Pedreiro que matou ex-sogra percebe ‘cerco fechando’ e se entrega à polícia

Pedreiro que matou ex-sogra percebe ‘cerco fechando’ e se entrega à polícia

O pedreiro Wantuir Sonchini da Silva, de 41 anos, suspeito de matar a ex-sogra Alzai Bernardo Lopes, de 58 anos, se entregou nesta sexta-feira (28) na DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). De acordo com a delegada Sueili Araújo Rocha, Wantuir estava em Ribas do Rio Pardo quando decidiu se entregar.

Wantuir percebeu que o cerco estava fechando contra ele e resolveu se entregar, ao ver sua imagem nos meios de counicação.

Em depoimento, o pedreiro disse que foi até a casa a ex-sogra, atrás da filha, e durante uma briga, Alzai caiu ao solo e morreu. Porém, os exames apontam que a mulher foi vítima de violência e esganadura.

Ele irá responder por feminicídio com a qualificadora de não dar chance de defesa à vítima e pelo fato de haver uma medida protetiva que o impedia de chegar perto da ex-sogra e da ex-esposa.

Caso

Alzai Bernardo Lopes foi encontrada morta na manhã da última terça-feira (25) no Bairro Moreninha 2, em Campo Grande. Antes de cometer o crime por vingança, já que não aceitava o fim do relacionamento com a filha da vítima, o autor chegou a agredir e incendiar a casa da ex, que com medo, estava há dias se escondendo na casa de parentes.

De acordo com a delegada Sueili Araújo Rocha, Wantuir e a filha de Alzai, que tem 35 anos, foram casados por 18 anos. Eles tiveram uma filha de 12 anos e a mulher está grávida de cinco meses.

À polícia, a ex-mulher contou que o suspeito tinha atitudes agressivas porque é usuário de drogas, por esse motivo, ela decidiu romper com o relacionamento no último dia 7. “Ele usava cocaína, ficava agressivo e batia nela. No início do mês ela contou que decidiu terminar porque não aguentava mais a situação”, conta a delegada.

Desde o fim do casamento, Wantuir passou a ameaçar tanto a ex, quanto a família dela. “Ele dizia que se ela não voltasse iria fazer ela chorar e se arrepender. O objetivo dele era ferir a vítima”, explica. Para se vingar, no dia 11 de dezembro o autor incendiou a casa onde a filha de Alzai morava e, desde então, ela passou a se esconder na casa de parentes.

Para a delegada, o crime foi friamente planejado, já que Wantuir conhecia a rotina da família e da casa da ex-sogra.”Quando levou a mãe embora o filho chegou a fazer uma vistoria na casa para ver se tudo estava bem, mas o suspeito sabia que a família não trancava a porta e no dia do crime não identificamos sinais de arrombamento”, detalha.

Um bracelete usado pelo ex-genro da vítima foi encontrado próximo ao corpo e reconhecido pela família. Além disso, um chinelo e marcas de sangue que também estavam no local foram recolhidos e passam por análise da perícia para comprovar a identificação.

Medida protetiva já havia sido expedida para que Wantuir não se aproximasse da família, no entanto, ele não havia sido notificado porque para a polícia, estava se evitando assinar o termo. Dois dias depois do incêndio na casa da ex ele teve ordem de prisão determinada pela Justiça e portanto, é considerado foragido.

Dia do crime

Alzai foi encontrada morta, na manhã do dia de Natal dentro da própria casa, na rua Timbaúba, na Moreninha 2, em Campo Grande. Alzai Bernardo Lopes foi encontrada pelos filhos, que a princípio, acreditaram em morte natural. Porém, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e os médicos constataram que a mulher tinha lesões no pescoço que causaram a morte.

Um dos filhos de Alzai contou ao Jornal Midiamax que esteve com ela na noite da segunda-feira (24), em uma confraternização. Ele deixou a mãe em casa, por volta das 23h30. Por volta das 6 horas, o outro filho – que trabalha como vigilante – retornou do trabalho para a residência e encontrou a mãe caída no chão.

Os filhos acionaram o Corpo de Bombeiros e o Samu, acreditando tratar-se de morte natural. Eles até colocaram a mãe na Alzai. Quando os médicos do Samu chegaram ao local, constataram lesões no pescoço e sangue na boca da mulher, indicando morte violenta. Midiamax

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