Dez crianças morreram e 37 ficaram inválidas após acidentes em MS neste ano

Em abril deste ano, na MS-040, casal e filho de três anos estavam em veículo que capotou. Mãe foi arremessada e morreu no local. Criança foi socorrida. – Foto: Bruno Henrique/Correio do Estado

Até setembro deste ano, 10 crianças de 0 a 7 anos de idade morreram no trânsito de Mato Grosso do Sul e 37 ficaram inválidas. A estatística foi divulgada na véspera do Dia das Crianças pela seguradora Líder, responsável pelo Seguro DPVAT. Os dados englobam vítimas pedestres e passageiras de veículos.

Conforme a seguradora, em nove meses deste ano, 54 crianças foram vítimas de acidentes de trânsito, sendo que 10 morreram, 37 ficaram com invalidez permanente e sete tiveram reembolso de despesas médicas e hospitalares da rede privada de saúde (DAMS).

Dessas vítimas, oito eram passageiras de veículos e 46 eram pedestres e geralmente foram atropeladas. Os tipos de veículos envolvidos nos acidentes são: 29 automóveis, 17 motocicletas, 6 caminhões e 2 ônibus.

Em comparação aos dados de 2017, registrados entre janeiro e dezembro, os números ainda são menores. Ao todo, foram 73 crianças vítimas do trânsito, sendo 14 mortes, 52 inválidas e sete reembolsadas pelas despesas médicas e hospitalares. Dessas, 31 eram passageiras e 42 pedestres.

Os automóveis também foram maioria nos envolvidos nesses acidentes, com 46. Em seguida vem motocicletas, com 22, e caminhões com 5.

De acordo com a seguradora, a divulgação dessa estatística serve para conscientizar a população sobre os cuidados com as crianças no trânsito. Nos números de todo o Brasil, em 2017, foram 3.834 vítimas indenizadas, na faixa etária de 0 a 7 anos. Desse total, 72% passaram a conviver com algum tipo de invalidez permanente – aproximadamente 2,8 mil crianças. Outras 752 indenizações foram pagas para casos fatais.

Para o especialista em segurança no trânsito, Rodolfo Rizzotto, a frágil condição física, ainda em desenvolvimento, comum distração e dificuldade de percepção dos perigos, mesmo acompanhado de seus responsáveis, são fortes facilitadores dos incidentes com crianças pedestres.

“As crianças costumam repetir o comportamento de seus pais e familiares e sofrem as consequências disso. Quando os adultos não atravessam na faixa, não respeitam o semáforo ou não usam a passarela, a criança tende a repetir esses costumes”, alerta o especialista.

Com relação aos passageiros, atitudes como o não uso dos equipamentos de segurança e imprudência dos adultos ao volante acabam se tornando frequentes causas de acidentes envolvendo os mais jovens.

O DPVAT é um seguro de caráter social que indeniza vítimas de acidentes de trânsito, sem apuração da culpa. Ele pode ser destinado a qualquer cidadão brasileiro – motorista, passageiro ou pedestre. O seguro oferece três perfis de coberturas: morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e hospitalares da rede privada de saúde (até R$ 2.700). Correio do Estado

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