Em pleno pico da pandemia, Mato Grosso do Sul contabiliza 1.296 pessoas internadas, sendo 769 em leitos clínicos (492 público; 277 privado) e 527 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) (383 público; 144 privado), nesta quinta-feira (1º).
A ocupação global de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) na macrorregião de Campo Grande está em 108%; Dourados 86%; Três Lagoas 96% e Corumbá 96%.
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Na Central de Regulação da Capital, aguardam por um leito 97 doentes, sendo 68 apenas de Campo Grande.
Já na Central de Regulação de Dourados, 23 pessoas estão na fila à espera de uma vaga em hospitais e na Central de Regulação do Estado (CORE), aguardam 29 pacientes.
No total, 149 enfermos estão na fila por um leito hoje em Mato Grosso do Sul, conforme informações da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Leitos estão sendo improvisados e doentes estão em locais inadequados. “Pessoas estão em prontos socorros, ala vermelha, ala azul e centros cirúrgicos já que não estão fazendo cirurgias eletivas. Isso nos preocupa”, informou o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende.
Resende afirma que as vagas de leitos que surgem são de óbitos que ocorrem. “Mesmo para quem tem o melhor plano de saúde, não vai ter acesso nem à leitos de UTI e nem clínicos. O melhor plano de saúde é ficar em casa”.
“Não há mais leitos. Nem se você tiver condição financeira de ir para outro Estado”, complementa a secretária adjunta de Saúde, Christinne Maymone.
O governador do estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), assegura que para o sistema de saúde não colapsar, é necessário o isolamento. “Sabemos da contrariedade de alguns segmentos da economia, mas agora não tem outra alternativa”, declara.
Hospitais particulares de Campo Grande se manifestam que “alcançaram o limite”. Cassems, Unimed, do Coração, Proncor, Pênfigo e El Kadri fizeram um pronunciamento conjunto no dia 15 de março.
Em carta, informam que as unidades hospitalares enfrentam dificuldades para regulação de leitos de UTI e semi-intensiva; contratação de profissionais de saúde e aquisição de equipamentos e medicamentos. Além disso, não possuem mais capacidade de ampliar seu espaço físico.
O objetivo do documento assinado pelas instituições é de conscientizar sul-mato-grossenses a respeito da gravidade da situação no Estado, principalmente na Capital. Correio do Estado