Crédito: Reprodução Folha PE
Um bebê de 10 meses, que havia sido torturado pela mãe e a companheira dela, chegou a ser torturado com com queimaduras feitas com bituca de cigarro e foi levado para um hospital na última terça-feira (12), com lesões variadas por todo o corpo, no município de Olinda, no Pernambuco.
Conforme informações do Conselho Tutelar local, a criança chegou a ser atendida em um hospital da cidade pelo menos três vezes e, em um dos atendimentos, aos dois meses de vida, em janeiro deste ano, o menino tinha um dos braços fraturado.
Conforme informações do site Folha PE, a mãe e a companheira foram presas após serem autuadas pelos crimes de maus-tratos por violência doméstica/familiar, lesão corporal por violência doméstica/familiar e tortura. A Polícia Civil afirmou que uma das mulheres disse apenas ter ‘dado tapas leves’ no bebê.
O bebê foi inicialmente socorrido, na terça-feira, para o SPA (Serviço de Pronto-Atendimento) de Peixinhos, em Olinda, conforme conta o site. O Conselho Tutelar de Olinda recebeu informações sobre a situação do bebê e foi acionado pela equipe do serviço hospitalar.
De acordo com o site, a conselheira que recebeu o caso contou que a equipe de atendimento estranhou os relatos da mãe sobre o que teria acontecido com o bebê, e acionou a polícia. Por causa da gravidade dos ferimentos, o bebê precisou ser socorrido para um hospital no Recife.
O site também conta que, conforme a conselheira, o bebê estava com as mãos rachadas e chorava muito. ‘Chegamos no hospital e tivemos a surpresa que a criança era reincidente, já tinha dado entrada três vezes. Recentemente, em uma das vezes, o laudo diz que a criança entrou com o braço fraturado. Essa primeira entrada foi em 29 de janeiro de 2023’, explica.
Estado clínico, marcas de bituca e hematomas
O site conta que primeiros resultados de novos laudos médicos de exames feitos pelo hospital indicam que o menino está com traumatismo cranioencefálico e vai precisar receber sangue. Ele também tem quadro de anemia e deverá tomar antibiótico para tratar ferimentos que estão infectados na boca e nas mãos.
No laudo médico de terça-feira, ficou constatado que a criança estava com marcas de bituca de cigarro pelo corpo.
As primeiras informações, conforme conta o Folha PE, são de que a mãe do bebê não tem parentes em Pernambuco. Ela veio do Ceará e tem outros três filhos, todos do mesmo pai, que foram acolhidos pelo Conselho Tutelar e deverão voltar àquele estado de acordo com o que será definido judicialmente. O destino do bebê também será decidido pela Justiça.
‘No próprio SPA, eu já informei para as duas que a criança não voltaria mais, estava sob responsabilidade do Conselho Tutelar’, esclareceu a conselheira, que finalizou dizendo que a criança, que não tem nome do pai no registro de nascimento, agora está protegida.
Encaminhadas a presídio
Diante da situação, as duas mulheres, de 36 anos, foram encaminhadas, na quarta-feira (13), à audiência de custódia. De acordo com a assessoria de comunicação social do TJPE (Tribunal de Justiça de Pernambuco), elas tiveram suas prisões em flagrantes convertidas em prisões preventivas.
As duas mulheres foram encaminhadas à Colônia Penal Feminina do Recife, no bairro da Iputinga, Zona Oeste do Recife. Elas seguem à disposição da Justiça estadual.
BATANEWS/TOPMIDIANEWS