Para familiares, inclusão de pessoas com síndrome de Down ainda é desafio

Piquenique inaugura celebrações do Dia Internacional da Sídrome de Down em Campo Grande – Foto: Álvaro Rezende/Correio do Estado

Questionamentos quanto a capacidade, já não são mais a principal preocupação de familiares e profissionais que convivem com pessoas com síndrome de Down. Cientes de que a condição genética não é limitação para uma vida digna, os Downs ainda enfrentam o desafio da inclusão tanto na escolas regulares quanto no mercado de trabalho. A proximidade com o Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado na próximo terça-feira, dia 21 de março, ajuda a dar visibilidade para aquilo que é ainda é motivo de ansiedade para os pais destas crianças: o crescimento de forma inclusiva.

Apesar do foco ser a diversão, a preocupação com o futuro destas crianças também foi tema de debate no 2° Piquenique de Estimulação Precoce, organizado Associação Juliano Varela, realizado na manhã deste domingo, no Parque das Nações Indígenas. Os pais da menina Eloísa, de 4 anos, ainda tem receio de matricular a filha em escolas de ensino regular, embora haja unidades que recebem alunos Downs. “A gente ainda escuta falar que a pessoas da limpeza, por exemplo, são escaladas para auxiliar os nossos filhos”, afirma a fotógrafa Ana Carolina Jbara, 33 anos.

A situação ocorre mesmo diante da Lei Brasileira de Inclusão, criada em 2015. Além de punições para atitudes discriminatórias, a medida prevê mudanças na área da educação, como a presença de um professor auxiliar para atender crianças com deficiência.

Conforme a fisioterapeuta e coordenadora do setor de estimulação precoce da Associação Juliano Varela, Rosangela Gauna Rezende, o ingresso no mercado de trabalho é ainda mais difícil. “Muitos ainda não acreditam na capacidade das pessoas com Down. Por isso, a vida adulta ainda é um desafio. É preciso oportunidade para que eles possam adquirir sua independência”.

A estimulação precoce das crianças com síndrome de Down, logo nos primeiros anos de vida, pode ser determinante para aquisição de capacidades relacionadas ao desenvolvinento motor, comunicacional e cognitivo. Composta por equipe multidisciplinar, trata-se de uma etapa muito importante para o desenvolvimento de pessoas com essa alteração genética. Correio do Estado

Compartilhe:
Posted in Noticias and tagged .

Deixe um comentário