A alta do preço do gás de cozinha no início de março nas refinarias da Petrobras fez o produto ficar em média 2,3% mais caro para o consumidor final (R$ 83,34), segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) feito na semana de 7 a 13 de março, comparado à semana anterior.
O botijão de 13 Kg de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) já é encontrado a R$ 113,00 na região Norte, o mais caro, e a R$ 55,99 na região Sudeste, o mais barato. O corte dos tributos federais incidentes no gás de cozinha – PIS/Pasep/Cofins, que representam 3% do preço final na refinaria – não teve o efeito esperado pelo governo para anular o aumento concedido no dia 1 de março pela Petrobras, de R$ 1,90 por botijão.
Segundo os revendedores, a redução tributária ajudou a recompor a margem de venda, apertada nos últimos meses pelo aumento sucessivo do preço do produto, e não foi repassada ao consumidor.
“Muitas companhias já avisaram que, analisando a planilha de custos, não poderão repassar a queda do imposto, ou seja, a medida só vai ajudar a aumentar a lucratividade das distribuidoras”, informou o presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo (Asmirg), Alexandre Borjaili.
Ele estimou que a queda dos impostos federais vai resultar em uma queda de R$ 2,18 no preço do gás de cozinha (botijão de 13 Kg de GLP).
RepórterMT