Mato Grosso do Sul completa um ano dos primeiros casos e inúmeras medidas para conter a Covid

Mato Grosso do Sul completa um ano dos primeiros casos e inúmeras medidas para conter a Covid

O 14 de março marca o anúncio dos primeiros pacientes infectados pelo novo coronavírus em Mato Grosso do Sul. De Campo Grande, uma mulher de 23 anos e um homem de 31, contatos confirmados de casos positivos dos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O primeiro óbito foi registrado no dia 31 de março. Uma mulher de 64 anos, moradora do município de Batayporã que faleceu após pouco mais de uma semana de internação.

Um ano depois muita coisa mudou, e o Estado acumula 193.629 mil sul-mato-grossenses infectados pelo vírus, dos quais 3.584 vieram a óbito por complicações da doença (dados 13.03). O que não mudou foram os esforços do poder público na tentativa de conter o avanço do contágio e preservar vidas.

Antes mesmo da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarar que o mundo vivia uma pandemia de Covid-19 no dia 11 de março, Mato Grosso do Sul já havia criado o Centro de Operações de Emergências (COE) para auxiliar na definição de diretrizes de vigilância, prevenção e controle da doença.

Distribuição de kits de proteção para indígenas

Inúmeras foram as medidas implantadas seja para estruturar a saúde, reduzir o contágio e amenizar os impactos na vida da população mais vulnerável. Distribuição de equipamentos de proteção individual (EPI), suspensão das aulas na Rede Estadual de Ensino, instalação de barreiras sanitárias, hospital de campanha, criação de drive thrus de testes, isenção do ICMS da tarifa social na conta de luz, suspensão do vencimento de boletos habitacionais, foram algumas das ações que se somam a tantas outras que vem sendo tomadas até agora.

O Programa Prosseguir – criado em junho de 2020 – classifica as bandeiras de risco dos 79 municípios do Estado serve de instrumento para tentar conter o avanço da doença oferecendo um panorama situacional, com descrição de indicadores e recomendações baseadas nos parâmetros da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS). A iniciativa tem o objetivo de preservar a saúde e a economia oferecendo subsídios técnicos.

Conforme a SES nesse período houve ampliação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Mato Grosso do Sul. Antes da pandemia o Estado contava com 470, sendo 303 leitos de UTI geral e mais 167 leitos de UTI da linha pediátrica. Neste um ano de pandemia foram criados 274 novos leitos de UTI.

Primeira idosa a receber o imunizante no Estado

Menos de 24 horas depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial das vacinas CoronaVac (Sinovac/Butantan) e Covishield (AstraZeneca/Oxford/Fiocruz) no Brasil, o primeiro carregamento chegou a Mato Grosso do Sul com 158.760 mil doses da Coronavac no dia 18 de janeiro. Nesse mesmo dia uma força tarefa montada pela Secretaria de Saúde (SES) e Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) iniciou a distribuição dos imunizantes para os 79 municípios.

A agilidade no processo de distribuição foi uma determinação do governador Reinaldo Azambuja para que a imunização fosse iniciada o mais rápido possível, visando preservar vidas, desafogar o sistema de saúde e recuperar empregos.

Até o momento o Estado já recebeu 7 carregamentos de vacina. Conforme dados do Vacinômetro-MS Covid-19, ao todo 227.629 mil doses já foram aplicadas, sendo 151.210 mil da primeira dose e 76.419 da segunda, conforme atualização do último sábado (13).

Embora a vacinação tenha iniciado no Estado, a confirmação da circulação de uma nova variante da Covid-19, denominada de P1 e que é duas vezes mais contagiosa segundo especialistas, veio no dia 3 de março. Além do paciente do sexo masculino, de 37 anos, morador de Corumbá, a SES afirma que existem outros casos em investigação no Estado.

Assim como já acontece em outras regiões do Brasil, nos últimos meses os indicadores da Covid-19 voltaram a aumentar com indicativos de colapso no sistema de saúde. Diante do agravamento desse cenário, o secretário de saúde Geraldo Resende afirma que a eficácia de medidas não depende apenas do poder público, mas também de toda a população.

“A gente faz um apelo para que a população possa aderir as medidas restritivas, evitando aglomerações e seguindo todas as recomendações de biossegurança e que nos ajude a construir um cenário diferente pelos próximos 14 dias. Nós temos registrados diariamente, o crescimento de casos novos, aumento de óbitos e de internações. Isto tem nos deixado bastante incomodados. Conto com a ajuda de vocês para combater essa doença”, destaca o secretário.

Mireli Obando, Subcom e Rodson Lima, SES

Fotos: Chico Ribeiro, Saul Schramm e Edemir Rodrigues

 

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