Sérgio Cabral deve ficar em ala com ex-senador e ‘terroristas’ na Capital

Ex-governador Sérgio Cabral

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pode dividir espaço na mesma ala do Presídio Federal com o grupo preso por terrorismo em 2016 – antes dos Jogos Olímpicos – quando for transferido para Campo Grande. Lá também está outro político, o ex-senador por Rondônia, Mário Calixto, que chegou à Capital em março do ano passado.

Dividido em quatro áreas chamadas de vivências, cada uma delas com quatro alas, o presídio campo-grandense abriga criminosos de diversas facções criminosas – como o FDN (Família do Norte), PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) – que ficam em espaços separados, para evitar conflitos no local.

Conforme apurado pela reportagem do Campo Grande News, na ala onde deverá ficar Sérgio Cabral, estão os oito condenados por planejar atentados terroristas durante a realização dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, e o ex-senador rondoniense, que soma histórico repleto de fugas e condenações.

Alegando motivos de segurança, o Depen (Departamento Penitenciário Nacional) não revela a data da transferência de Cabral, que foi autorizada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro e, na noite de quarta-feira (25), pelo juiz federal da 5ª Vara e corregedor da Penitenciária Federal de Campo Grande, Dalton Igor Kita Conrado.

Inicialmente, Cabral ficará isolado por pelo menos 20 dias, conforme o procedimento padrão em transferências de presos oriundos de penitenciárias estaduais. No caso de transferências entre presídios federais, o isolamento é de cinco dias. Por ora, ele pode ficar 360 dias em Campo Grande, conforme autorização de Kita.

A transferência foi determinada na segunda-feira (23) pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, a pedido do MPF (Ministério Público Federal), após Cabral ter mencionado, durante interrogatório, informações pessoais a respeito do magistrado. O ex-governador está preso desde novembro do ano passado no Rio de Janeiro. Nyelder Rodrigues e Marta Ferreira / Campo Grande News

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