Uma cápsula de raio-X que em seu interior contém Césio 137 (substância radioativa) foi recolhida de um ferro-velho pela Visa (Vigilância Sanitária) de Arapiraca, cidade de Alagoas, na tarde da terça-feira (22).
De acordo com informações da prefeitura de Arapiraca, após receber uma denúncia anônima, a equipe se dirigiu ao estabelecimento. O proprietário foi informado do risco que estava correndo e entregou a cápsula. Ele não informou de quem adquiriu.
O objeto deveria ter sido entregue a uma empresa especializada na manutenção dos equipamentos de raio-X, para em seguida ser levado a um local adequado. Caso a empresa que fez o descarte incorreto for identificada, poderá responder criminalmente pelo fato de ter colocado a comunidade em risco.
“Ela fechada não tem perigo nenhum, mas se tivesse sido aberta as pessoas correriam risco de contaminação. Conseguimos evitar uma tragédia como a que houve em Goiânia há 32 anos”, afirmou o coordenador da vigilância sanitária, Edilson Melo por meio de nota.
Césio 137 em Goiânia
Em 17 de setembro de 1987, um acidente com este material foi registrado em Goiânia (GO). Após um descuido com o lixo radiativo, catadores localizaram um aparelho de radioterapia (semelhante ao apreendido em Alagoas) e após se encantarem com o material, sofreram sérias consequências.
Até hoje as pessoas que tiveram contato com o Bário que se desintegrava em um pó azulado e fosforescente, passam por tratamento médico contra doenças como câncer, hipertensão e distúrbios. Midiamax