O combate à pirataria é diário em clubes de futebol e, nesta quinta-feira (14), ganhou um episódio que gerou estranheza em um dos principais times do Brasil. O presidente Jair Bolsonaro postou uma foto em suas redes sociais usando uma camisa falsa do Palmeiras durante uma reunião.
A imagem causou repercussão instantânea, com alguns torcedores questionando a conduta do político e com outros minimizando o fato.
A reportagem apurou que a peça é pirata e remete ao uniforme utilizado pelo clube em 2007, ainda da época que a Adidas era fornecedora. Procurada, a empresa disse que não vai se pronunciar.
Bolsonaro também foi consultado pelo UOL Esporte e disse, por meio da Secretaria de Comunicação do Planalto, que não iria se manifestar sobre o assunto. Na festa do título do Brasileirão no ano passado, o Palmeiras personalizou uma camiseta e entregou nas mãos do presidente. Ele, no entanto, apareceu na imagem com a falsificada.
Palmeiras, Puma e seus parceiros conversam de forma frequente para organizar ações contra a pirataria. A prática causa prejuízos diários a todos os envolvidos. Não à toa, clube e fornecedora entram com ações na Justiça praticamente todos os dias para impedir a comercialização de produtos irregulares.
Em 2017, por exemplo, um levantamento feito pelo Fórum Nacional contra a Pirataria e Ilegalidade, mostrou que o Brasil perde R$ 130 bilhões por ano com pirataria, contrabando e comércio ilegal de produtos e conteúdo.
Essa é uma das lutas que ocupa mais tempo dos departamentos jurídicos de time e empresa alemã, que também gera custo para clube e fornecedora. Juntos, eles agem na caça às lojas que vendem na internet e também estudando forma de impedir a comercialização física.
Desde a sua chegada ao Palmeiras, a Puma declarou se preocupar bastante com a ação do mercado pirata. Por isso, manteve todos os detalhes de seu lançamento em segredo até o primeiro minuto de 2019. Além de ampliar a curiosidade do público, a estratégia atrasa a produção daqueles que agem ilegalmente.
Em dias de jogo, é comum ver ambulantes comercializando uniformes falsos nas imediações do estádio. Eles conseguem entrar no cerco mesmo sem ingresso e agem livremente vendendo uniformes que começam com o preço de R$ 30. Na calçada à frente, a loja oficial do clube vende o produto oficial por R$ 249,90.AGÊNCIA BRASIL