Com uma alta de 93%, Mato Grosso do Sul é o estado com a maior variação na média de mortes por coronavírus. Dados do consórcio de veículos de imprensa apontam que a variação da média de casos dos 7 últimos dias em relação à média de duas semanas atrás em MS foi a maior do Brasil, sendo que em segundo lugar está a Paraíba com 92%. Para infectologista, o comportamento da população e das autoridades foi o que levou Mato Grosso do Sul a este pico de casos e mortes.
O pesquisador e infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Julio Croda afirma que a pandemia de coronavírus não tem relação com o clima, como temperatura e umidade, ao contrário do que se acreditava no início. Afinal, o verão está chegando e MS atingiu o pior momento da pandemia de coronavírus
O pesquisador ainda ressalta que a pandemia de coronavírus não tem a ver com a imunidade de rebanho. “Veja São Paulo que foi o epicentro da pandemia e agora acelera [em número de casos] novamente”, pontua.
Há dias Mato Grosso do Sul está entre os estados com as maiores altas de casos e mortes, segundo consórcio de veículos de imprensa. Na quarta-feira (16), dados mostraram que houve um aumento de 93%, na comparação da média dos 7 últimos dias em relação à média de duas semanas atrás. Porém, ainda nesta semana, MS chegou a registrar aumento de 157%.
Para o infectologista e pesquisador da Fiocruz, a única maneira de barrar o aumento de casos é que as pessoas tomem consciência e fiquem em casa, principalmente nesta época de festas de fim de ano. Já as autoridades deveriam adotar medidas mais rígidas. “Aumentar toque de recolher para as 20 horas, cancelar a autorização para todos os eventos, independente do horário, suspender alvará e multa pesada para estabelecimentos comerciais que não respeitam as recomendações em relação às medidas preventivas”, lista Croda.
Orientações para reuniões de fim de ano
A Fiocruz organizou uma cartilha com orientações para reuniões no Natal e Ano Novo. A principal orientação é ficar em casa e celebrar apenas com as pessoas que já moram juntas. Se, mesmo assim, a população quiser se reunir com mais familiares, há orientações:
Use máscara sempre que não estiver comendo ou bebendo;
Tenha um saco para guardar a máscara quando estiver comendo ou bebendo e a mantenha limpa e seca entre os usos;
Tenha uma máscara limpa extra, para o caso de necessidade de troca (tempo de uso, umidade ou sujeira);
Evite aglomerações e mantenha a distância de, pelo menos, 2 metros entre os participantes;
Evite apertos de mão ou abraços;
Dê preferência a locais abertos ou bem ventilados. Evite o uso de ar-condicionado;
Lave as mãos com frequência durante o evento com água e sabão ou use álcool;
Não compartilhe objetos, como talheres ou copos;
Após tocar em objetos que estejam sendo compartilhados com outros convidados (ex: utensílios para servir a comida, jarras e garrafas), lave as mãos com água e sabão ou álcool.
Para quem vai receber convidados em casa, as dicas são as seguintes:
Limite o número de convidados de acordo com o tamanho do espaço, permitindo que as pessoas mantenham distância de 2 metros entre si;
Oriente seus convidados a levarem suas próprias máscaras;
Evite música alta para que as pessoas não tenham que gritar ou falar alto. Caso alguém esteja contaminado com o vírus, lançará um número maior de partículas virais no ambiente;
Dê preferência a locais abertos ou bem ventilados. Evite o uso de ar condicionado;
Não deixe que os convidados formem filas para serem servidos;
Oriente os convidados a não se sentarem todos reunidos na hora da ceia. Organize espaços separados para pessoas que moram juntas;
Tenha sabão e papel para secagem de mãos disponíveis no banheiro. Evite o uso de toalhas de pano;
Disponibilize álcool em gel nos ambientes;
Utilize lixeiras com pedais para que as pessoas descartem seus lixos sem precisar colocar as mãos na tampa. Lave as mãos após esvaziar a lata de lixo. Midiamax