Paciente do sexo masculino, de 35 anos, foi submetido a um procedimento cirúrgico com 10 horas de duração e que resultou no aumento de 60% de expectativa de vida dele.
A informação fornecida pelo Hospital Universitário (HU) Maria Aparecida Pedrossiam, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) é de que uma equipe multidisciplinar que realizou, no início do mês, uma cirurgia onco-urológica inédita e de altíssima complexidade.
A intervenção possibilitou a retirada de um tumor maligno renal em um paciente jovem, que no primeiro diagnóstico recebeu a informação que seria inoperável já que o câncer extrapolava os limites do rim direito, invadia a veia cava inferior retro-hepática (maior veia do corpo humano) e atingia ao átrio direito, no interior do coração.
O paciente D. B. T., de 35 anos, recebeu alta hospitalar neste mês de outubro, em ótimas condições gerais e sem quaisquer sequelas neurológicas ou sistêmicas no décimo dia de pós-operatório, caminhando pelos corredores do hospital sem auxílio direto.
O cirurgião Mário Augusto Freitas, professor da Faculdade de Medicina da UFMS e atual Chefe da Unidade do Sistema Cardiovascular, que integrou a equipe multidisciplinar explica que, devido à altíssima complexidade desta modalidade de cirurgia, é necessário uma grande logística e integração multi e transdiciplinar, planejamento cirúrgico, equipamentos e uma grande estruturação institucional para realizar esse tipo de procedimento.
“Para esta cirurgia ocorrer é necessário uma estrutura bastante complexa para sustentar uma hipotermia profunda no intra-operatório bem como um excelente suporte intensivo de pós-operatório, os quais devem oferecer meios para que se recuperem as condições funcionais dos diversos sistemas orgânicos do paciente que são afetados por uma cirurgia de tão grande porte”, afirma o especialista. Correio do Estado