EDITORIAL Nunca foi pelo povo

Cassilândia, na contramão do desenvolvimento vivido pelas cidades vizinhas, continua derrapando pelo caminho e isso para não dizer empacada.

Sai prefeito, entra prefeito, trocam-se vereadores, mudam-se os secretários e assessores, mas as prometidas melhorias nunca se tornam um fato, não se transformam em ações.

Cassilândia é vista hoje como cidade-dormitório a serviço de Inocência, Aporé e Paranaíba, afinal como centro regional oferece distância menor para quem trabalha nessas obras gigantescas que oferecem divisas e empregos para as cidades vizinhas.

Hoje a cidade tem um número elevado de hotéis, quitinetes e casas de aluguéis, o que, pelo andar da carruagem, a tornarão cidade esvaziada no futuro assim que as plantas em construção estiveram concluídas no seu entorno.

O governo municipal virou uma máquina inchada, perdulária e inoperante que não criou ainda um programa viável capaz de atrair investimentos para cá, embora tenha exagerado na contratação de empresas e mais empresas de assessorias e consultorias, estas até hoje ineficazes e morosas.

Grandes empresas estão indo para Inocência, Água Clara, Bataguassu e outras cidades até menores do que Cassilândia, enquanto as lideranças locais permanecem como barata tonta sem saber o que fazer.

Os poderes Executivo e Legislativo torram muito dinheiro com diárias para fazer turismo em Campo Grande e Brasília, afinal nenhum resultado prático positivo se viu até hoje.

A cada campanha eleitoral o discurso demagógico é sempre o povo, pelo povo, com o povo e para o povo.

Mas tudo não passa de pura desfaçatez.

Nunca foi pelo povo. Sempre foi business. Sempre foi negócio.

CORINO ALVARENGA

EDITOR DO CASSILÂNDIA URGENTE

Visão aérea da Praça São José, Cassilândia

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