Homem foi condenado a 96 anos de prisão em regime fechado por ameaçar, agredir e estuprar 4 filhas adotivas, em Fátima do Sul, a 246 km da Capital. Uma delas chegou a engravidar depois do abuso do pai, abortou e o feto foi jogado em uma fossa. A mãe das meninas, que também não será identificada, sabia da violência sofrida. A mulher foi condenada a 48 anos.
A vítima que engravidou disse em depoimento que aceitava os abusos do pai para proteger as irmãs mais novas de sofrerem a mesma situação. Outra irmã presenciava os estupros e ainda sofria castigos físicos por se negar a ter relações sexuais com o pai.
Para uma das meninas, o homem prometeu cometer atos sexuais com ela assim que completasse a maioridade, só que ela foi abusada antes ainda dos 18 anos. Pela ameaça, a vítima disse em depoimento que queria fugir. Essa mesma jovem, afirmou que o pai chegou a dar um tiro em direção a ela para obrigá-la a ter as relações.
De acordo com as informações da condenação publicadas no Diário da Justiça, os abusos praticados pelo homem duraram 7 anos e começaram quando as vítimas tinham menos de 14 anos de idade, ainda antes de serem adotadas. A mulher, mesmo sabendo dos casos, concordou com a adoção e ainda se mudou para outro estado, deixando as jovens com o pai estuprador.
Outra, que é gêmea de uma das irmãs, afirmou que uma delas ficou com o braço inchado com os espancamentos feitos pelo homem. A mãe das meninas também presenciava as agressões cometidas pelo marido e, segundo os depoimentos das vítimas, a mulher dava risada e pedia para o homem bater ainda mais nelas.
“Assanhada’ – Uma das irmãs disse que a mãe falava que ela era “assanhada’ por conta das relações que ela tinha com o pai. Durante o depoimento, a ré não demonstrou qualquer sentimento por elas e nem repulsa pelo que as vítimas de abusos e agressões passavam na mão do marido.
O homem, que já está detido, vai continuar preso depois de receber condenação de 24 anos por cada uma das vítimas. A mulher, mesmo sendo condenada a prisão em regime fechado, vai poder recorrer da sentença em liberdade.
Fonte: CGNews