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Mulher deu a luz à criança que seria vendida em hospital de Santos, SP — Foto: Isabella Lima/G1
A mãe que negociou a venda do próprio filho por R$ 2 mil recebeu alta da maternidade nesta sexta-feira (19). A Polícia Civil informou que a mulher deveria comparecer à delegacia para prestar depoimento assim que saísse da unidade, mas segundo apurado pelo G1, isso ainda não aconteceu. O bebê continua internado na UTI Neonatal.
De acordo com a Prefeitura de Santos, no litoral de São Paulo, responsável pela Maternidade Silvério Fontes, onde a paciente deu entrada em trabalho de parto no último sábado (13), a equipe do hospital deu alta para a mãe e ofereceu uma vaga em um abrigo público, mas ela não aceitou.
Um contraceptivo com duração de até três anos foi implantado e ela saiu da unidade. A Polícia Civil esperava que ela comparecesse à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para prestar esclarecimentos sobre a venda do bebê assim que recebesse alta, mas a mulher ainda não se apresentou.
A delegada responsável pelo caso deverá solicitar uma ordem de serviço para que as equipes a localizem. O bebê segue na UTI neonatal sem previsão de alta e o Conselho Tutelar será oficialmente acionado quando o bebê tiver plenas condições de sair do hospital, informou a prefeitura.
Investigação
A Polícia Civil e o Ministério Público investigam o acordo para venda do bebê que nasceu em Santos. A negociação foi descoberta no último sábado, quando a mãe deu entrada na maternidade acompanhada da compradora que se passou por irmã da gestante.
A mãe ficou nervosa com o distanciamento do recém-nascido e acabou confessando a venda. Um inquérito foi instaurado para apurar as condições da negociação.
Segundo o Código Penal, vender uma criança constitui crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente com pena de reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.G1