Cassilândia: Em crise, empresa tem operações suspensas até dia 10 de dezembro

Tenda foi montada por funcionários em frente a garagem na Avenida Gunter Hans (Foto: Clayton Neves)

Tenda foi montada por funcionários em frente a garagem na Avenida Gunter Hans (Foto: Clayton Neves)

A  Agepan (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos) suspendeu nesta segunda-feira (2) de forma temporária as operações da Viação São Luiz em quatro linhas intermunicipais. A empresa passa por grave crise financeira e tem enfrentado dificuldades para cumprir a folha de pagamento dos funcionários.

De acordo com a agência, a notificação é válida até 10 de dezembro. Duas empresas foram autorizadas a operarem em seu lugar, a Viatur e Expresso Itamaraty. As operações foram suspensas nas linhas Três Lagoas/Campo Grande, Três Lagoas/Costa Rica, Campo Grande/Aparecida do Taboado e Costa Rica/Campo Grande (via Chapadão do Sul).

Passageiros que já haviam comprado bilhetes podem se deslocar para as empresas substitutas. Segundo a Agepan, as companhias estão orientadas a aceitar os bilhetes emitidos.

Em nota, a agência reguladora aponta que “a suspensão leva em conta a necessidade de garantia aos usuários do transporte rodoviário intermunicipal de um serviço com pontualidade e em condições de segurança, higiene e conforto, do início ao término da viagem”.

A Agepan diz ainda que a São Luiz não tem executado os serviços. São processos administrativos instaurados em 2018 e neste ano para monitoramento e fiscalização. “No período de suspensão, serão reavaliadas as condições operacionais da transportadora”, completa a agência.

Em reunião entre os representantes da empresa e do sindicato responsável pela categoria nesta segunda-feira, a companhia pediu para que os trabalhadores aguardem até sexta-feira, mas logo foi descartado. Os trabalhadores dizem que diversas promessas já foram feitas e nunca cumpridas. Por isso, decidiram montar tenta em frente a garagem na Avenida Gunter Hans, no Bairro São Jorge da Lagoa.

De acordo com o presidente do sindicato, Samir José da Silva, ao todo são 180 trabalhadores com os braços cruzados. Destes, 30 estão na unidade de Cassilândia, 90 em Três Lagoas e os demais em Campo Grande, entre mecânicos, departamento administrativo, limpeza e motoristas.

Campo Grande News

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