O ex-governador de São Paulo e atual vice-presidente do PSDB, Alberto Goldman, assumiu interinamente a presidência do partido depois de o senador Aécio Neves (MG) tirar o senador Tasso Jereissati (CE) do cargo, nesta quinta-feira (9/11). Jereissati ocupava interinamente o posto desde que o mineiro foi afastado, em maio, após a divulgação de gravações nas quais pedia R$ 2 milhões ao empresário e ex-delator da Lava-Jato Joesley Batista.
Aécio, que, apesar de licenciado, segue forte dentro da legenda, falou para o cearense que buscava “isonomia” na disputa pela presidência do partido, decisão a ser tomada em dezembro. Tasso concorre à vaga com o governador de Goiás, Marconi Perillo. Aécio foi pessoalmente até o gabinete dele explicar sua decisão, mas também enviou uma carta ao senador destituído.
No documento, ele diz que a decisão ocorreu para “conduzir com imparcialidade a eleição que se dará na convenção nacional marcada para o próximo dia 9 de dezembro”. Goldman teria sido escolhido por não ter se manifestado sobre qual dos dois candidatos deve apoiar.
Segundo o deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), a decisão de Aécio é “mais que previsível” e foi tomada por volta das 15h30. “Não sei como o Tasso recebeu essa decisão, mas ela era esperada”. Outros parlamentares também criticaram a decisão. Correio Braziliense