Policiais voltam a ser alvos de operação que combate contrabando de cigarros em MS

Os policiais em sua maioria atuavam como facilitares para a passagem dessas cargas de contrabando de cigarros. Há inclusive ligação entre as duas operações, já que dois dos quatro policiais militares que tiveram o cumprimento do mandado de prisão neste sábado durante a deflagração da Operação Nepsis, já se encontravam presos pela Operação Oiketikus.

“95% dos agentes (da polícia) são honestos e íntegros. Assim que esses policiais foram identificados e os problemas resolvidos. O desvio de conduta é uma parcela mínima dentro da polícia”, disse Luiz Alexandre Gomes da Silva, superintendente da PRF/MS.

A investigação teve início em abril do ano passado, quando a corregedoria da Polícia Militar repassou aos promotores denúncias sobre “rede de policiais militares, maioria da fronteira, envolvidos em crime de corrupção e organização criminosa. De acordo com Comando Geral da Polícia Militar, as denúncias já eram investigadas pelas corregedorias da Polícia Militar, Civil e Federal.

A megaoperação contou com a participação de cerca 125 policiais militares e nove promotores de Justiça. Os mandados tiveram como alvo residências e locais de trabalhos dos investigados, distribuídos nos municípios de Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão, Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá.

Operação Nepsis

Com o objetivo de desarticular organização criminosa de grande porte especializada no contrabando de cigarrose combater a corrupção policial que facilita o contrabando, a Polícia Federal e PRF (Polícia Rodoviária Federal), deflagraram neste sábado (22), a “Operação Nepsis”.

A organização Criminosa investigada formou um verdadeiro consórcio de grandes contrabandistas, com a criação de uma sofisticada rede de escoamento de cigarros contrabandeados do Paraguai pela fronteira do Mato Grosso do Sul. Os policiais que participavam do esquema criminoso recebiam propinas para deixarem as cargas de contrabando passarem livremente, outros, eram responsáveis por cooptar mais policiais para o esquema.

Chegada dos presos em Dourados. Foto: Osvaldo Duarte

Aproveitando a oportunidade – Com a Operação Fronteira Segura, em andamento desde a última quinta-feira (20), os contrabandistas não estranharam o grande número de policiais, helicópteros, barcos e viaturas, ao longo de toda a fronteira sudoeste de Mato Grosso do Sul. “A Operação Fronteira Segura colaborou no efetivo massivo, com isso houve o aproveitamento dessa oportunidade para efetuarmos os cumprimentos de mandados”, afirma o Cleo Mazzotti, superintendente da Polícia Federal em MS, durante coletiva de imprensa neste sábado.

Apreensões

Mato Grosso do Sul é apontado como uma das principais rotas dos “cigarreiros”, que abastecem o mercado brasileiro com cigarros de fabricação paraguaia sem pagar impostos. Após a prisão de 29 policiais militares, as apreensões cresceram, as forças de segurança intensificaram a fiscalização e as apreensões aumentaram.

No dia 15 de maio, a Polícia Federal fez a maior apreensão de cigarros contrabandeados do país: foram tirados de circulação 11 milhões de maços, que estavam em 11 carretas. Para apreender essa carga, policiais da PF chegaram a cercar Ivinhema.

De acordo com a Polícia Federal, por ano em Mato Grosso do Sul, são apreendidos cerca de R$ 300 milhões em cigarros contrabandeados, o que representa 70 milhões de maços de cigarros, e deixa MS com 25% das apreensões de cigarros de todo Brasil. Midiamax

Compartilhe:
Posted in Noticias and tagged , .

Deixe um comentário