Perigo! Pesquisadores encontram coronavírus em água de esgoto

Pesquisadores encontraram o novo coronavírus em 31% das amostras coletadas nos esgotos de Belo Horizonte e Contagem, em Minas Gerais. O estudo piloto coordenado pela Agência Nacional das Águas (ANA) acende o alerta com relação às pessoas que vivem em áreas insalubres, embora a contaminação por meio das fezes ainda não esteja comprovada.

Ao todo foram oito amostras positivas retiradas nas sub-bacias do Ribeirão Arrudas Ribeirão do Onça. O trabalho de campo nesses locais começou semana passada e os primeiros resultados já foram divulgados. Esses pontos recebem os efluentes gerados por uma população urbana da ordem de 2,2 milhões de pessoas (cerca de 71% da população urbana de Belo Horizonte e Contagem).

O estudo, que terá duração inicial de 10 meses, é fruto de Termo de Execução Descentralizada (TED) firmado entre a Agência Nacional de Águas (ANA) e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Estações Sustentáveis de Tratamento de Esgoto (INCT ETEs Sustentáveis – UFMG), em parceria com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Ainda não há informações se a análise será feita em Mato Grosso do Sul ou outros estados além da região Sudeste.

Como a ciência ainda não comprovou que as pessoas podem pegar Covid-19 em contato com a água contaminada, o objetivo central da pesquisa é apontar os locais com maior incidência da doença no estado mineiro. Isso poderá direcionar a adoção de medidas sanitárias e até mesmo a realização de exames em massa na população que vive perto desses locais.

Os resultados preliminares serão divulgados na forma de mapas dinâmicos, que possibilitarão acompanhamento da evolução espacial e temporal da ocorrência do vírus. Correio do Estado

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