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Fila em lotérica no Largo da Batata, na Zona Oeste de São Paulo, em dia de sorteio da Mega-Sena acumulada em R$ 90 milhões — Foto: Fábio Tito/G1

Fila em lotérica no Largo da Batata, na Zona Oeste de São Paulo, em dia de sorteio da Mega-Sena acumulada em R$ 90 milhões — Foto: Fábio Tito/G1

Um clássico estudo de 40 anos atrás dá força à tese de que ter muito dinheiro não faz ninguém mais feliz. Ao comentar para os psicólogos Philip Brickman, Dan Coates e Ronnie Janoff-Bulman como se sentiam, 22 ganhadores de loterias dos Estados Unidos não estavam mais satisfeitos com a vida do que os antigos vizinhos e até do que pessoas que ficaram paraplégicas depois de acidentes graves.

O trabalho, junto com alguns outros, passou a embasar a crença de que ter muito dinheiro não é lá uma grande coisa. As pessoas mostravam que rapidamente adaptam suas expectativas sobre o que as faz felizes, não importa a nova condição financeira.

Por isso o barulho que um novo trabalho vem fazendo este ano entre economistas ao dizer o contrário. Ao entrevistar ganhadores de loterias suecas, Erik Lindqvist, Robert Östling e David Cesarini não encontraram um bando de desanimados. Na verdade, os sortudos ganhadoram não podiam estar melhor.

Não é que pesquisadores anteriores nunca tenham encontrado milionários felizes ou relatos de bem-estar entre pessoas prósperas. A questão é que quase sempre os estudos restringiam-se a mostrar apenas que quem tem mais dinheiro também é mais satisfeito com a vida. O trabalho de Lindqvsti, Östling e Cesarini é mais detalhado, revelando como a satisfação com a vida aumenta na proporção do aumento da riqueza.

O estudo, destacado pelo jornal The New York Times , só foi possível porque os autores convenceram os organizadores da loteria a fornecer os dados de cada ganhador, não importa o prêmio, de duas loterias nacionais ao longo de 17 anos. No total, foram 4.820 ganhadores de um prêmio total de US$ 277 milhões.

Alguns ganharam US$ 1,4 mil. Outros, US$ 700 mil. Ao entrevistá-los, os pesquisadores logo se deram conta: os relatos de bem-estar acompanhavam as quantias recebidas. Ou seja, se alguém ganhava US$ 100 mil o bem-estar era maior do que quem levou um prêmio de US$ 10 mil. E, pelos relatos, ganhadores de US$ 10 mil eram mais felizes do que quem não ganhou nada.

Mas o trabalho também deixa algumas lacunas. Ao contrário do que acontece no Brasil, os grandes prêmios das loterias na Suécia não são pagos de uma vez, mas em até 50 anos, numa quantia mensal de US$ 7 mil.

Como é impossível perder tudo, as pessoas também têm menos do que se arrepender – e menos depressão, etc. – mais tarde. Mesmo assim, pelo tamanho das amostras, 4.820 pessoas contra 22 de quarenta anos atrás, o estudo mais recente é um forte argumento a favor de que, com mais dinheiro, somos mais satisfeitos com a vida.

Não quer dizer que você não pode ser feliz com menos dinheiro ou que basta aumentar as reservas para tudo melhorar. Mas para você e para todo mundo, a segurança financeira ajuda a auto-estima. Menos inseguros, somos mais felizes. G1

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