Corte de incentivos da JBS traz incerteza ao setor produtivo

Vinte e quatro horas após o governo do Estado suspender os incentivos fiscais concedidos à JBS, o setor produtivo de Mato Grosso do Sul manifesta incerteza com os impactos que a medida pode trazer para as operações da empresa, responsável por mais de 40% dos abates de bovinos no Estado. 

Por enquanto, as operações das unidades mantidas pelo grupo permanecem normais no mercado, segundo Jonatan Barbosa, presidente da Associação de Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), mas uma redução ou até suspensão não são descartadas em curto e médio prazo, tudo dependerá do fôlego da empresa.

“O que ela (JBS) poderia gozar de certo alívio (por conta da renúncia fiscal) não vai mais ter e precisará de caixa. Não sabemos se terá condições para isso”, pontuou.

Conforme o dirigente da Acrissul, a suspensão dos benefícios fiscais da JBS pelo governo do Estado já era esperada pelo mercado.

“Quando os incentivos foram concedidos, os propósitos foram outros e o governo tinha outras expectativas. Houve um desvio de conduta e o governo deve ter as suas razões para tomar essa atitude. É claro que vai impactar e estamos procurando alternativas para compensar. Mas essa atitude, que é técnica e burocrática, repercutirá, embora a JBS já tenha uma nova direção e não esteja mais com os irmãos Wesley e Joesley Batista no comando. Nós gostaríamos que isso não acontecesse agora, nessa transição, mas as razões devem existir”, pontuou.

Já para Júlio Brissac, analista-chefe e estrategista de mercado da pecuária de corte da Rural Business, há um imbróglio jurídico envolvendo os incentivos fiscais dados pelo governo do Estado à JBS, que não será resolvido em curto prazo.

*Leia reportagem, de Daniella Arruda, na edição de hoje do jornal Correio do Estado. Correio do Estado

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