A totalidade das vagas disponíveis ainda não foi preenchida e, até o momento, a Santa Casa transferiu 51 pacientes para as enfermarias da Unidade do Trauma.
Na manhã desta terça-feira (11), Esacheu Nascimento recebeu, nas instalações da Unidade, o secretário municipal de Saúde, Marcelo Vilela, o secretário estadual de Saúde, Carlos Alberto Coimbra, o prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), a secretária adjunta de saúde, Gysélle Saddi Tannou e a titular da 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública, promotora Filomena Aparecida Depolito Fluminhan.
Com o pacto firmado entre os órgãos, a Unidade do Trauma deve receber um repasse, gradualmente, de R$ 8 milhões por mês. O impasse está por conta do aditivo do contrato com o hospital que ainda não foi assinado. O documento é de responsabilidade da Prefeitura.
A ajuda financeira deve vim a partir do próximo mês, o Governo Federal garantiu a liberação de R$ 2 milhões em outubro, aumentando para R$ 4 milhões em novembro e chegando ao montante final firmando em R$ 6 milhões a partir de dezembro.
Em contrapartida, o Governo de Mato Grosso do Sul deve injetar R$ 2 milhões por mês. O secretário estadual de Saúde ressaltou que a verba será liberada conforme os serviços oferecidos voltem em benefício aos pacientes internados com traumatologias.
“Foram 20 anos de construção até liberar o Hospital do Trauma. O Governo Estadual já cumpre com o compromisso e já fizemos um novo comunicado para que a ABCG faça o documento descritivo dos serviços que serão executados.”
Além dos 100 leitos funcionando em plenitude, entre os 2 andares do prédio, o espaço também deverá incorporar, de forma gradativa, UTI (unidade de Terapia Intensiva, espaço para fisioterapia, cirurgias e atendimento emergencial.
Esacheu Nascimento garantiu que o repasse dos R$ 8 milhões será o suficiente para que o Hospital funcione de forma integral.
“Até dezembro deve funcionar totalmente, baseado no princípio da confiança. Já temos a autorização da vigilância sanitária, alvará do Corpo de Bombeiros e o prédio está apto. O SUS (Sistema Único de Saúde) remunera de forma deficitária. A Santa Casa, como um instituição filantrópica, funciona mesmo com déficit e continuaremos de portas abertas.”
A Prefeitura não deve aumentar o repasse mensal que faz atualmente, no valor de R$ 4,670 milhões, para a Santa Casa. O prefeito Marquinhos Trad ressaltou que deverá haver um “reequilíbrio” contratual entre o Estado e o município, mas garantiu que “a formalidade burocrática não impedirá o funcionamento do Hospital do Trauma.”
Hospital do Trauma
A Unidade do Trauma, que também é chamado de Hospital do Trauma, foi lançada na década de 1990, o projeto da obra já passou por várias alterações. A princípio a unidade iria abrigar uma maternidade. Depois, virou uma extensão da Santa Casa. Em 2005 houve alteração para um hospital especializado em trauma.
São 100 leitos de enfermaria, 18 de observação e 10 de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), além de cinco salas de cirurgias e três salas de isolamento.
A expectativa é que a nova unidade de urgência e emergência realize aproximadamente 10 mil internações, nove mil cirurgias e 10 mil consultas por ano, além de ampliar os serviços de diagnóstico clínico e de imagens.
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