Professor diz que não matou Kauan e nega abuso a adolescentes

Em depoimento que durou quase duas horas, o professor suspeito de estuprar, esquartejar e ocultar o corpo do menino Kauan Andrade, de 9 anos, negou que tenha cometido o crime. O suspeito afirmou também que não abusou sexualmente de quatro adolescentes, ao contrário do que foi apontado em investigações da polícia e confirmado em depoimento pelas vítimas.

De acordo com o advogado de defesa, Alessandro Faria Rospide, as acusações de estupro seriam fruto de boatos e conversas de bairro. Ele explica que dos quatro quatro adolescente que supostamente presenciaram a morte de Kauan, dois negaram e outros dois confirmaram que o menino foi esquartejado e teve o corpo ocultado. “O adolescente ouvido por videoconferência em Naviraí hoje manteve a versão do esquartejamento. Com isso são dois que negaram e dois que confirmaram essa história”, explica.

O advogado afirma que agora, o prazo de conclusão do caso na Justiça será estendido por 30 dias, para que todas as 12 vítimas sejam ouvidos pelo setor psicossocial. No início da audiência que aconteceu no Fórum de Campo Grande na tarde desta terça-feira (30), Alessandro Rospide teceu diversas críticas a condução das investigações da morte de Kauan na Polícia Civil e chegou a afirmar que os menores de idade foram coagidos por autoridades policiais para que confirmassem a versão de que a vítima teria sido esquartejada.

“Eles só tinham sido interrogados por autoridades e não por psicólogos, houve uma pressão fortíssima por parte das autoridades da Deaij (Delegacia Especial de Atendimento à Infância e Juventude).”, disse o advogado. Conforme a defesa, o pedido para que as entrevistas fossem refeitas aconteceu após a primeira audiência do caso.

O defensor explica que o processo entra na fase de alegações finais e o juiz levantou a hipótese de que o processo da morte de Kaun seja desmembrado dos casos de abuso sexual contra os adolescentes devido a demora da anexação dos laudos ao processo. Com isso, segundo Rospide, os casos de abuso devem ser julgados primeiro.Midiamax

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