Cassilândia: Estado supera em 10% média nacional de detentos que trabalham

Presos dos regimes semiaberto e aberto trabalhando na rua (Foto: divulgação/Tribunal de Justiça)

Presos dos regimes semiaberto e aberto trabalhando na rua (Foto: divulgação/Tribunal de Justiça)

O Estado ser tornou referência nacional na inserção de detentos do sistema prisional no mercado de trabalho. No total, 5.124 presos exercem atividades laborais remuneradas ou não nos regimes fechados, semiaberto e aberto. Conforme dados da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), 32,4% dos internos de Mato Grosso do Sul estão trabalhando, o índice supera em 10% a média nacional de 22%.

Para trabalhar, o interno deve estar no mínimo seis meses na unidade prisional, ter bom comportamento, habilidade e conhecimento. As análises são feitas pela CTC (Comissão de Tratamento e Classificação), formada por psicólogos, assistentes sociais e chefia de disciplina, além da própria chefia do trabalho e da direção do presídio.

As oportunidades vêm de empresas parceiras e do poder público que empregam custodiados dos regimes fechado, aberto e semiaberto. Na divisão por regime de cumprimento de pena, o índice chega a 55,31%, ou seja, mais da metade dos custodiados do regime semiaberto e aberto estão trabalhando. No total, são 168 parcerias firmadas com empresas do Estado que contratam mão de obra prisional.

Exemplos – O Instituto Penal de Campo Grande, por exemplo, opera com sete frentes de trabalho, empregando 424 internos. Por lá, são desenvolvidos ofícios como o descasque e embalagem de mandioca, costura de bola e produção de móveis rústicos e planejados, além do funcionamento de uma fábrica de gelo, manufatura de crinas, produção de vassouras, artesanato e armação de ferragens. A padaria do Instituto produz uma média de 1.500 pães diariamente, destinados ao consumo próprio, além de abastecer uma creche do bairro Jardim Noroeste.

O Centro Penal Agroindustrial da Gameleira é a unidade prisional com maior número de internos trabalhando. São cerca de 500 internos que atuam tanto dentro da unidade como em convênios fora do estabelecimento por meio de parcerias.

No Centro de Triagem Anísio Lima são produzidos objetos revestidos e decorados com couro. Na Penitenciária de Segurança Máxima da Capital, internos fazem beliches e camas box. Já no Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, os uniformes das custodiadas é confeccionado pelas próprias internas na oficina de costura do presídio.

Em Dourados, Três Lagoas, Corumbá, São Gabriel do Oeste, Ponta Porã e Cassilândia, tanto os presos quanto as presas exercem diversas funções, como por exemplo, produção de bordados, cadeiras de fios, jogos, uniformes da Rede Municipal de Ensino, reformam bicicletas recuperadas pela polícia, fazem manutenção e limpeza da cidade. Campo Grande News

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