No Réveillon da Lagoa Santa não houve fiscalização e bêbados conduziam veículos à vontade

Volante e álcool: Acidente

Não eram dezenas nem centenas. Eram milhares de condutores de carros e motocicletas alcoolizados dirigindo à vontade sem qualquer tipo de fiscalização neste réveillon na Lagoa Santa, Estado de Goiás, para onde foi uma grande quantidade de turistas em busca de suas mágicas águas térmicas.

O posto da polícia do lado de Mato Grosso do Sul, na chegada da Lagoa Santa, estava fechado. Não havia qualquer tipo de controle ou fiscalização. Já na Lagoa Santa havia duas viaturas atravessadas, ocupando parte da passagem, mas os policiais só estavam observando motoristas e motociclistas alcoolizados ou sob efeito de drogas, sem nada fazer.

Veículos entraram na cidade carregando pessoas em excesso, caixas térmicas cheias de cerveja e outras bebidas alcoólicas, muita gente carregando garrafas de Coca-Cola com cachaça ou vodka, muitos, inclusive, menores de idade.

É claro que uma fiscalização mais rigorosa iria prejudicar o turismo de um lugar paradisíaco, e, nesse caso, a omissão das autoridades parece ser o caminho mais fácil. Talvez a mentalidade dos governantes seja essa pérola: “Se for proibida a entrada de bêbados, não teríamos turistas por aqui.” E pelo jeito o dinheiro acaba falando mais alto nessas horas, afinal o comércio vende mais, a prefeitura arrecada mais e todos saem felizes.

O acidente que ceifou a vida da jovem de 16 anos poderia até ter sido evitado, afinal sabe-se que agora o condutor do Fiat Uno tinha plantação de maconha em casa, portanto, poderia ter usado, além de bebida alcoólica, drogas antes de dirigir e provocar um acidente tão grave.

Toda esta narrativa foi vivenciada pela reportagem do Cassilândia Urgente na véspera e no dia primeiro de janeiro, portanto, anteontem e ontem.

Em nenhum momento, durante muitas horas por lá, constatamos qualquer tipo de fiscalização em veículos e condutores e, assim, eles puderam atravessar a fronteira dos dois Estados sem qualquer tipo de abordagem.

E aí fica a pergunta final: o acidente com o Fiat Uno, em que morreu a garota de 16 anos, Emily, poderia ser evitado?

Com a resposta os leitores.

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