O Brasil inteiro está na expectativa para ver o eclipse lunar mais longo do século 21, que vai acontecer nesta sexta-feira (27), por volta das 17h30, no horário local. Mas, morando mais ao oeste do País, o sul-matogrossense, infelizmente, não terá o privilégio de acompanhar por completo o fenômeno, que ficará restrito à vermelhidão da lua: já está valendo, não?
Quem dá a notícia não tão animadora é o professor Hamilton Perez Soares Corrêa, 53, professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), quem fundou o Clube da Astronomia.
“No momento em que a lua nascer, o eclispe será mais visível para quem estiver na região leste do Brasil. O sul-matogrossense não será privilegiado; ficamos no extremo oeste brasileiro”, explica.
Para cá, o fenônomeno ficará mais interessante a partir de um “segundo momento”, após o período penumbral, quando a lua passar ser vista em tons alaranjados e avermelhados – a chamada lua de sangue.
O físico explica que o período penumbral terá início por volta das 13h15, mas só conseguirá ver quem estiver em alto mar no Oceano Atlântico. Para o brasileiro, a lua estará ainda abaixo da linha do horizonte.
“O “auge” do eclispe, com sombreamento completo, ocorrerá por volta das 15h30 mas, na costa do País, o fenômeno será visível por volta das 17h30, quando já a lua estiver já passando para a fase penumbral novamente. Em Mato Grosso do Sul, o que iremos ver é o vermelhidão pós-eclispse, até umas 19h”, detalha, tendo horário local como referência.
Com duração de aproximadamente 1 hora e 43 minutos, o eclipse de amanhã será o mais longo do século. Geralmente, dura cerca de 60 a 80 minutos.
Em Campo Grande, a dica do professor Hamilton para quem deseja observar a lua de sangue é procurar pontos mais altos da cidade, como o pontilhão localizado próximo à UFMS, no cruzamento com a Rua Rui Barbosa, e, mais afastado, trecho da saída para Sidrolândia, na BR 060.
Também são locais fantásticos para admirar a lua o morro do Paxixi, localizado em Aquidauana, e a fazenda Igrejinha, entre os municípios de Coxim e Rio Verde. Campo Grande News