Dodge decide manter sigilo de delações até apresentação de denúncia ao STF

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decidiu manter as delações premiadas e investigações relacionadas em sigilo até a aceitação da denúncia pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A informação é do jornal Folha de S. Paulo. A posição de Dodge é diferente de seu antecessor, Rodrigo Janot, o qual ela substituiu a cerca de um mês. Janot muitas vezes pedia o levantamento do sigilo ainda no início do inquérito, mesmo caso de grandes acordos, como a do Odebrecht e da JBS.

A lei que regulamentou a delação, de 2013, estabelece que “o acordo de colaboração premiada deixa de ser sigiloso assim que recebida a denúncia”, mas não dispõe sobre manutenção de sigilo durante a apuração. A conduta da nova procuradora-geral pode já influir em casos de potenciais delatores que vem buscando fechar colaboração com a PGR, como o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-deputado Eduardo Cunha, ambos presos. Outro delator cogitado é o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que está também detido desde julho. Ao todo, são 14 acordos em negociação com a Procuradoria. BN

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