Presidente Michel Temer
O presidente da República, Michel Temer, teria passado mal horas antes do início da votação que analisa a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele, nesta quarta-feira (25/10). O chefe do Executivo foi levado às pressas para o Hospital do Exército, em Brasília.
O Correio apurou que, após o almoço, pressionado por um dia intenso de negociações para conseguir votos, o presidente se sentiu indisposto. O porta-voz do Palácio do Planalto, Alexandre Parola, vai conceder uma entrevista ainda no início da tarde. Segundo ele, o presidente desceu andando para o posto médico do Planalto e, como estava com dor, foi levado ao hospital. Ele precisou fazer um procedimento de desobstrução da uretra e voltará ao Palácio do Planalto assim que o procedimento for finalizado.
Mas, segundo o deputado Baleia Rossi (PMDB-SP), Temer foi apenas realizar exames de rotina. Outro aliado do presidente da República, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), afirmou que não estava sabendo de nada e, às 14h38, ligou do plenário para o telefone de Michel Temer. Anunciou que, às 13h29, tinha falado com Temer e que ele estava bem. O Planalto ainda não confirmou a informação.
No início do mês, um boato de que o presidente tinha uma cirurgia de cateterismo agendada circulou nos corredores do Planalto. No entanto, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República se apressou em afirmar que o presidente “goza de perfeita saúde” e que os exames realizados no Hospital Sírio Libanês eram apenas de rotina. Temer completou 77 anos em setembro.
Temer é acusado de obstrução da Justiça e, junto com seus dois ministros (Eliseu Padilha, da Casa Civil; e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência da República), também pode responder por participação em organização criminosa. A denúncia será votada hoje no plenário da Câmara. Coreio Braziliense