MS. Foto: Agepen

Monitoramento realizado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) durante a pandemia e divulgado nesta quinta-feira (11), mostra que 21% dos presos de  foram contaminados com coronavírus (Covid-19). A análise mostra que foram 4.260 casos num total de 19.925 pessoas presas em unidades masculinas e femininas, conforme mapa prisional da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário).

O estado só não teve mais contaminados do que Minas Gerais, com 4.962, e São Paulo, que teve 12.484 casos. No entanto, o CNJ afirma que isso não significa que a situação seja crítica. Para avaliar a gravidade do cenário, é preciso levar em consideração o contexto local, como o tamanho das populações privadas de liberdade e o número de servidores, bem como a política de testagem adotada por cada região.

“UFs (Unidades Federativas) que apresentam maior número absoluto de casos registrados não necessariamente são aquelas com situação mais alarmante, uma vez que esse número pode refletir aspectos como: maior quantitativo de indivíduos privados de liberdade; adoção de políticas de testagem em massa, capazes de diagnosticar casos mesmo entre assintomáticos; regularidade quanto à atualização e à divulgação desses dado”, afirma o estudo.

Por outro lado, Mato Grosso do Sul teve apenas quatro óbitos do total. No que diz respeito aos servidores, foram 388 casos e apenas um óbito. No último boletim de Agepen, o número de presos infectados já subiu para 4.673. Em julho do ano passado, testagem em massa realizada nos últimos cinco dias no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) e na Gameleira identificou 49 casos positivos de coronavírus.

Ainda conforme o CNJ, no aspecto nacional, o monitoramento mostra que somente nos primeiros 67 dias deste ano foram registradas 58 mortes por Covid-19 ​entre servidores e pessoas em privação de liberdade em todo o país, totalizando 308 óbitos até o momento.

O número representa um aumento de 190% no registro de novos óbitos em comparação com o último bimestre do ano passado: nos últimos 70 dias de 2020 o número de óbitos pela doença nesses estabelecimentos foi de 20. O ano de 2021 começou com 250 mortes confirmadas.

Medidas

Desde o início da pandemia, a  tem adotado vários protocolos de prevenção como a suspensão de visitas presenciais e implantação de contatos virtuais por videoconferência; adoção de procedimentos para a higienização de produtos e objetos que entram nas unidades, com o uso de solução sanitizante e quarentena mínima de 24 horas antes da entrega aos internos; bem como a desinfecção regular de celas, corredores e demais espaços que compõem as estruturas prisionais.

Além disso, foram fornecidas máscaras de proteção tanto aos policiais penais como a todos os internos em estabelecimentos prisionais do Estado. Outra medida importante é o isolamento preventivo de detentos que chegam de delegacias ou daqueles que apresentam sintomas gripais. Além disso, diz o CNJ, foram distribuídos cerca de 170 mil itens de proteção individual para os internos, incluindo máscaras triplas, descartáveis e de tecido.

Para servidores, foram distribuídos cerca de 380 mil itens de proteção, incluindo máscaras triplas, máscaras N95, máscaras descartáveis e de tecido, óculos de proteção individual, jalecos TNT, luvas de procedimento, toucas descartáveis, além de termômetros digitais infravermelhos. Foram disponibilizados ainda 3.301,6 litros de álcool gel; 4.380 litros de sabonete líquido; 22.360 litros de hipoclorito e 340 pacotes de papel toalha. Midiamax

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