Depois de 8 meses nas ruas, ex-líder do PCC, ‘Tio Arantes’, retorna à prisão

O taxista José Cláudio Arantes, conhecido também como Tio Arantes – Arquivo/Correio do Estado

O ex-líder de facção criminosa que atua em Mato Grosso do Sul, José Cláudio Arantes, de 62 anos, foi preso na quarta-feira (25), erm Campo Grande. Ele estava em liberdade desde fevereiro. Antes de ser detido nesta semana, ele ficou preso por tráfico de drogas.

Consta no processo judicial que “Tio Arantes”, como é conhecido, foi preso em flagrante pela Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) por receptação.

O juiz plantonista da 6ª Vara Criminal, Alexandre Branco Pucci, decidiu em audiência de custódia que a prisão em flagrante fosse convertida para prisão preventiva.

“Verificou-se que o autuado possui desfavorável histórico criminal com várias condenações pela prática dos mais variados delitos, estando inclusive com a custódia preventiva na Medida Cautelar referente a ocorrência do Garras”, escreveu o magistrado na sentença.

O magistrado levou em consideração a extensa ficha criminal de “Tio Arantes”, julgando que, em liberdade, ele coloca em risco a ordem pública.

A reportagem apurou que o suspeito, que informou que trabalha como taxista, poderia ter ligação com um assalto a banco que aconteceu na Acrissul, em Campo Grande. No Garras a informação não foi confirmada.

HISTÓRICO

Arantes foi preso em 22 de abril de 2016, onde na ocasião, outros três bandidos haviam sido detidos por policiais militares do 1º Batalhão e, estava em regime semiaberto.

Ele tem diversas passagens por tráfico de drogas, homicídio qualificado e era apontado como liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC).

MAIOR REBELIÃO DA MÁXIMA

Arantes comandava o PCC em Mato Grosso do Sul na época da morte do advogado William Maksoud Filho, que foi assassinado por um integrante da facção, Rafael Carlos Masqueda, condenado em 2013 pelo crime. “Tio Arantes” também foi preso por envolvimento no caso.

Em maio de 2006, pouco tempo depois do assassinato de William, integrantes do PCC e do Primeiro Comando de Mato Grosso do Sul (PCMS) entraram em confronto, que durou mais de 30 horas. Essa rebelião é considerada a maior do Presídio de Segurança Máxima do Estado. Mais de 1,3 mil presos participaram do motim. Mulheres e crianças que realizavam visitas foram feitas reféns.

Na ocasião, um dos presos foi decapitado e os presidiários exibiram a cabeça da vítima aos policiais que estavam do lado de fora da unidade. O registro fotográfico chegou a ser manchete do Jornal Correio do Estado na época. Correio do Estado

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