O porteiro de 49 anos, suspeito de colocar fogo na casa da ex-esposa, disse que esqueceu o fogão aceso e não provocou o incêndio intencionalmente. Ele prestou depoimento na delegacia e foi liberado.
O incêndio aconteceu na madrugada da segunda-feira (4), no bairro Novo Horizonte, na Serra. Na casa, estavam a mulher, que havia alugado o imóvel, um filho dela de 17 anos, a neta dela de 14 e a nora, de 17 anos, que está grávida de oito meses.
Para fugir das chamas, eles tiveram que pular do segundo andar. A neta e a nora já tiveram aula. Já a mulher e o filho continuam internados.
O porteiro foi levado para o Departamento de Polícia Judiciária de Vila Velha depois que se apresentou à polícia na Barra do Jucu na tarde desta quarta-feira (6).
Ele disse que ficou sabendo do incêndio pela TV e ficou com medo de sofrer represálias no meio da rua. Para o delegado ele contou que estava fazendo janta na noite de domingo e resolveu sair de casa, mas não teve a intenção de provocar o incêndio.
O porteiro foi solto, segundo o delegado, porque estava fora do flagrante e se comprometeu comparecer na delegacia quando for intimado.
Ele é acusado pelos próprios familiares de não aceitar o fim do casamento com a dona da casa. Foi a neta quem abriu a porta para o suspeito, no domingo (3), e afirma que foi ele quem colocou fogo na casa.
“Nunca achei que ele fosse fazer isso comigo, com a minha avô ou com outra pessoa da minha família”, disse.
Filha pede justiça
Uma das filhas do suspeito chorou ao pedir que o pai pague pelo crime. “Eu quero justiça, quero que ele pague, porque ele não pode ficar na sociedade”, disse Aline Oliveira.
“Ele é sempre essa pessoa agressiva, autoritária. Minha mãe mandou ele escolher a droga ou ela. Ele preferiu a droga e saiu de casa, ninguém colocou ele para fora. Aí ele fez essa tragédia aí”, disse Aline.
Defesa Civil fez vistoria
O interior da casa foi completamente destruído pelas chamas. Móveis, eletrodomésticos e outros pertences da família foram consumidos pelo fogo.
Nesta quarta-feira (6), a Defesa Civil esteve no local e disse que o prédio não corre risco de desabar, mas só será habitado novamente depois de uma grande reforma.
“O morador não pode voltar para a casa porque questões de recuperação. Tem um gasto para se recuperar. O imóvel vai ser liberado para limpeza e reforços. Só fazer os serviços de reparação. O piso estourou, alguns azulejos, a instalação hidráulica derreteu, a elétrica também”, disse Carlos Amaral, da Defesa Civil. G1