Empresário fatura cobrando por jatos de desodorante nos blocos da cidade

Cheiroso. Edimar Moreira no desfile do Suvaco do Cristo domingo: fantasia ou negócio? – Cléber Júnior

Calor, multidão, bebida, folião, bloco e animação. Faltou suor nesse breve glossário do carnaval de rua carioca. Também ficou de fora um convidado não muito bem-vindo: o cê-cê. Porém, o mal inevitável para quem passa horas pulando no meio da rua acabou se tornando um bom negócio. Pelo menos, para o empresário Edimar Nobre Moreira, de 32 anos. Enquanto se diverte, ele anuncia no alto-falante a solução para aquele cheiro inconveniente: jatos de spray de desodorante a R$ 2. Nas duas axilas!


— Eu estava no bloco, em 2013, e senti que meu desodorante tinha vencido. Entrei numa farmácia, comprei um e fui usar no meio da festa. As pessoas começaram a rir e pediram emprestado. Foi aí que eu tive a ideia de começar a vender as “sprayzadas” — conta Moreira.

O “empreendimento”, como o próprio empresário explica, se tornou muito mais uma brincadeira do que negócio. Apesar de anunciar que cobra para borrifar o desodorante, ele acaba fazendo isso de graça no meio da folia. Moreira diz que cê-cê é um assunto tabu mesmo nos blocos.

— Ninguém quer confessar que está fedendo, principalmente, no meio do bloco. Até, por isso, eu já começo anunciado que vou falar de um assunto delicado, de prevenção. Prevenir para não feder — brinca.

Na verdade, para Moreira, o seu negócio é mais uma fantasia do que um trabalho, mas para outros os blocos têm sido um bom “escritório” para ganhar um dinheiro extra. É o caso do engenheiro recém-formado João Paulo Sobral, de 25 anos, que vende hambúrguer artesanal:

— No carnaval, os restaurante ficam pequenos para atender tanta gente que está na rua. Então, acaba sendo uma ótima oportunidade para vender comida. Normalmente, eu vou na hora em que está quase acabando o bloco, quando as pessoas estão com mais fome.

Não são só as ruas que servem de palco para os empreendedores do carnaval. Com vendas on-line, a estudante de design Marcella Paskin, de 21 anos, viu uma forma de alavancar a marca própria, Gandaia, com bodies que trazem um diferencial:

— Cada uma das peças tem bolsos espaçosos para que a pessoa não precise se preocupar com possíveis furtos ou perdas de bolsa. Elas são inspiradas em frutas e foram pensadas para que você possa ficar tranquila durante a folia. G1

 

 

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