Preso em desdobramento da Operação Lama Asfáltica, da Polícia Federal, no dia 20 de julho deste ano, André Puccinelli Júnior, continua a receber mesmo sem ir dar aulas na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), onde é servidor efetivo.
De acordo com o demonstrativo, publicado no Portal da Transparência do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União, em agosto, a remuneração básica do servidor foi de R$ 7.433,02. Ainda não está disponível no banco de dados o pagamento feito no mês de setembro. O advogado atua como professor do curso de Direito da instituição desde janeiro de 2013.
Em nota, a UFMS afirmou que Puccinelli Júnior é docente da Faculdade de Direito da UFMS. “A Pró-reitoria de Gestão de Pessoas solicitou à 3ª Vara Federal informações e esclarecimentos sobre a situação do professor e aguarda comunicação oficial”.
Conforme a lei, a prisão não lhe retira obrigatoriamente o cargo público. Somente após perder o posto é que ele deixará de receber. Para que isto ocorra, é necessário sua condenação ou encaminhamento de processo administrativo da UFMS nesse sentido.
A universidade não se pronunciou sobre processo interno relativo ao professor. No entanto, a CGU já pediu explicações ao reitor Marcelo Turine.
PRISÕES
Puccinelli Júnior, foi preso junto com o pai, o ex-governador, André Puccinelli Júnior, e com o advogado João Paulo Calves no dia 20 de julho, pela Polícia Federal em decorrência do desdobramentos da 5ª Fase da Operação Lama Asfáltica, que investiga fraude em licitações e desvio de recursos público.
Desde então, pai e filho estão no Centro de Triagem e Calves no Presídio de Trânsito, ambos no Jardim Noroeste, em Campo Grande. O grupo responde por crimes contra a administração pública e lavagem ou ocultação de bens oriundos de corrupção. Correio do Estado