No auge da pandemia em MS, escolas particulares retornam em duas cidades

escolas particulares já retornaram às aulas

Escolas particulares em duas cidades de MS já retornaram às aulas. (Foto: Reuters)

Enquanto Mato Grosso do Sul está perto de atingir o pico da pandemia pelo novo coronavírus, que causa o Covid-19, escolas particulares em duas cidades do interior já retornaram às aulas.

Em São Gabriel do Oeste – a 140 quilômetros de Campo Grande, as unidades de ensino haviam retornado em maio. Entretanto, o avanço da doença no município fez com que as aulas fossem suspensas. No início de julho, os alunos entraram de férias e, no segundo semestre, já voltaram a frequentar as escolas.Leia Mais

Compartilhe:

Cantora Simone, dupla de Simaria, anuncia gravidez

Cantora Simone, dupla de Simaria, anuncia gravidez

A informação foi confirmada pela assessoria da sertaneja

A cantora Simone Mendes que faz dupla com Simaria, anunciou que está grávida. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da dupla sertaneja. A artista, que já é mãe de Henry de 6 anos, com o marido, o empresário Kaká Diniz, já está grávida de dois meses.O casal ainda não sabe qual o sexo do bebê.Leia Mais

Compartilhe:

Cassilândia: Casa lotérica permanece fechada hoje

Devido a um caso de Covid-19, a casa lotérica permanece fechada na Rua Sebastião Leal, no centro de Cassilândia, nesta terça-feira, 4 de agosto.

Assim os demais pontos de recebimento de contas estão com longas filas, um dia após o feriado de aniversário da cidade.

Confira a imagem.

Cassino Loterias: sem atendimento
Compartilhe:

Mulher é agredida ao pedir que netas parassem com som alto e bebedeira

Delegacia de Rio Negro Arquivo Midiamax)

Uma mulher de 60 anos foi agredida no momento em que duas netas, de 17 e 23 anos, faziam uma confraternização em uma casa no Bairro Santa Fé em Rio Negro, cidade a 154 quilômetros de Campo Grande, na noite deste domingo (02).

A vítima disse à polícia que as netas ingeriam bebida alcoólica e escutavam som alto com mais três homens na casa que fica em frente à sua. Consta no boletim de ocorrência, que ela foi até o local, para pedir que parassem com a bebedeira e som alto, pois precisava dormir para trabalhar no dia seguinte.

Neste momento, ela então foi xingada e empurrada duas vezes por um dos homens que estava no local. Uma das netas ainda teria tentado agredi-la, quando uma filha da vítima chegou ao local e a impediu. O caso foi registrado como lesão corporal dolosa, injuria e pertubação da tranquilidade na delegacia da cidade.

Midiamax

 

Compartilhe:

Auxílio Emergencial: governo divulga calendário de pagamento para mais 1,15 milhão de beneficiários

O Ministério da Cidadania divulgou nesta segunda-feira (3) o calendário de pagamentos do Auxílio Emergencial para novos aprovados e pessoas que tiveram o pagamento reavaliado. O total de beneficiados no novo calendário chega a 1,15 milhão de pessoas. Com isso, o total de brasileiros já aprovados ao auxílio chega a 66,2 milhões.Leia Mais

Compartilhe:

A dureza do protocolo da COVID-19 causando sofrimentos

Verdadeiras ditaduras são as regras impostas nos protocolos da COVID-19, tanto para o tratamento, que já levou a Anvisa a exigir receita médica até para um simples vermífugo, atendimento médico e destino de corpos dos falecidos que tem causado grandes sofrimentos.

Nenhum morador de Chapadão do Sul morreu até o momento por insuficiência respiratória causada diretamente pelo vírus COVID-19, mas das consequências, apenas dois casos até o momento.

Nesta semana faleceu um cidadão do município por infarto fulminante, mas em teste rápido realizado no Hospital Municipal, constatou-se inicialmente que ele estava contaminado pelo vírus, a aí começou o sofrimento.

O protocolo de atendimento no hospital é duríssimo com os profissionais da saúde, e quando há falecimento, com suspeita de contaminação da COVID-19, a sua dureza se estende aos agentes funerários e mais ainda, aos familiares, que se quer tem o direito de olhar o ente falecido.

Lembra um agente funerário de Chapadão do Sul, que eles são chamados no Hospital, quando falece uma pessoa contaminada pela COVID-19, ou em consequência direta dela, são obrigados a seguir o protocolo. Como os familiares, os agentes não vêm o corpo, quando são autorizados a agir ele já está embalado em duas capsulas e apenas é colocado em uma urna e levado direto para o cemitério. Não há preparação do corpo como nos demais casos de morte.

Por falta de vacinas, de supostos mais conhecimentos sobre o vírus, interesses obscuros, que aparentemente estão levando à demora na aprovação dos remédios, que já são usados para a cura da doença respiratória causada pela COVID-19, até pelas mais altas autoridades do mundo, os protocolos seguem com as suas rigidezes.

Existem orientações sobre o acondicionamento de corpos contaminados em necrotérios, desde que em primeiro lugar haja o necrotério e em segundo a existência da câmara refrigerada. Nesses casos existe a possibilidade da entrega do corpo a uma funerária, que lacra a urna e realiza o velório. Para este caso são necessários investimentos públicos na montagem dos necrotérios com as câmaras frias. Na região de Chapadão do Sul, ou Bolsão não existe câmara em funcionamento. Na cidade de Paranaíba, segundo funerárias de Chapadão do Sul, existe uma câmara no IML, porém está desativada por falta de manutenção.

Infelizmente teremos outros casos de morte de pessoas contaminadas em Chapadão do Sul e demais localidades pelo Brasil e pelo mundo afora, mas enquanto não tivermos a segurança e garantia dos remédios e métodos de cura da doença causada pelo vírus, deveremos conviver com a dureza dos protocolos.

Compartilhe:

Casal com recém-nascido capota veículo lotado de droga durante perseguição

Carro capotou na entrada da cidade (Foto: Jornal da Nova)

Na noite de segunda-feira (3), um homem que não teve nome ou idade divulgados foi preso por tráfico de drogas em Nova Andradina, a 297 quilômetros de Campo Grande. Acompanhado da esposa e do filho recém-nascido, ele fugiu da polícia e acabou capotando o carro.

O motorista seguia pela MS-276 com o Fiat Siena, placas de São Paulo (SP), quando furou o bloqueio policial e iniciou a fuga. Assim, foram aproximadamente 30 quilômetros de acompanhamento tático, até que o homem perdeu o controle da direção.

Casal com recém-nascido capota veículo lotado de droga durante perseguição
(Foto: Jornal da Nova)
Compartilhe:

Cassilândia: Casa Lotérica está fechada devido ao Coronavírus

A Casa Lotérica de Cassilândia, localizada na Rua Sebastião Leal, está fechada desde a sexta-feira, 31 de julho, em função de um caso de Covid-19.

A empresa decide hoje cedo se irá abrir as portas nesta terça-feira. Leia a nota.

“A Lotérica Cassilândia informa que devido uma de suas funcionárias ter diagnosticado positivo para o Covid-19, mesmo estando afastada de suas funções há mais de 20 (vinte) dias, para resguardar a saúde das demais funcionárias e de seus clientes, ponderou em suspender as atividades para uma completa higienização de suas instalações, bem como para aguardar os resultados dos testes das demais colaboradoras da empresa. Nesta terça-feira, as 8h30, haverá uma reunião com a Secretaria Municipal de Saúde para tratar sobre o assunto. Agradecemos a compreensão de todos.”

Casa Lotérica de Cassilândia

Compartilhe:

Polícia Militar Ambiental de Cassilândia autua infrator em R$ 10 mil por degradação de nascentes para plantio de pastagem e manter gado na área protegida

Polícia Militar Ambiental de Cassilândia autua infrator em R$ 10 mil por degradação de nascentes para plantio de pastagem e manter gado na área protegida

Polícia Militar Ambiental de Cassilândia autua infrator em R$ 10 mil por degradação de nascentes para plantio de pastagem e manter gado na área protegida

Policiais Militares Ambientais de Cassilândia realizaram fiscalização nas propriedades rurais do município de Água Clara, a 60 km da cidade de Paraíso das Águas hoje (14) e autuaram um proprietário rural de 64 anos, por degradação de área protegida de preservação permanente. O infrator, residente em Chapadão do Sul, realizou a gradeação com tratores de uma área de nascentes, depois da retirada de matas ciliares e formou pastagem.

Além disso, havia uma represa nessas áreas de nascentes iniciais de um curso d’água que corta a propriedade que foi feita para dessedentação de animais, o que agravava o problema, pois o gado pisoteava a região, acentuando mais ainda os danos. As atividades foram interditadas e o proprietário rural foi notificado a retirar o gado e a recuperar a área degradada.

O infrator foi autuado administrativamente por danificar área considerada de preservação permanente (APP – nascente) e foi multado em R$ 10.000,00. Ele também responderá por crime ambiental e poderá pegar uma pena de detenção de um a três anos.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA POLÍCIA MILITAR AMBIENTAL – PMMS – (Contato – TENENTE CORONEL QUEIROZ) tel. – 3357-1500

Compartilhe:

Uems vai selecionar professores temporários para seis cidades

Sede da Uems, em Dourados (Foto: Folha de Dourados)

Sede da Uems, em Dourados (Foto: Folha de Dourados)

A Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) abriu seleção para contratação de professores temporários nas cidades de Campo Grande, Dourados, Nova Andradina, Jardim, Naviraí e Cassilândia. As inscrições seguem até o dia 7 de agosto.

Os interessados em participar da seleção devem se inscrever no site da Universidade destinado para concursos. As vagas abertas em seus unidades são para aulas nos cursos de Ciências Contábeis (Nova Andradina), Língua Inglesa (Jardim), Língua Portuguesa (Naviraí), Letras (Cassilândia), Letras/Inglês (Campo Grande) e Química (Dourados).

Os candidatos serão avaliados em provas didáticas e de títulos. O contrato terá duração de 12 meses, podendo ser prorrogado uma vez. Para os professores com doutorado o salário será de  R$ 4,3 mil em 20 horas semanais e R$ 8,6 mil (40 horas semanais).

Aos mestres o subsídio será de R$ 3.086,31 (20 horas) e R$ 6.172,62 (40 horas). Já os aprovados que tiverem especialização irão receber R$ 2.144,93 ou R$ 4.289,85, dependendo da carga horária. Já aqueles que só tiverem graduação a remuneração ficará em  R$ 1.191,63 (20 horas) e R$ 2.383,25 (40 horas).

As inscrições seguem até o dia 7 de agosto, sendo que as provas práticas estão previstas para 24 e 25 de agosto. Os candidatos terão acesso ao resultado final do certame no dia 31 do mesmo mês.

CAMPO GRANDE NEWS

Compartilhe:

‘Caso zero’ de Covid-19 em Figueirão, médico diz que não foi isolado mesmo com sintomas

A confirmação do primeiro caso positivo da Covid-19 em Figueirão causou controvérsia entre um médico de posto de saúde da cidade, que seria o “paciente zero” de Figueirão, o prefeito Rogério Rosalin (PSDB) e o secretário de saúde, Giovanni Bertolucci Alves. Isso porque, ao ter o município incluído pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) no boletim epidemiológico, Rosalin contestou a confirmação alegando que o paciente não seria residente da cidade e nem estaria cumprindo isolamento no município.Leia Mais

Compartilhe:

Cassilândia: História de Antônio Paulino e a fusão com a família Castro

Antônio Paulino era espanhol da Catalunha, mais precisamente de Barcelona, e seu nome de batismo era Pablo Altafay Ereza

Um dos patriarcas dessa fusão de famílias foi o senhor Antônio Paulino, nascido na cidade espanhola de Barcelona, no dia 22 de abril de 1881, com o nome de Pablo Altafay Ereza, que aos nove anos de idade veio com a família para o Brasil.

Vamos saber um pouco mais sobre a fascinante vida de Antônio Paulino a seguir.

O que se sabe é que ele chegou ao Rio de Janeiro anos depois, mais precisamente em 1890, depois mudou-se para Franca, no Estado de São Paulo, onde iniciou trabalho numa indústria de calçados. O Tio Quinca, umas das mais importantes fontes de informação para este livro, lembra que o pai foi, além de tudo, um grande sapateiro, um excelente farmacêutico e ainda alfaiate.

Ele saiu de Franca e foi morar em Santa Rita dos Passos, em Minas Gerais, onde conheceu Rita Augusta de Araújo, que se tornaria sua esposa no ano de 1899. Teve 18 filhos: Joaquim Eurípedes, Emília, Armanda, Veridiano, Paulo, Donato e Donato (Os Cocãos), Iracema, Aracy, Dolores, Esmeralda, Otávia, Otávio, Esmengalda, Isa, Maria e Cotinha.

Com o passar dos anos a família mudou-se para a Fazenda Coqueiro, no Estado de Goiás, sendo que parte dos filhos nasceu naqueles dois estados.

Alguns deles faleceram devido à difteria e porque não havia soros ou vacinas capazes de combater essa terrível doença.

De acordo com informação, seu Antônio Paulino chegou a esta região e requereu junto ao governo, através de carta adjudicatória, uma gleba de terras de cerca de 2, 5 mil hectares, onde passou a trabalhar juntamente com sua prole, tornando-se um próspero produtor rural.

Há fonte que citou que seu Antônio Paulino se tornou muito conhecido pelos moradores por causa de suas rezas e benzeções que curavam quebrantos, encostos, mal-olhados e males espirituais.

E a verdade é que ele fazia lá as suas orações e todos acreditavam nelas. E não era só “médico”, benzedor, curador, fazendeiro; era além de tudo, um bom alfaiate e, por extensão, sapateiro dos bons. Por tudo isso, tornou-se também uma espécie de conselheiro da comunidade, alguém que tinha a palavra certa na hora da dúvida, e, portanto, era sempre muito procurado por toda a gente.

Dona Isabel, esposa do seu Tiuca, contou que certa vez ficou doente e teve que ser operada numa cidade do Estado de São Paulo. O velho caridoso se prontificou a leva-la até lá e não cobrou nada. Assim, lembrou ela, fazia com todos, não negando a ninguém os seus préstimos.

A junção com a família Castro começou já em 1931 com o casamento de sua filha Armanda Paulino que contraiu núpcias com Manoel de Castro, o “Velho Moleque” quando este tinha seus 29 anos. Daí nasceram os filhos Íbio, Eduardo, Ilda, Isaura, Antônio, Nilo e Dairson.

A segunda filha a se casar foi Iracema, que nasceu no dia 5 de julho de 1921, com José da Silva Castro, que havia nascido em 12 de outubro de 1912, na mesma Fazenda Ariranha, de propriedade do pai.

No dia 3 de abril de 1944, na cidade de Paranaíba, casava-se Aracy Paulino, nascida em 3 de abril de 1925, com João da Silva Castro, que nasceu no dia 4 de junho de 1919; da união nasceram os filhos Rita, casada com Valdir Alves Gonçalves, o “Liquinho Cadete”; Laerte, Isaura e Nilva.

E finalmente, no dia 11 de janeiro de 1947, casava-se a última Paulino com e um Castro. Era Dolores Paulino Borges, que nasceu no dia 7 de janeiro de 1931, na Fazenda Viradouro, com Divino da Silva Castro, nascido em 23 de março de 1923, com quem teve os filhos Celes, Eltes, Fatima, Élio de Castro Paulino, Sidnei e Arceli.

O outro arrimo de família foi o saudoso Eduardo de Castro, próspero agropecuarista e homem da lida diária, que casou-se com Isaura da Silva Lata e teve os filhos Manoel, Antônio, José, Sebastião, Jerônimo, Divino, João, Idalina, Josefa, Ana, Tereza, Helena e Maria da Silva Castro.

Antônio da Silva Castro, que nasceu em 20 de agosto de 1917, casou com Maria Perpétua da Silva, no dia 15 de fevereiro de 1947 e teve os seguintes filhos: Odeces, Odeíles, Nilda, Dilza, Odenil, Donizete e Aldna.

Pode-se dizer, portanto, que duas famílias viraram uma só, a Castro-Paulino. Com o falecimento de seus patriarcas Antônio Paulino e Eduardo de Castro, os herdeiros seguiram na missão de cuidar da tradição das duas famílias cassilandenses.

Os registros dizem que seu Antônio Paulino faleceu no dia 20 de setembro de 1955, vítima de um assassinato covarde, ocorrido ao descer do ônibus em Paranaíba, na época em que a lei do velho Mato Grosso era o 44, e até hoje não se sabe ao certo a motivação do crime.

As famílias Castro e Paulino sempre tiveram uma grande importância na formação sócio-cultural e econômica de Cassilândia, oferecendo à comunidade muitos filhos que se tornaram profissionais de renome nas áreas da saúde, educação e cultura. Extraído do livro A História de Cassilândia, de Corino de Alvarenga / Foto de Antônio Paulino reproduzida do livro História da Formação de Cassilândia, de Élio de Castro

Compartilhe:

Cassilândia: A história de Cassinha e a ideia de fundação da cidade

Joaquim Balduíno de Souza, o Cassinha, nasceu em 14 de maio de 1895, em Patrocínio, interior do Estado de Minas Gerais, filho de lavradores.
Como a família era humilde, logo cedo passou a trabalhar para ajudá-la no sustento da casa, de acordo com depoimento de familiares. E isso logo aos oito anos de idade.
De acordo com um historiador, Cassinha gostava de andar descalço, mania que ele tinha desde a tenra idade.
Uma fonte mineira dá conta de que Cassinha, aos dez anos de idade, ajudava o pai em seu engenho de cana, na fabricação de açúcar, rapadura, melado e outras guloseimas rústicas.
Aos 15 anos, segundo essa fonte, Cassinha foi vitimado por uma doença muito grave, que seria difteria ou malária, e só não morreu devido a socorros urgentes num período em que a saúde pública era muito precária.
Alguns anos depois Cassinha resolveu trocar Patrocínio pelo cerrado mato-grossense, na companhia de sua esposa Maria Francisca de Jesus, que lhe deu os três primeiros filhos.
A viagem foi dura e demorada. Ele ensacou os utensílios de uso pessoal e domésticos, trelando-os numa égua baia, arreou um cavalo e uma outra égua roxa, segundo narrativa de um familiar. Assim deixou sua terra natal por uma estradinha estreita e rudimentar em viagem rumo ao velho Mato Grosso.

Conheça melhor a História de Cassinha, o nosso fundador

Há fonte ouvida que garantiu ter Cassinha e a família viajado sobre carros de bois, enquanto outros diziam que a peleja foi a pé.
Após dias e dias de viagem, Cassinha chegou à fazenda de Isaias Bito, cognome de Isaias de Teixeira Borges, o marido de Dona Tonica. Penalizado, Isaias Bito deu à família de Cassinha amparo e agregação.
O mineiro desbravador construiu de início um açude, cercas, pequenas obras rústicas de grande utilização para seu Isaias Bito, além dos trabalhos roceiros convencionais, fato este que veio provocar grande admiração por parte do patrão. O mineiro perambulante de então se tornou o homem de confiança de Isaias Bito.
– Havia nele qualquer coisa de diferente. De estranho… e eu não sei o que era, não. De um pedaço de pau bruto ele construía uma ferramenta ou qualquer coisa de utilidade. E olha que era analfabeto de tudo! – diz seu Tiuca, apelido de Sebastião da Silva Borges, com o pensamento voltado para décadas passadas.
O nosso fundador trabalhou duro no primeiro ano. O senhor Isaias Bito custeou-lhe de tudo. O serviço era lavoura. Mineiro dos bons, “Cassinha” pegou pesado no serviço e no final da colheita conseguiu quitar suas dívidas junto ao fazendeiro. Quando saiu de suas terras não foi à-toa, mesmo porque já estava conseguindo o seu lote de terra no tal Sertão dos Garcia, que, por sinal, era a área que compreende hoje o território da cidade de Cassilândia.
Naquela época dezenas de homens de homens que não possuam terras nem tantos bens materiais estavam se movimentando para adquirir um pedaço por mais pequeno que fosse. E “Cassinha”, vendo-se na possibilidade de se tornar também um proprietário, não pensou duas vezes e encarou a parada. O mesmo acontecia com o senhor Manoel da Silva Castro, conhecido por todos pelo apelido de “Velho Moleque”. Ele nos lembra que o procurador do senhor Antônio Paulino requereu um pedaço de terra para todos que estavam interessados em adquiri-la. Lembra seu “Moleque” que o senhor Isais Bito e o seu Isaias Cândido, após o reconhecimento da carta adjudicatória, enviada pelo Estado, aproximadamente no ano de 1935, encarregou-se de escriturá-la em Paranaíba. “Cassinha” requereu 50 alqueires goianos.
Nestas terras em que pisamos ele construiu uma casa, cujas paredes foram feitas de madeira lapidada a machado e coberta por capim do brejo, extraído da redondeza. O mineiro “Cassinha” começou a derrubar a mata densa ao redor de sua casa. Assim também o fizeram os demais pioneiros, iniciando assim a colonização da chamada Vila São José.
Sem implementos agrícolas ou maquinários, o fundador e os intrépidos pioneiros passaram a lidar com suas lavouras na base do braço e de poucas ferramentas, escoando depois a produção em carros de madeira, fabricados rusticamente, afinal estradas praticamente não existiam, uma viagem a Paranaíba era muito trabalhosa devido à falta de uma boa estrada.
Outros montaram pequenos estabelecimentos comerciais como armazéns, empórios e farmácias, sempre na base de grande sacrifício e muita economia, afinal os clientes eram muito poucos, dezenas – ou centenas, se tanto.
O senhor João dos Santos Leal lembra que “Cassinha” havia fabricado um pequeno carro de madeira que era puxado por dois cães de raça misturada.
– O macho chamava-se “Motor” e a fêmea ganhou a alcunha de “Baleia” – conta João Leal, irmão do saudoso Sebastião Leal, que assumiu depois o loteamento de terrenos, continuando, assim, o pequeno povoado.
João Leal lembra que no ano seguinte o fundador conseguiu dois carneiros para puxar o pequeno carro de madeira.
Alguns mais piadistas lembram que “Cassinha” havia atrelado o carro a dois cães na sua parte traseira porque os carneiros tinham medo deles e corriam em alta velocidade máxima para não serem alcançados pelos dentes afiados dos caninos. A história desse carrinho de madeira repercute na memória dos últimos contemporâneos do fundador cassilandense.

A brilhante ideia
Corria o ano de 1926. “Cassinha”, a princípio, viera única e exclusivamente com o objetivo de estabilizar-se por aqui ou algum lugar qualquer. Se não estava ainda rico, pelo menos havia melhorado de vida, chegando, inclusive, até a aumentar a família. Em terras do velho Mato Grosso nasceram outros quatro filhos, totalizando sete: Cândida, Anésia, Ornatino, Sebastião, Odélio, Odílio e José Balduíno de Souza, que ganhou o apelido de “Zé Cassinha”.
O arrimo da família resolveu um dia montar um engenho movido por força animal, produzindo rapaduras, melados, doces e, claro, açúcar, além de lidar com engorda de porcos, vendendo o que podia no comércio de Cassilândia e também em Paranaíba e Três Lagoas.
Já morando numa casa mais confortável às margens do Rio Aporé, “Cassinha” passou a lidar com uma balsa de madeira que era usada para fazer o transporte de pessoas até o Estado de Goiás.
Ele era um homem com ideias progressistas para a sua época e um dia resolveu promover uma reunião na residência do ex-patrão Isaias Bito, sua esposa Tonica e o libanês Amin José.
O fundador apresentou a ideia de se erguer um povoado nas terras de seu Isaias Bito, mas dona Tonica foi contra, o que fez com que o assunto terminasse ali.
Em outras oportunidades, “Cassinha” voltou a tocar no assunto do povoado, mas sempre havia alguém para ser contra, por achar que não havia moradores suficientes para se erguer ali um povoado ou uma cidade.
Ele era um homem progressista, mas era visto como um desvairado, que havia perdido de vez o juízo.
Só que “Cassinha” estava lúcido e muito determinado, a ponto de estusiasmar os seus pares naquele sertão intocado, de terra muito fértil, que lhe parecia ter a vocação para ser uma próspera cidade.
Sua intenção era começar tudo lá pelos lados da Vila Pernambuco, mas seu Ricardo Barbosa Sandoval lembrou-lhe que ali não era um bom começo devido ao grande desnível. E, assim, “Cassinha” começou o empreendimento da partilha de lotes em sua área de terra, transformando, em algum tempo, o Sertão dos Garcias em Vila São José e depois em Cassilândia, que, conforme já mencionamos, significa, ao pé da letra, “Terra de Cassinha”, uma homenagem, portanto, ao fundador.
Segundo alguns, ele contratou um engenheiro prático para auxiliá-lo nos trabalhos de medição dos lotes, separação das áreas para os órgãos públicos, logradouros diversos etc.
Uma outra fonte garante que “Cassinha” foi em Paranaíba e contratou os engenheiros Augusto Correa e César Mansini para a lida de medição e ordenamento da urbe.
Isso teria ocorrido nos idos dos anos 40. Ali estava começando Cassilândia. Extraído do livro A História de Cassilândia, de Corino Rodrigues de Alvarenga

Compartilhe: