Nesta quinta-feira (31) faz três meses que o Ministério Público de Mato Grosso do Sul desencadeou a Operação Pregão em Dourados, a 233 km de Campo Grande.
O objetivo foi desvendar esquema envolvendo fraude em licitações e dispensa ilegal de processo licitatório em troca de propina para beneficiar empresas terceirizadas na Secretaria Municipal de Fazenda da segunda maior cidade de MS.
Das quatro pessoas presas na manhã daquele dia, três completam hoje 90 dias na cadeia: a ex-secretária de Educação e atual vereadora Denize Portolann (PR), o ex-diretor de licitação Anilton Garcia de Souza e o empresário Messias José da Silva, dono da Douraser, uma das empresas do esquema.
Denize está no presídio feminino de Rio Brilhante e os dois homens estão na PED (Penitenciária Estadual de Dourados). Ela foi afastada do mandato por determinação da Justiça.
Homem de confiança – O ex-secretário de Fazenda João Fava Filho, até então homem de confiança da prefeita Délia Razuk (PR), também foi preso no dia 31 de outubro, mas beneficiado por um habeas corpus do desembargador Divoncir Schreiner Maran, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), saiu da cadeia na véspera do Natal.
Fava Neto ficou 24 dias em liberdade. Entretanto, no dia 14 de janeiro o desembargador Luiz Gonzaga Mendes Marques, relator do pedido de habeas corpus, revogou a liminar de Maran por não vislumbrar fatos novos que justificassem a liberdade e determinou que o ex-secretário voltasse para a prisão.
Três dias depois o juiz substituto da 1ª Vara Criminal de Dourados Alessandro Leite Pereira decretou novamente a prisão do ex-secretário, mas ele não foi encontrado.
João Fava Neto só foi preso no dia 22, em Campo Grande, e levado para a 3ª Delegacia de Polícia na Capital. No dia seguinte foi levado para o Centro de Triagem Anízio Lima, também em Campo Grande.
No dia 11 de dezembro, o MP desencadeou a segunda fase da operação e prendeu o ex-diretor de finanças da prefeitura, Rosenildo França da Silva, e a mulher dele, Andreia Ebling. Ela teve a prisão revogada no mesmo dia e Rosenildo saiu três dias depois. Os dois permanecem em liberdade. Campo Grande News