A bomba nacional, que mexeu com a política de Mato Grosso do Sul, acabou se revelando, no mínimo, uma farsa. O Ministério Público Federal pediu o arquivamento da chamada ‘propina do Fantástico’, como ficou conhecida. O empresário responsável pela denúncia reconheceu que foi enganado por um suposto estelionatário e acusou integrantes do Governo do Estado sem ter nenhuma prova.
Conforme documento assinado pelo vice-procurador-geral da República Luciano Mariz Maia, e datado do dia 4 de setembro deste ano, Berger prestou depoimento na Polícia Federal em julho deste ano, junto com a esposa Mirela Berger e Paula Thais Coutinho de Souza. Eles reconheceram a falsidade das denúncias.
No ano passado, Berger ficou conhecido por denunciar, com direito a matéria no Fantástico, o pagamento de propina ao alto comando do Governo de MS, até ao governador Reinaldo Azambuja. Gravou até um vídeo entregando 30 mil reais a José Ricardo Gutti, o Polaco.
Depois de não apresentar provas contra o Governo, Berger foi à PF de Campo Grande, onde reconheceu não ter nada de concreto. E ainda se disse enganado por Polaco, a quem chama de estelionatário.
Assim, o Ministério Público Federal pediu ao Superior Tribunal de Justiça o arquivamento do inquérito 1198/DF, que trata da denúncia. O pedido aguarda avaliação da ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora do caso.
AS FALAS
”Eu fui vítima de um golpe, por Deus, porque esse José Ricardo Gutti, pra mim, ele é um estelionatário”, reconhece Berger, conforme o depoimento prestado na PF. Conforme ele, em nenhum momento Azambuja ou mesmo Sérgio de Paula indicou que Polaco seria representante deles para qualquer coisa.
“Eu penso assim, tem coisas que a gente subentende, a gente não entende explicitamente porque é uma relação que não é de confiança”, confessou.
Ele ainda reconheceu que não tem nenhuma testemunha de qualquer conversa com Reinaldo ou Sérgio. Berger hoje é investigado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Top Mídia News