Comlurb espera recolher cerca de 300 toneladas de lixo em Copacabana

Garis recolhem lixo no calçadão da Avenida Atlântica — Foto: Cristina Boeckel/G1

Garis recolhem lixo no calçadão da Avenida Atlântica — Foto: Cristina Boeckel/G1

Com o dia amanhecendo, o trabalho no réveillon mais famoso do Brasil não acaba. Depois dos shows e dos fogos, uma tropa de 1.182 garis e 113 fiscais e agentes ambientais toma a orla para deixar tudo limpo até 10h desta terça-feira (1). A expectativa da Comlurb, empresa de limpeza urbana do Rio de Janeiro, é recolher 300 toneladas de lixo.

Em todos os 58 quilômetros de praias da cidade, 3.379 garis e 346 fiscais e agentes ambientais trabalham limpando o que ficou da festa de Ano Novo.

Segundo o presidente da Comlurb, a expectativa é que Copacabana tenha um aumento de 15% na quantidade de lixo recolhido.

“Esperamos um aumento porque o Rio teve um pré-réveillon de quatro dias de shows e festas. Por isso, o volume deve ser consideravelmente maior”, destacou Tarquínio de Almeida.

Como referência, Tarquínio destaca que 100 toneladas de dejetos foram retiradas de Copacabana nas 24 horas anteriores ao começo da festa.

Na virada para o ano de 2018, a Comlurb recolheu 286 toneladas de lixo em Copacabana e 654 em toda a cidade.

Na festa mais famosa do Rio, 41 toneladas foram recicladas. A expectativa é que esse número seja maior em 2019.

Jeitinho

Nas ruas de saída da praia, o movimento de pessoas ainda era intenso no começo da manhã. Era possível ver um engarrafamento em alguns pontos da Avenida Nossa Senhora de Copacabana. Os pontos dos ônibus estavam cheios e com filas às 7h.

E no trabalho de quem é responsável por encerrar a festa, uma série de objetos curiosos: além da perda de documentos, comum neste tipo de evento, os garis já recolheram até dentaduras e muletas.

Muita gente também resolveu esticar a festa e ficar na orla mesmo. Segundo o presidente da Comlurb, os garis muitas vezes precisam ter jogo de cintura para não atrapalhar a ressaca alheia. “Com o tempo bom, o pessoal aproveita para ficar na praia. Tem que ter jeito. A gente pede licença e segue o nosso trabalho”, ressaltou Tarquínio.

Choro de ambulantes

Para comerciantes, a lotação não foi tão boa assim. Ambulantes que vendem bebidas e alugam cadeiras contaram que os lucros foram menores em comparação com o ano passado.

“Teve menos gente na areia. Eu vendi nem a metade do que vendi o ano passado. Foi o réveillon da crise”, contou uma comerciante que trabalha próximo ao Copacabana Palace há mais de dez anos e não quis se identificar. Para ela, o show mais lucrativo deste ano foi o da cantora Ludmilla.

Um vendedor de churrasquinhos que veio de Engenheiro Pedreira com a esposa na manhã de segunda (31) contou que, de 400 espetinhos que trouxe, vendeu menos de 200.

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