Após quatro dias de julgamento, Leandro Boldrini e Graciele Ugulini, respectivamente pai e madrasta do menino Bernardo Boldrini foram condenados por homicidio qualificado com motivo torpe pela Justiça.
Além deles Edelvânia Wirganovicz, amiga de Graciele, também é julgada, juntamente com Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia.
Bernardo foi morto em 4 de abril de 2014, aos 11 anos. Na época foi considerado desaparecido na cidade de Três Passos e encontrado 10 dias depois, em uma cova à beira de um riacho, já em estado avançado de composição.
Mesmo após Graciele Ugulini, mulher de Leandro e madrasta de Bernardo assumir a culpa pelo assassinato e inocentar o pai da criança ao júri, a promotoria reafirmou que provas mostram o contrário.
Leandro afirmou que no dia em que o menino sumiu, a família teria almoçado juntos e o clima era tranquilo. Na versão do acusado a mulher teria relatado que levou Bernardo para uma outra cidade para um passeio, na casa em que ficaram o garoto entrou no quarto, pegou as roupas, disser que ia para a casa de um amigo e depois desapareceu. “Em nenhum momento desconfiei de Keli (apelido de Graciele)” declarou o pai.
Entretanto, de acordo com a denúncia do Ministério Público, Leandro seria o mentor intelectual do crime e incentivador da atuação de Graciele em todas as etapas. Leandro teria patrocinado despesas e também fornecido meios para acesso à droga Midazolan, utilizada para matar o menino.
Para o MP, Boldrini e Graciele não queriam partilhar a herança de Odilaine com Bernardo, que representava um estorvo para a nova família, formada pelo médico, a madrasta e a filha do casal, Maria.R7