Emoção e muita história para contar: após 64 anos irmãs se reencontram em Campo Grande

As irmãs se separaram quando ainda eram crianças

A felicidade que não cabe dentro do peito é percebida nos semblantes, palavras, abraços e sorrisos largos de duas irmãs que não se viam há 64 anos. O reencontro de Maria Ilma Fernandes, de 71 anos, e Nair Fernandes Souza, de 68, aconteceu neste domingo (30) em Campo Grande. Após várias tentativas de buscas, que contaram com a ajuda de filhas e netas, o primeiro contato depois de tanto tempo ocorreu por meio das redes sociais. Agora as irmãs irão começar 2019 como vinham sonhando, juntas.

A separação ocorreu após a morte da mãe das irmãs, que se deu em decorrência a uma complicação no parto da terceira filha, a caçula Fátima. Depois de se tornarem órfãs, as três ficaram sob a guarda da bisavó, na cidade onde moravam, Monte Carlos (MG).

Após um ano e meio, cada uma foi morar com um tio. Ilma foi para Assis (SP) e em 1964 se mudou para Mato Grosso Sul, na época ainda Mato Grosso. Com o aumento da distância foi ficando cada vez mais difícil ter notícias das outras duas irmãs, Nair, que foi levada para o Rio de Janeiro, onde mora até hoje, e Fátima, que continuou em Minas.

“Desde criança eu ouvia minha mãe e minha tia Fátima falarem sobre uma terceira irmã (Ilda) que elas não viam há mais de 60 anos. Antes não existiam as redes sociais, era muito difícil achar alguém. Eu cheguei a enviar três cartas para endereços que eu acreditava ser da tia Ilda, que consegui através de um cadastro de aposentados da empresa que eu trabalhava, mas todas as cartas voltaram.. até que um dia recebi uma mensagem, através do ‘bate-papo’ do Facebook, que mudou tudo”, contou cheia de sorrisos no rosto a carioca Tatiana Fernandes Silva, de 38 anos, que veio para Campo Grande junto com a mãe Nair, para conhecer a tia.

A mensagem lida por Tatiana, que ‘mudou tudo’ foi enviada há 3 meses através do Facebook de Nair, que juntou suas economias da aposentadoria e em setembro trocou o celular que tinha por um ‘mais moderno’, já com o intuito de utilizar a internet para tentar achar as irmãs.

“Minha neta Danytieli me ajudou, e depois de muitas buscas conseguimos achar o perfil da minha sobrinha”, conta a emocionada Nair.

A partir daí foi só alegria. “Pulei de felicidade quando vimos que realmente ela era a tia que minha mãe tanto procurava. Contei para toda família e ai foi só organizar tudo e comprar as passagens para vir para Campo Grande”, disse Tatiana.

O reencontro, com abraço apertado que guardava 64 anos de saudade, aconteceu dentro do Aeroporto de Campo Grande, e como não podia deixar de ser, foi filmado para que nenhuma lembrança mais se perca entre as irmãs. “Nesse abraço faltou a Fátima, que só não veio de Minas porque tem medo de viajar de avião”, lamentou Ilda.

Midiamax
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